Resenha: Canino, Rotweiller, macho, 7 anos
Histórico clínico: O cão foi atendido em uma clínica veterinária da cidade de Pelotas e, segundo o proprietário, o animal se alimentava uma vez ao dia e não era vacinado. Apresentou-se com tenesmo e vômito três dias antes de vir a óbito.
Necropsia: O fígado estava aumentado de volume devido à presença de massas nodulares distribuídas pelo parênquima, as quais ao corte eram esbranquiçadas e com aspecto moteado. Os lobos hepáticos afetados apresentvam-se aderidos aos órgãos adjacentes, especialmente, estômago e pâncreas.
Histopatologia: A massa tumoral era constituída por células pleomórficas, com arranjo em ninhos que eventualmente eram circundados por bandas de tecido conjuntivo. Havia células gigantes tumorais. Adicionalmente observou-se infiltrado inflamatório composto por numerosos macrófagos e necrose.
Comentário: Os animais portadores de neoplasmas hepáticos apresentam sinais vagos e inespecíficos, que frequentemente não aparecem até os estágios mais avançados da doença hepática.
As conseqüências potenciais da disfunção e insuficiência hepáticas incluem colestase e icterícia, encefalopatia hepática, várias perturbações metabólicas, alterações vasculares e hemodinâmicas, entre outras alterações.
O diagnóstico definitivo de neoplasia hepática requer biopsia hepática e exame histopatológico, e muitas vezes técnicas mais especializadas como imuno-histoquímica e microscopia eletrônica de transmissão.
É importante salientar que carcinomas hepático são altamente malignos, de crescimento invasivo e geralmente quando diagnosticados estão em estágio avançado.
Autores: Isabel Schuch, Thomas Normanton Guim, Josiane Bonel