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    Notícias
  • Candidatos com inscrições homologadas para o processo seletivo 2020-2 do PPGAVI

    Educação em Artes e Processos de Formação Estética

    Amanda da Rocha Azevedo

    Ana Paula Necchi Ribeiro

    Ariadne Silveira Terra

    Camila Leite Lima

    Carolina Fogaça Tenotti

    Carolina Pohlmann de Oliveira

    Denise Castanha de Avila de Lemos

    Giulianna Picolo Bertinetti

    Grace Eleonora Martins Braz

    Guilherme Susin Sirtoli

    Humberto Levy de Souza

    Isabela Maria Santos Silva

    Isabela Peres

    Janine Brod Rodo

    Juliana Andrade Lund

    Karina Constantino Brisolla

    Letícia Beck Fonseca

    Mara Beatriz Mello Blodorn

    Renata Souto Borges

     

    Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano

    Andy Hellen Marques Real

    Angélica de Sousa Marques

    Bruna Menezes Devilla

    Everton Cardoso Leite

    Felipe Cremonini de Leon

    Gabriel da Silva Munaro

    Giovanni Fonseca Bosica

    Jessica Fernandes da Porciuncula

    José Paulo Portela Alves

    Júlia Petiz Porto

    Luana de Mesquita Alt

    Mariana Faria de Medeiros Lemos

    Matheus Guilherme de Oliveira

    Patrícia André dos Santos

    Renan Soares

    Renata Santos Sampaio

    Rogerio Franck da Silveira

    Wagner Ferreira Previtali

     

    Não homologado

    Alice Helena Rodrigues de Oliveira

    Fúlvia Litzi Silva da Conceição

  • Live de lançamento de livro

    Do qual a Profa. Cláudia Mariza Mattos Brandão participa com o capítulo ARTE INDÍGENA CONTEMPORÂNEA: PROTAGONISMO CULTURAL E AUTONOMIA.

  • Cronograma das Defesas de Dissertações do PPGAVI 2020

    Data Discente Título Orientador Hora Local
    31/03/20 Karen Pötter Radünz Escolha pela capa este livro da estante: o livro como experiência de afeto e objeto de design Nádia da Cruz Senna   realizada por parecer escrito – Devido ao período de quarentena – COVID 2019
    31/03/20 Adriane Rodrigues Corrêa Cartografia artística de uma caminhante: a Guabiroba cabe em mim, na cidade e na arte contemporânea Eduarda Azevedo Gonçalves   realizada por parecer escrito – Devido ao período de quarentena – COVID 2019
    29/05/20 Rafaela Pereira de Azevedo Design de Ativismo na quarta onda do feminismo no Brasil: análise da poética gráfica de alguns coletivos Lucia Bergamaschi Costa Weymar realizada por parecer escrito – Devido ao período de quarentena – COVID 2019
    06/07/20

    Ronaldo Luis Goulart Campello

     

    Um Relicário de Palavras: uma tessitura que irrompe de um palimpsesto, de um cuidado, de um devir-docente Ursula Rosa da Silva 10:00 Sala Virtual da UFPel – Sistema WebConf
    10/07/20 Roberta Pires Rangel Sobre elas… sobre mim: percursos etnográfico – performativos sobre/com o feminino na
    Colônia Z3 de Pelotas

    Thiago Silva de Amorim Jesus

     

    14:00 Sala Virtual da UFPel – Sistema WebConf
    12/08/20 Mirna Xavier Gonçalves Tarô: Reverberações em Poéticas Contemporâneas Nádia da Cruz Senna 14:30 Sala Virtual da UFPel – Sistema WebConf

     

     

  • Lançamento do livro “Cinema: políticas da imagem”

    convidamos para o lançamento do livro “Cinema: políticas da imagem”.

    Evento: https://www.facebook.com/events/4170374489701641/

    O livro é resultado de um trabalho em conjunto do Cinecipó e do grupo de pesquisa Tecnopoéticas do programa de pós-graduação em Estudos de Linguagem do CEFET-MG. É dividido em quatro eixos: experiência e da memória, imagem ambiente, imagem indígena e imagem urbana. Conta com 21 capítulos escritos por 26 autores e autoras e foi organizado por Cardes Amâncio, Paulo Heméritas e Wagner Moreira.
    Para adquirir o livro: https://cinecipo.com.br/cinema-politicas-da-imagem/Durante as quintas-feiras de agosto, às 19h, em parceria com o Cine Estrela do Espaço Comum Luiz Estrela, teremos rodadas de conversas com os autores. Serão quatro rodadas divididas de acordo com as seções do livro. Acompanhe as lives em um dos endereços: https://www.facebook.com/espacoluizestrela/

    https://www.facebook.com/cinecipo/

    ou http://www.youtube.com/c/EspaçoComumLuizEstrela

    Confira as datas e os participantes:
    I DA EXPERIÊNCIA E DA MEMÓRIA – 6/8/2020, quinta-feira, 19hs– Cláudio Azevedo (Devir-animal: a experiência ético-estética e o vídeo na produção da alteridade) ]
    – Gabriel de Barcelos Sotomaior (O documentário e o diálogo da experiência histórica na luta estudantil, entre Brasil e Chile)
    – Joselene Ieda de Carvalho (Debatendo conceitos: a utilização de cinema em sala de aula como contribuinte para a compreensão de problemas históricos)
    – César Alessandro S. Figueiredo (A luta armada no cinema: memória do testemunho como resistência política)

    II DA IMAGEM AMBIENTE – 13/8/2020 quinta-feira, 19hs

    – Mariana Pereira Domingues (O cinema ambiental e a luta por direitos: reflexões sobre o acesso à terra no Brasil a partir do documentário “Mataram irmã Dorothy”)
    – Janaína Welle, Solange Alboreda e Paulo Heméritas (“O meio é o todo” e o estímulo à sociabilidade entre os realizadores de festivais latino- americanos de cinema ambiental)
    – Jean Fábio Borba Cerqueira (Considerações sobre a comunicação ambiental em enviro-toons brasileiras sob a perspectiva teórico-conceitual da sociologia ambiental)


    III DA IMAGEM INDÍGENA – 20/8/2020 quinta-feira, 19hs

    – Camila Dutervil (Do Cinema Indígena à Realidade Virtual Tecendo Redes de autonomia entre Munduruku e Zapatistas)
    – Paula Viana (Os Xetá e as Transformações)
    – Fernanda Ribeiro de Salvo (Recompor o presente: montagem e história em A nação que não esperou por Deus)
    – Paulo de Tássio Borges da Silva (Cinema Pataxó: políticas de memória, arquivo e revitalização cultural)

    IV DA IMAGEM URBANA – 27/8/2020 quinta-feira, 19hs

    – Priscila Musa (Movimentos imagem_câmera)
    – Vítor Lopes Andrade (Praia do Futuro (2014): análise sobre a relação entre homossexualidade e migração internacional)
    – Anna Bárbara Araujo (Que horas ela volta: quebrando cadeias de cuidado, refazendo lugares sociais)
    – Mauricio Caleiro (Representações da infância marginalizada no cinema brasileiro)
    – Gabriel Araújo e Marcos Alves (Da e para a periferia? A representação periférica em Uchoa, Novais e o cinema contemporâneo de Contagem)
    – Matheus de Araújo Almeida (Sem moradias e sem pátrias: ocupação urbana em Era o Hotel Cambridge)
    Andrey da Silva Brugger e Geovane Lopes de Oliveira (Elefantes brancos, ausência de direitos e possibilidades de intervenção: um ensaio sobre atitudes possíveis para modificação do quadro social)
    – Luís Otávio Mendonça de Oliveira (Cinema documentário contemporâneo; pós-estruturalismo e antropologia na prática)

  • Projeto de extensão Movimento Interfaces: Conexões Recidade

    O projeto de extensão Movimento Interfaces: Conexões Recidade da linha Redes de Cultura, Estética e formação na/da Cidade – RECIDADE, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, está aceitando inscrições para a Mostra ARTE/VIDA – REDES DE RESISTÊNCIA voltada a registrar e conferir visibilidade a ações sociais e solidárias desenvolvidas durante o período pandêmico no Brasil.

    O objetivo é valorizar e apoiar redes constituídas a partir de iniciativas voluntárias individuais ou coletivas e/ou de projetos artísticos e comunitários desenvolvidos pela sociedade civil organizada em associações, sindicatos, ONGs etc., no contexto de grave crise epidemiológica e política no país, ora em processo, que deixa exposta chagas históricas que nos acometem, para além da pandemia do Covid-19.

    Sabemos que são milhares de iniciativas que pelo Brasil a fora contribuem não apenas para dar apoio imediato a quem precisa de ajuda, mas que auxiliam no processo de humanização da sociedade. Humanização que é sempre trabalho posto em construção.

    Serão acolhidas fotografias (entre 1 e 5 imagens), podcasts (entre 5 e 10min), poemas narrados (entre 1 e 2 poemas, com narrativas de no máximo 2 minutos cada), vídeos (entre 1 e 5 min). Outras formas de produtos serão avaliadas pelos proponentes desde que não ultrapassem o tempo e número previsto nesta chamada. Formulário de inscrição: https://forms.gle/rDBnFK93LtQg1YNdA

    Será acolhida uma inscrição por pessoa ou grupo em uma das categorias. Em relação ao formato, para vídeo sugerimos .mp4,1080; textos poéticos em word; fotografias em formato .png ou .jpg com 200dpi.

    As inscrições podem ser realizadas no período compreendido entre 30/7 e 20/8/2020 e estarão expostas a partir de 14 setembro próximo nas redes sociais (a serem informadas após encerradas as inscrições) do coletivo RECIDADE – Redes de cultura, estética e formação na/da cidade, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG.

    Outras informações ou dúvidas poderão ser esclarecidas pelo e-mail gruporecidade@gmail.com ou pelas redes sociais do grupo.

    Instagram: @recidade.furgFacebook: /seminariointerfacespedagogicas

    Inscreva-se!

    Vamos evidenciar a resistência e as lutas que se contrapõem à barbárie e à violência política e econômica que sufocam vozes e dilaceram corpos, sobretudo dos mais vulneráveis e, em especial, de negros, indígenas e comunidade lgbtq+.

    Vânia Alves Martins Chaigar

    Coordenação RECIDADE/FURG
    Cláudio Tarouco de Azevedo
    Organização – LABEST/ILA/FURG

  • André Dizéro e o rap como objeto de estudo

    Artista relembra trajetória acadêmica e fala sobre projetos culturais e os desafios frente à pandemia

    Matéria originalmente publicada em:

    https://www.furg.br/noticias/noticias-entrevista/andre-dizero-e-o-rap-como-objeto-de-estudo

     

    Foto: Lázaro Carvalho

    A relevância cultural do hip-hop é cada vez mais reconhecida pelos meios de comunicação, sendo tema de teses e dissertações também na comunidade acadêmica. Um dos grandes entusiastas do rap como objeto de estudo científico que tiveram passagem pela FURG é o rio-grandino André Dizéro.

    Artista celebrado na cena local, Dizéro, 31 anos, é graduado duplamente em Artes Visuais pela universidade, em Bacharelado (2014) e Licenciatura (2016), e também possui Mestrado no mesmo curso pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). Seus estudos incluem reflexões sobre o rap na contemporaneidade e a produção audiovisual.

    Os últimos quatro meses de confinamento social, com teatros, casas de shows e espaços culturais fechados, poderiam ter aniquilado a produção sociocultural do rapper, mas ele conta com criatividade e talento suficientes para driblar os problemas. Dizéro busca trabalhar com o hip-hop sob um viés que extrapola a música, atuando como oficineiro e educador. Idealizador de uma série de ações, sempre com bom retorno da comunidade, teve que readaptar seus projetos com a chegada da pandemia do novo coronavírus. Um deles foi o festival beneficente Rap Contra o Frio, que em sua quinta edição ocorreu de forma online.

    A veia artística também segue ocupando o seu dia a dia. Nos últimos meses, lançou single e clipe em parcerias, e também colaborou musicalmente em uma campanha de saúde voltada à periferia. Em julho, amenizou a saudade da universidade com sua live no Janela Musical, projeto realizado pela Secretaria de Comunicação (Secom) e a Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) da FURG.

    Essas e outras histórias estão na entrevista concedida abaixo pelo músico.

     

    De que maneira a cultura hip-hop foi inserida em teus estudos acadêmicos na FURG, como aluno de Artes Visuais?

    Foi somente no segundo ano de curso que encontrei um caminho para mediar a produção com hip-hop e a academia. Antes disso, pensei muito em desistir. Não fui aluno exemplar quando adolescente, pelo contrário, dei muito trabalho para os professores. Tive um momento marcante e decisivo no ensino médio, quando percebi que estava atrasado e decidi levar a sério. Mudei de escola e tive a chance de ser aluno do Law Tissot, em 2009/2010. Ele mudou minha perspectiva em relação à arte, principalmente pela forma como abordava as culturas urbanas. No ano seguinte ingressei na universidade. Eu tive uma chance e consegui agarrar, essa mudança no percurso foi decisiva para eu ser quem me tornei.
    Tive muita dificuldade nos anos iniciais, baixa autoestima, principalmente para a realização de trabalhos manuais como desenho e pintura. Não entendia a universidade como um local de pertencimento, me senti por vezes um intruso. Pensei inúmeras vezes em desistir. Nas aulas de Design Gráfico do professor José Flores, passei a realizar colagens para capa de discos, com a temática de rap. Fiz montagens para o grupo Dirth South, do qual faço parte, e ali percebi que poderia relacionar a minha produção com rap.
    Passei a pesquisar a história do hip-hop e realizar trabalhos voltados para a cultura, com experimentações em vídeo e fotografia. Consegui enxergar o elo necessário, e minha produção com hip-hop se tornou a fonte primária pra minha pesquisa artística, conceitual e educacional.

    Como seguiu a relação institucional com a FURG após a graduação?

    Tenho uma ótima relação com a universidade e ela se tornou parceira nos projetos que proponho para a cidade, como o Rap Contra o Frio e o Minicurso de capacitação. A parceria segue na Feira do Livro e no Janela Musical, do qual recebi convite para participar recentemente. Acho importante convites como esse para poder continuar realizando essa mediação, e me coloco à disposição sempre que for possível para seguir construindo essa relação entre as ruas e a comunidade acadêmica.

    A pandemia da Covid-19 certamente afetou os teus projetos culturais programados para 2020. Como está sendo essa readaptação?

    Afetou dramaticamente, como no restante do país. É muito complicado ver os locais fechados e as pessoas que vivem de arte e cultura não podendo produzir.
    A pandemia teve dois reflexos para mim: reação e ação. Quando o vírus chegou aqui, em março, não imaginava que se estenderia até os dias atuais. Quando nos aproximávamos de maio, pensei que precisava reagir. Foi aí que surgiu o Rap Contra o Frio 5, totalmente digital, através de transmissões ao vivo. Reunimos mais de 30 artistas em transmissões ao vivo com o objetivo de buscar arrecadações para a campanha. O evento foi importante para eles, e creio que representou esperança. A galera se empenhou muito para realizar a transmissão de forma criativa e isso foi um bom exercício. Conseguimos 43 cestas básicas com a ação e distribuímos no bairro Maria dos Anjos. Isso foi ótimo e manteve o hip-hop em movimento.

    O projeto “Minicurso de capacitação de educadores/oficineiros de hip-hop: Metodologia, Didática e conteúdos”, de tua autoria, foi um dos contemplados do edital Procultura da Prefeitura de Rio Grande em 2019. O que esperar desse curso?

    O curso precisou sofrer adaptações por conta da pandemia. Inicialmente iríamos realizar um curso de formação presencial; agora, ele vai acontecer através de vídeos.
    Basicamente, ele tem o objetivo de oferecer uma formação para os artistas do hip-hop (MCs, dançarinos, DJs e grafiteiros) e transformá-los também em educadores/oficineiros, para multiplicar os artistas atuantes nesse cenário.
    O curso tem quatro módulos e se desenvolve a partir da minha própria metodologia enquanto educador. Os módulos são teóricos, de planejamento, confecção de portfólio e de elaboração de projetos. O artista participante receberá a oportunidade de formação pedagógica e capacitação para inscrever projetos e captar recurso para nosso município. As inscrições ainda não estão abertas. Espero que em breve possamos iniciar os trabalhos.

    Durante a quarentena, entre outros projetos, colaboraste com uma música para a campanha “BGV sem contaminação” do projeto BGV Rolezinhos. Como se deu essa parceria? De que forma a música chegou até a comunidade?

    Eu trabalho no projeto BGV Rolezinhos desde 2018. A música foi uma proposta da coordenadora Alisson Juliano, e foi viabilizada com a ajuda do produtor 808 Luke. Através do projeto realizamos um conjunto de ações no Bairro Getúlio Vargas, e uma delas foi a música. Pensei em criar em cima de batidas de trap, que são mais agitadas e atuais. A letra tenta conversar com os moradores, com os mais jovens e mais velhos, com o nome das ruas e com o uso das redes sociais.
    Foi uma maneira que pensei de interagir com a população do bairro de forma descontraída e tentar fazer uma conscientização coletiva. Muita gente gostou e compartilhou, ouço relatos que a criançada gosta e canta a música em casa. Fiquei muito feliz com a recepção e com a possibilidade de contribuir de alguma forma. A música está disponível no YouTube, agora, com legenda.

    Logo no começo do teu envolvimento com o rap, a forma de produzir e divulgar música era um tanto diferente da atual. A internet veio facilitar o teu trabalho, ou é o contrário?

    A internet facilitou a difusão do trabalho. Principalmente a troca de conhecimento com outros artistas. A era digital tem várias fases, ao meu ver. No início, por exemplo, nossas músicas eram divulgadas em plataformas como o 4shared, onde o pessoal clicava pra baixar e ouvia no seu computador. Logo vieram o YouTube e os videoclipes, e agora, vivemos a era do streaming com Spotify.
    Cada fase tem uma forma diferente de interação com o público. Sinto que as duas primeiras fases foram mais afetivas, a produção estava em alta, tínhamos espaços de convívio entre os artistas como a Batalha do Cruz, em 2012. O público da cidade consumia muito o hip-hop local, e isso fazia com que o rap tivesse lugar em eventos tradicionais como Fearg e Fecis, Fejunca e até mesmo a Festa do Mar.
    Hoje na era do streaming, os artistas da cena local (e creio que isso reflete em muitas cidades do interior) precisam batalhar por atenção na camada diária de produção musical, que é diversa e ampla, e estamos escassos de espaços de encontros.
    O algoritmo e o alcance das redes nessa nova era jogam contra o artista local, na minha opinião. As pessoas estão olhando cada vez mais para números, e determinando a qualidade musical através disso. Para o artista do extremo sul, que já tem um cenário muito limitado para hip-hop, isso faz com que seja ainda mais difícil receber méritos e valorização pelo seu trabalho, pois seu alcance esbarra em uma dificuldade regional – diferente de grandes cidades, não temos suporte de mídias importantes que fazem com que o trabalho do artista gire, por exemplo, em revistas, jornais, rádio, TV e etc.
    Recentemente esteve no ar o programa Resenha Rap na rádio FURG FM, junto com o DJ Magreen e DJ MD Beats. Realizamos cerca de 4 meses de programa. Foi muito importante, jogou luz sobre muitos artistas.
    Acredito que uma forma de quebrar esse paradigma seria os veículos de comunicação produzirem material com os artistas, enxergarem eles como indivíduos formadores de opinião e representação. E o principal, os produtores musicais precisam entender que o artista da cidade, além de merecer espaço, precisa receber por seu trabalho de maneira profissional. Então, minha resposta pra essa pergunta é sim, facilita a difusão, mas exige um trabalho dobrado para o artista.

    Como tu vês o rap, hoje, como expressão popular da região? As comunidades mais humildes conseguem se fazer ouvir?

    Estamos chegando mais ou menos na terceira geração do rap da cidade e é interessante: artistas da primeira geração, como Mr. Diones, são referência para artistas da terceira geração como o grupo Quality Sul, mesmo com uma diferença de 30 anos de atuação.
    O rap da cidade tem muita força. Muitos artistas estão com produção ativa e com muita representatividade. Duck Beatz está fazendo um baita trampo e lançando álbum, e o Selo Afrogang está produzindo diversos artistas novos, dando oportunidade para a galera se inserir nesse cenário e isso é muito importante. Cristian CRN, além de uma voz marcante no refrão de várias músicas da cidade, produz vários artistas no estúdio Kinkilha.rap. Getsemani é um grupo com proposta cristã. O produtor 808 Luke está trabalhando com artistas do cenário nacional, como Baco Exu do Blues, Lennon e Dalua, entre outros. Temos o Baby, Dudz e Perki lançando álbuns. Badih Hallal e Criss lançaram novas propostas para o cenário. Temos Tuty (que tem músicas com Emicida e Karol Conka) lançando músicas novas. Youngzilla correndo pelo cenário trap e os DJs Micha, Md e Magreen como referências, sem contar a nova geração como Lia Og, 137 Records, Andz e Bhrama e Mística e a evolução audiovisual que A Corte Films trouxe para a região sul.
    O rap local emerge de vários lugares e diversas comunidades conseguem se fazer ouvir, com diferentes estilos de rap e isso é muito importante. Precisamos agora colocar essa gama de talentos em fluxo coletivo.

    E a participação das mulheres negras no rap produzido aqui, como é?

    As mulheres negras ainda são minoria no rap local. Antigamente tínhamos a Sandrinha do grupo Mente sem Limites, e também a MC Pérola Negra, que agora está no Rio de Janeiro. A DJ AfroB está surgindo como referência nesse cenário e isso é muito importante. Temos mulheres talentosas como Mística, Lia Og e na dança Ariel Lexistão, mas ainda é muito pouco. Precisamos que as mulheres se envolvam mais com a cultura hip-hop e que sejam as novas referências para gerações futuras. Dessa maneira podemos ampliar a participação feminina nesse cenário.

    Quais artistas de Rio Grande e região merecem destaque atualmente, na tua opinião?

    Embora tenhamos nomes importantes e consagrados na cidade, no momento atual, o produtor 808 Luke e Duck Beatz (não só pela produção musical, mas também pela atuação como MC e pela sua liderança na Afrogang enquanto coletivo) estão em destaque na minha opinião, juntamente com o grupo Quality Sul, do BGV. Os moleques da Quality estão em um bom momento de produção, com parceria de Mr. Diones. São nomes que estão com certo destaque na minha visão.

     

     

    Galeria

     

    Rapper é graduado em Artes Visuais pela FURG

    Lázaro Carvalho

     

  • 1o. Festival Internacional de Videodança do RS – FIVRS – anuncia trabalhos selecionados

    A comissão avaliadora – Ana Sedeño Valdellós (Espanha); Ladys Gonzales (Argentina); Paulo Caldas (Brasil); e Ximena Monroy Rocha (México) – selecionou 25 trabalhos, oriundos de diferentes regiões do Brasil e de oito países da Europa, América do Sul e do Norte.

     

     Abaixo do Equador, de Adriano André Rosa da Silva – Natal/RN – Brasil

     

    ANOD, de Marta Arjona – Valls / Sarral /Espanha

     

    Bicho, de Felipe Rocha Bittencourt – São Paulo/SP – Brasil

     

    Caminhada, de Luisa Monteiro e Souza – Belém/PA – BRASIL

     

    Cidade Coreográfica, de Paulo Henrique Albuquerque Pontes – Recife/Brasil

     

    Contrapontos, de Guilherme Barbosa Schulze – João Pessoa/PB – Brasil

     

    Corpo-Somático, de Rafaela Pereira – Aparecida de Goiânia/Brasil

     

    Estar a Par – passo a passo, de Tales Frey – Catanduva-SP – Brasil /Porto – Portugal

     

    Fardo, de Leda Siloto – Assis/SP – BRASIL

     

    Fim dos Tempos, de Edson Ferraz – Porto Alegre/RS – Brasil

     

    Hold me, de Rafael Bolacha – São Paulo/SP – Brasil

     

    Impulso, de Michel Schettert – Rio de Janeiro/RJ – Brasil

     

    Inside (Inhabited Landscapes), de Carmen Porras – Granada/ Espanha

     

    La Loba, de Edielson Vidal – Belém/PA – Brasil

     

    Moiado, de Victor Yuri – Ribeirão Preto/SP – Brasil

     

    O Grito, de Larissa Aparecida Kremer – Blumenau/SC – Brasil

     

    Obra, de Maria Luiza Teodoro Guimarães – Uberlândia/Minas Gerais – Brasil

     

    Orlo Hem, de Filomena Rusciano – Sant’Agata de’goti/Itália

     

    Pogo, de Ana Carvajal – Santiago/Chile

     

    Ruído, de Geórgia de Macedo Garcia – Porto Alegre/RS – Brasil

     

    Solilóquio, de Lorena López Aguado – Ciudad de México/México

     

    The last children, de Fu LE – França

     

    Ut(r)opical, de Martin Pablo Groisman – Buenos Aires, Argentina

     

    VDO 1.6, de Kepa Landa – Espanha

     

    Verde que te quiero ladrillo, de Esteban Rodriguez – Bolívia

     

     

    As atividades remotas e virtuais do FIVRS poderão ser acompanhadas no site do evento http://wp.ufpel.edu.br/fivrs, e via Instagram @fivrs.videodanca e canal do Festival no YouTube.

     

    20/07, às 18h – Live Audiovisualidades da dança com Carmen Hoffmann (UFPel) e Carlise Scalamato (USFM) que irão discutir questões referentes ao protagonismos desse imbricamento artístico no Sul do Brasil e às crescentes interfaces tecnologias e virtuais na vida e na dança.

     

    22/07, às 14 – Live Artes del vídeo com Rosângela Fachel (UFPel) e Ana Sedeño Valdellos (Universidad de Malaga/España) –💜irão abordar perspectivas estéticas e tecnológicas referentes às artes do vídeo.

     

    23/07, às 18h – Abertura remota do 1o. Festival Internacional de Videodança do RS – FIVRS via Instagram.

     

     

    23/07, às 19h – Abertura da Mostra Virtual do 1o. Festival Internacional de Videodança do RS – FIVRS e exibição no site do FIVRS e pelos canais do FIVRS e da Fundação Ecarta no YouTube.

     

    Diretoras do FIVRS

    Carmem Anita Hoffman (UFPel)

    Rosângela Fachel (UFPel)

     

    Organização

    Equipe FIVRS

    Carmem Anita Hoffman (UFPel)

    Rosângela Fachel (UFPel)

    Carlise Scalamato Duarte (UFSM)

    Luana Arrieche Echevengua (UFPel)

    Ana Carolina Tavares (UFPel)

    Hamilton Bittencourt (UFPel)

     

    Equipe Ecarta

    Marcos Júlio Fuhr – Presidente da Fundação Ecarta

    Valéria Ochôa – Diretora Geral da Fundação Ecarta

    André Venzon – Coordenador da Galeria ECARTA

     

     

    Realização

    Mestrado em Artes Visuais (PPGAVI) e Curso de Dança da UFPel

    Fundação ECARTA

     

    Apoio

    Curso de Dança Licenciatura / UFSM

    Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo – MALG

    Red Iberoamericana de Investigación en Narrativas Audiovisuales (Red INAV)

     

     

    FIVRS 2020 – teaser

    https://www.youtube.com/watch?v=8qxFfz8mzHc