Zimmermann: trabalho que colhe frutos

Por Mateus Bunde

Foto: Reprodução (http://goo.gl/JxW9qD)

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O que Marcelo Oliveira, técnico do Cruzeiro, atual líder do Brasileirão, e Rogério Zimmermann, técnico do Brasil de Pelotas, clube da quarta divisão nacional, têm em comum? O ano de 2012, e sua continuidade no cargo. No dia três de dezembro de 2012, o técnico cruzeirense chegava à Toca da Raposa, vindo de uma conturbada passagem pelo Vasco da Gama. Meses antes, no dia 25 de maio, Zimmermann voltava à terra do doce, para a consolidação de um trabalho que já havia obtido sucesso no passado.

O líder do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro, parece ter emendado um Campeonato ao outro. Líder com folga, a equipe de Minas Gerais parece ter encontrado o comandante certo para voltar às glórias de um passado não tão distante. Após a conquista da tríplice coroa, em 2003, o Cruzeiro viu anos medianos e oscilantes figurarem sua história. Dez anos se passaram e a equipe celeste voltava ao topo do Brasil, conquistando, com Marcelo Oliveira, o título nacional no ano de 2013.

Zimmermann não foi diferente. Após o acesso à Serie A do Gauchão com o Xavante, em 2004, oscilou entre bons e maus trabalhos, até reaver seu time do coração no ano de 2012. No ano em questão, conquistou a vice-colocação na Copa Federação Gaúcha de Futebol, perdendo a decisão para o Juventude. No ano seguinte, o Xavante alçou voos mais altos. A conquista da Segunda divisão do Campeonato Gaúcho – e o consequente acesso a primeira divisão – coroou a volta de Zimmermann ao comando rubro-negro.

Porém, em 2014, o que era para ser um sonho, tornou-se uma realidade. Com uma campanha consistente na Série A do Gauchão, o título do interior e a polêmica eliminação para o Grêmio nas semi-finais do torneio, foram a cereja no bolo da festa rubro-negra. O Brasil de Pelotas voltava aos anos de glória, e com ele: Rogério Zimmermann.

Três fatores que explicam o consolidado trabalho de Zimmermann:

Foto: Reprodução (http://goo.gl/JxW9qD)

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1) A união rubro-negra

A confiança no comando técnico da equipe segue a linha na formação do elenco. O time pouco muda. Poucas peças são perdidas e, caso sejam, a reposição é sempre à altura. Os pilares do elenco rubro negro são: Rafael Forster, Cirilo, Fernando Cardozo, Leandro Leite, Marcio Hahn e Alex Amado. Com os seis atletas, a equipe possui um “esqueleto” de jogadores que conhecem uns aos outros. Um fator determinante para o sucesso de uma equipe emergente.

2) A confiança da diretoria

Sequência negativa de resultados pode acabar com a paciência de qualquer diretoria com o comandante da casamata. Porém, não parece ser o caso do Brasil de Pelotas. Um exemplo foi a derrota para o São Paulo de Rio Grande, na final do primeiro turno da segundona do campeonato gaúcho. O revés poderia se tornar um grande desastre, caso, meses depois, a equipe não conseguisse o acesso. A diretoria foi firme, confiou no técnico e não abandonou a ideia inicial de trabalho, Colhendo, meses depois, os frutos da conquista da segundona gaúcha daquele ano.

3) O carinho da torcida

Apesar de, sob seu comando, o Pelotas quebrar o jejum de 10 anos sem vitórias em clássico, Zimmermann manteve a moral com a torcida. Mesmo com diversas derrotas em embates decisivos com o rival, a torcida não parece ter perdido a confiança no trabalho do treinador, 1ue desbancou o revezamento da dupla Ca-Ju como terceira força do estado. As conquistas passadas parecem ser antídotos para as derrotas no derby pelotense.

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