V Semana Acadêmica do Jornalismo UFPel promove oficinas e atividades práticas

Por Nathianni Gomes

No primeiro dia da V Semana Acadêmica do Jornalismo UFPel, os inscritos participaram da oficina “Desinibição, oratória e práticas de telejornalismo”. Organizada pelo Centro Acadêmico Pagu, em parceria com o Coletivo Negro Tim Lopes e a Marte Agência de Conteúdo, a oficina propiciou um tarde de troca de experiências e descontração.

Marcel Ramis, 31, professor de inglês e criador de vídeos, explicou a importância de cada pessoa conhecer seus limites e também sobre a conexão da desinibição com a linguagem. Além disso, ele abordou a relevância da auto estima e das experiências que todos carregam. “Nós trazemos conosco nossas vivências e traumas. Inibir é o ato de bloquear impulsos e se conhecer é o melhor meio para lidar com as situações”, explicou.

Simulação de apresentação de notícias aplicando os conhecimentos de dicção e entonação. Imagem: Nathianni Gomes

Nesta primeira parte da oficina, os inscritos participaram de atividades que envolviam conhecer os colegas, praticar a entonação da voz com exercícios em grupo e experimentar novas ferramentas. Já na segunda etapa, com o jornalista William Machado, foram apresentados tópicos de experiências pessoais, dificuldades e aprendizados da profissão, relembrando episódios sobre falhas e erros que poderiam ter sido evitados.

Para Jéssica Alves, estudante de 19 anos do quarto semestre de Jornalismo, o tema da oficina foi muito bem pensado e interessante: “a desinibição faz parte da nossa profissão, independente da área”. Ela destacou a quebra de conforto em realizar certas atividades propostas. “Nos leva a estabelecer laços com quem acabamos de conhecer”, declarou, sobre o modo descontraído como a oficina foi abordada.

As oficinas da Semana Acadêmica foram dispostas em três dias de atividades, nas tardes e noites dos dias 7, 8 e 10 de outubro. As atividades tiveram como ministrantes servidores do Centro de Letras e Comunicação e também profissionais de diversas áreas de atuação do jornalismo.

Imagem: Divulgação/CA Pagu

Isabella Barcellos, estudante de 18 anos do segundo semestre do Jornalismo, relatou que gostou muito da recepção dos ministrantes da oficina. Ela participou de duas e concluiu: “oficinas como essas são muito importantes para ampliar os horizontes do estudante, para experimentar coisas diferentes e ter contato com áreas novas da comunicação”.

A programação das oficinas ainda contou com o complemento de rodas de conversa sobre sobre gênero, comunicação e a mulher na profissão e uma exposição de fotos. Para Elena Santos (20), que está no segundo semestre do jornalismo, “essas atividades são muito interessantes, pois nos dão uma noção e nos preparam para o campo profissional que vamos enfrentar”.

Rafaela Dutra (22), que faz parte do Coletivo Negro Tim Lopes, contou sobre a importância da desinibição e da prática de telejornalismo para jovens negros. “Foi algo muito discutido no coletivo, quisemos trazer uma prática para nos ajudar a ficar mais confortáveis com a câmera”, relatou ela, a respeito das dificuldades e questões levantadas pelo Coletivo sobre a aparência na TV.

As oficinas da Semana Acadêmica foram encerradas na quinta-feira feira, seguidas por rodas de conversa e, por fim, o último painel de palestras na sexta-feira (11), encerrando o evento.

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