Surto de gripe aviária segue atingindo leões e lobos marinhos no litoral gaúcho
Desde o início de outubro, mais de 500 animais morreram infectados com a doença. Os principais índices estão sendo registrados na praia do Cassino, Torres, São José do Norte e em Santa Vitória do Palmar
Por Laura Cosme / Em Pauta
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), atualizou na quarta-feira (25), para 552 o número de leões e lobos-marinhos contaminados por influenza aviária na metade sul do litoral gaúcho. O primeiro caso havia sido confirmado no dia 4 de outubro, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Desde esta data, os óbitos cresceram rapidamente e os principais índices estão sendo registrados na praia do Cassino, Torres, São José do Norte e em Santa Vitória do Palmar.
A coordenadora do Centro de Recuperação de Animais Marinhos da Furg, Paula Canabarro, destaca que em Rio Grande a principal área de risco é a orla da praia, contudo, o Cram segue monitorando os leões marinhos que estão no Cais do Porto Velho, próximo à comunidade. “Estamos em situação de crise. Até o momento, o foco do vírus está na praia, mas seguimos monitorando os leões do Cais do Porto Histórico”, afirma.
Para minimizar o aumento no número de óbitos, desde o início do mês, um monitoramento conjunto tem sido realizado com a participação do Cram, instituições sanitárias locais e o Serviço de Verificação de Óbito (SVO). “Está sendo realizada uma resposta conjunta liderada pelo serviço veterinário oficial para o enfrentamento da emergência zoossanitária. Os monitoramentos estão sendo realizados por várias instituições que atuam na região e a compilação dos dados está sendo realizada pelo SVO”, explica a coordenadora do Cram, Paula Canabarro.
O que as autoridades recomendam
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença altamente contagiosa que normalmente afeta aves, mas que, neste caso, tem afetado também mamíferos marinhos. A principal forma de contaminação em leões e lobos marinhos é através da ingestão de aves contaminadas. Portanto, a recomendação é manter distância se encontrar um animal infectado. “A orientação é manter pessoas e animais domésticos afastados dos lobos e leões marinhos”, ressalta Paula.