Saque das contas inativas do FGTS já tem calendário definido
No final do ano passado, a equipe econômica do governo Temer propôs o acesso de parte dos trabalhadores brasileiros ao saque do dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Este Fundo é uma poupança que o empregador deve abrir em nome do funcionário regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas e que pode ser utilizada pelo empregado, caso este seja demitido sem justa causa. A ideia da equipe técnica do Ministério da Fazenda era injetar recursos financeiros no mercado e permitir o reaquecimento da economia nacional.
Regulamentado pela Medida Provisória 763/16, o acesso aos valores das contas inativas do FGTS será facultado aos trabalhadores que pediram para sair de seus empregos, ou foram demitidos por justa causa até 31 de dezembro de 2015. São aproximadamente 19 milhões de contas que poderão ter seus valores sacados conforme calendário anunciado pela Caixa Econômica Federal (CEF), no último dia 14 de fevereiro.
Este calendário prevê que os trabalhadores nascidos nos meses de janeiro e fevereiro poderão sacar seus proventos a partir de 10 de março. Já as pessoas nascidas nos meses de março, abril e maio poderão retirar o seu dinheiro a partir de 10 de abril. Quem nasceu nos meses de junho, julho e agosto poderão resgatar os valores a partir de 12 de maio.
Enquanto isso, os aniversariantes nos meses de setembro, outubro e novembro podem acessar o dinheiro ao qual tem direito a partir de 16 de junho. Os últimos a receberem os valores das contas inativas serão os trabalhadores nascidos em dezembro, que deverão acessar os terminais da CEF a partir de 14 de julho.
É importante salientar que os trabalhadores que tiverem direito a retirar o dinheiro das contas inativas do FGTS poderão fazê-lo até o dia 31 de julho deste ano. Depois disto perdem o direito de usufruir desta quantia.
Segundo o Ministério do Trabalho, podem ser injetados até R$ 30 bilhões de forma direta na economia brasileira com estas retiradas que serão efetuadas pelos trabalhadores. Lembrando que o valor estimado total das contas inativas está previsto em aproximadamente R$ 43 bilhões.