Jogos Vorazes, Esperança – O Final
por Graça Siqueira
Sinopse:
“Recuperando-se do choque de ter Peeta (Josh Hutcherson) como seu inimigo, Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) é enviada ao Distrito 2 pela presidente Coin (Julianne Moore). Lá ela convencerá os moradores locais a se rebelarem contra a Capital. Com todos os distritos unidos tem início o ataque decisivo contra o presidente Snow (Donald Sutherland). Só que Katniss tem seus próprios planos para o combate e, para levá-los adiante, precisa da ajuda de Gale (Liam Hemsworth), Finnick (Sam Claflin), Cressida (Natalie Dormer), Pollux (Elder Henson) e do próprio Peeta, enviado para também participar de sua equipe.”
Acredito que já tenha dito isso outras três vezes, mas vou repetir: não li os livros, não sei de nada que acontece e sou mais fã de Divergente. Mas concordo que só Jennifer Lawrence tem tudo para ser Katniss.
Não sei quais as opções em suas cidades, mas se puderem, optem por assistir em exibição normal. Por ter assistido em 3D quase peguei no sono com a primeira metade do filme, que é mais lenta e escura. Por incrível que possa parecer, esse foi o único filmado com essa tecnologia.
Além disso, se puderem escolher, optem por uma exibição à noite, sem crianças e adolescentes, que costumam dar gritinhos com a aparição dos ídolos. Eu assisti no Cineflix Cinemas às 16h30.
Último filme baseado na série literária de Suzanne Collins, dirigido por Francis Lawrence, é mais violento do que os outros. Embora os jogos tenham aparecido somente no primeiro filme é possível perceber que estão mais em evidência do que nunca nas cenas de ação.
A curiosidade fica por conta de que neste filme temos três ganhadores de Oscar: Jennifer Lawrence por O Lado Bom da Vida (2012), Julianne Moore por Para Sempre Alice (2014) e Philip Seymour Hoffman por Capote (2005). Sendo que Philip faleceu durante as filmagens.
O filme começa com Katniss se recuperando do ataque de Peeta. Ele agora está preso e acorrentado, ainda sob efeito das torturas de Snow e querendo acabar com a amiga.
Katniss é a arma que a presidente Coin tem contra Snow. Só o Tordo poderá unir todos os distritos e instigá-los à rebelião e ataque à Capital. É claro que Katniss aceita essa incumbência, mas na realidade, tem seus próprios planos.
A partir do momento em que Katniss sai com seus companheiros para o ataque à Capital é que realmente começa a ação. Temos sustos, mortes, surpresas ao estilo dos jogos, bestantes e uma série de obstáculos pelos quais terão que passar.
Enquanto isso a heroína está sempre extremamente fria. Ela segue em frente apesar de tudo, pois seu objetivo é ficar cara a cara com Snow e matá-lo. Por tudo que ele representa, por tudo que lhe causou de tristeza, por Peeta, pelos cidadãos sem liberdade e para acabar de uma vez com os jogos a que o povo é obrigado a participar anualmente.
Eu esperava mais. E suponho não ser a única. Alguns críticos concordam que ficou muito previsível. Mas também admito que tenha uma fotografia muito bonita, uma trilha sonora competente, uma direção esmerada e um final todo certinho.
O grande mérito do filme é a parte política tão real, mostrando políticos que se comportam como se fossem deuses e sendo, acima de tudo, grandes manipuladores da informação.
São seres humanos sem índole ou princípios, que não têm respeito ao seu próximo, e, enquanto resguardam sua confortável vida, aniquilam com os menos favorecidos mantendo-os completamente dependentes.
O último filme da série Jogos Vorazes não decepciona os fãs, embora alguns tenham reclamado da cena final.
É possível até que haja continuação, pois Lawrence disse em entrevista que: “Você precisa ter a certeza de que tem algo mais a dizer. Novos personagens precisam ser criados e é necessário que eles sejam tão convincentes quanto Katniss. É complicado, mas eu estou definitivamente aberto para discutir o assunto”.
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Assista ao trailer: