Renúncias e pré-candidaturas marcam a semana na política
Eduardo Leite, João Dória e Sergio Moro travam embate com seus partidos
para participar da corrida presidencial em outubro
Por Rafaela Stark
O Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, renunciou a seu cargo
no último dia 31, a fim de concorrer como candidato à presidência da república pelo
PSBD. Simultaneamente a Leite, João Dória comunicou que continuará com sua
decisão de disputar as eleições presidenciais pelo partido tucano.
A escolha do representante da chapa do PSDB vem sendo questionada
desde a saída de Geraldo Alckmin, um dos fundadores da sigla, em dezembro de
2021, deixando assim a vaga em aberto. O nome de João Dória é o principal
cotado, visto que o paulistano ganhou força do público por causa de suas ações ao
longo da pandemia, em especial, a corrida das vacinas que travou contra Bolsonaro.
Todavia, Dória tem tido que enfrentar não só adversários de fora, mas
também dentro de seu próprio partido, o gaúcho Eduardo Leite quer ser candidato
pelo PSBD. Contrário à reeleição para o governo do estado, Leite desafia um dos
políticos mais fortes do país ao disputar a pré-candidatura, que perdeu previamente,
e tenta se tornar uma terceira via para sua legenda, como dito para a CNN na última
terça-feira (5).
Ainda na entrevista com a CNN, Eduardo anseia por maior variedade de candidatos no “centrão”, não descartando a possibilidade de entrar em uma chapa como vice-presidente. O ex-prefeito de Pelotas tem tido seu nome ligado ao da
senadora Simone Tebet do MDB, com a qual pode vir a formar apoio.
“É muito prematuro falar em que posição em que cada um tem que assumir, eu acho que a disposição, a disponibilidade nossa tem que ser construir, apoiando, participando na chapa como vice-presidente, se for o caso” – Eduardo Leite para a CNN Brasil.
Enquanto Dória e Leite disputam entre si, Sergio Moro teve sua pré- candidatura barrada pelo União Brasil (unificação do PSL e DEM), e está
enfrentando dificuldades para tentar a vaga de senador de São Paulo. A relutância
do partido se dá pelo medo de Moro abandonar o mesmo caso consiga se eleger, já
que ele deixou o Podemos após gastar 3 milhões de reais da antiga sigla. O desejo
do União Brasil é lançar o ex-ministro como deputado, para tirar o posto de mais
votado de Eduardo Bolsonaro e passar Guilherme Boulos em número de votos.