Queda precoce de Brasil e Espanha marca o Mundial de Futsal
Depois dos Jogos Olímpicos, outro grande evento movimenta o esporte mundial. Está sendo realizada na Colômbia a oitava edição da Copa do Mundo de Futsal, que é chancelado pela Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), que rege o futebol e todas as suas variantes ao redor do planeta.
A história dos campeonatos mundiais de futsal é alvo de muitas controvérsias. Antes da FIFA assumir o controle do futebol das quadras, tínhamos um certame mundial organizado pela Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), que gerenciou as competições de 1982, 1985 e 1988. A intervenção da FIFA no futebol de salão começou em 1989 e só aumentou a confusão em torno de qual mundial melhor representava o esporte da bola pesada, tudo isso porque ainda hoje temos a existência de um campeonato paralelo, que já foi organizado por duas entidades diferentes. Mas a realidade é que nenhuma destas instituições conseguiu empanar o brilho que a competição capitaneada pela FIFA possui.
A edição 2016 do Campeonato Mundial de Futsal está sendo disputada por 24 seleções de todos os continentes e, antes do início dos jogos, os grandes favoritos pareciam ser mais uma vez o Brasil, cinco vezes campeão, e a Espanha, que ficou com os outros dois títulos. Mas a zebra deu o ar de sua graça pelas quadras colombianas e não perdoou brasileiros e espanhóis que sequer conseguiram chegar às semifinais.
A Espanha foi batida nas quartas de final pela Rússia, depois de ter vencido as três partidas da fase inicial. O jogo acabou em 6 a 2 para os russos, comandados pelo trio brasileiro formado por Éder Lima, Robinho e o goleiro Gustavo.
Enquanto isso, o Brasil, que também havia vencido as três partidas da primeira fase, foi eliminado nas oitavas de final em jogo dramático, decidido apenas nos pênaltis contra os iranianos. A desclassificação brasileira marcou a pior campanha da seleção no Mundial de Futsal, já que nas duas edições anteriores em que o Brasil não levou o título havia ficado entre os três melhores da competição. Enfim, para o alto nível histórico do futsal nacional, a Copa de 2016 foi um fiasco.
Possíveis causas
Entre as causas apontadas como responsáveis por este desastre vale destacar as constantes trocas de técnicos da seleção nos últimos anos, a negativa de alguns jogadores em participar da competição mundial e a falta de torneios preparatórios de alto nível que pudessem realmente testar o grupo de jogadores brasileiros. O único destaque positivo foi a atuação do craque Falcão, provavelmente o melhor jogador de futsal de todos os tempos, que jogou seu último mundial e tornou-se o maior artilheiro de todas as Copas organizadas pela FIFA.
Assim, as eliminações precoces de Brasil e Espanha podem marcar uma nova era no futsal mundial, que deve ser caracterizada por um maior equilíbrio nas disputas continentais, aumentando a emoção e mobilizando um número cada vez maior de aficionados pelo futebol das quadras em todo o mundo.