Projeto Sociedade pelo sangue
Por Camila Santos
Você já imaginou que um estudante poderia criar algo para aumentar o número de doações de sangue?
Esse foi o caso do Francisco de Freitas, 28, que criou a plataforma digital Socilogue. Uma pessoa que está desenvolvendo um projeto 100% pelotense, o qual tem o intuito de salvar a vida das pessoas de Pelotas e região.
Francisco estudou toda sua vida em escola pública, como ele mesmo diz: “Sou fruto de escola pública”. Cursou o ensino médio e técnico no Instituto Federal Sul Rio-Grandense (IFSul) e sua graduação em sistemas para internet também foi no Instituto. Francisco ao longo da sua formação no ensino superior decidiu fazer algo voltado para sociedade. Usar seus aprendizados e conhecimentos para ajudar e chamar a atenção para essa falta de doadores de sangue. Fez do Socilogue um projeto de vida, teve como sonho tornar ele realidade e o ver funcionando.
De acordo com o criador da plataforma, no início do projeto foi muito difícil. O estudante passou por muitos desafios, mas sempre teve o apoio de sua mãe – como ele mesmo destaca: “Criou ele rico em amor”-, irmãos, sua namorada, sua orientadora durante a graduação e o HemoPel, que deram apoio para que o projeto avançasse.
O Socilogue é uma plataforma web, ela visa o aumento no estoque de sangue, a captação de novos doadores, a manutenção dos doadores que já existem, além de deixar registradas todas as doações. O Hemocentro Regional de Pelotas (Hemopel) pode usufruir da plataforma para captar novos doadores, por meio de notificações individuais ou até mesmo por campanhas, pelo tipo sanguíneo ou pela cidade. O Hemopel tem acesso a todas as pessoas cadastradas na plataforma, tanto pelo perfil público,onde todos cadastrados podem ver que ele é usuário, assim ele está aberto a pedidos de doações, quanto no perfil privado, onde o usuário fica invisível para as outras pessoas, só o hemocentro sabe que ele é cadastrado.
Além dos perfis públicos e privados também têm a opção “perfil entidade”. As entidades são perfis direcionados para as empresas. Nesse perfil, elas podem ver se seus funcionários estão realmente doando sangue. Até então não tem nenhuma entidade cadastrada na plataforma, fica aí o convite para as empresas da cidade.
A pessoa que não doa sangue também pode se cadastrar na plataforma, como receptor, assim ela pode pedir sangue para os outros usuários. “É uma ferramenta inclusiva, não tem afastamento entre as pessoas, ela busca uni-las. Por esse motivo o nome é Socilogue: Sociedade pelo Sangue, a união dessas três palavras que fazem a diferença”, explica Francisco. Além disso, a pessoa doadora de sangue pode se cadastrar tanto para doar, quanto para pedir sangue se houver necessidade.
Quem tem pânico de agulha e infelizmente não consegue doar sangue está apto para se cadastrar no Socilogue também, seja como receptor ou não. Esse é o caso do Vinicius Fonseca, de 22 anos que relata: “Como não sou doador, tenho pânico de agulha, já tentei doar, a plataforma me traz um certo conforto, pois é um lugar que eu sei que posso encontrar pessoas dispostas a ajudar os outros e graças a essa plataforma, pude ver a quantidade de pessoas que realmente necessitam de sangue e comecei a fazer com que meus amigos começassem a doar”.
A plataforma também conta com o serviço de avaliação. O doador avalia com uma nota como foi sua doação e também pode justificar por que não é mais doador. Desse modo, a ferramenta além de buscar novos doadores, também tem como intuito fazer a manutenção desses doadores. Atualmente não há nenhuma avaliação ruim ao hemocentro, são todas positivas. Dentro do Socilogue os usuários podem tirar várias dúvidas sobre doação, assim como relata a doadora, Alice Quadros, 18 anos: “Eu como sou doadora, antes de doar sangue tinha diversas dúvidas e sentia falta de uma plataforma que pudesse de alguma forma respondê-las. Com o Socilogue, essa falta foi suprida, podendo então, tirar dúvidas de futuros doadores, assim como eu tinha”.
Dentro da plataforma ainda existe um espaço do serviço de hemoterapia, onde ele pode pedir sangue, ele pode ver a avaliação do doador sobre o serviço de hemoterapia, assim podendo sempre melhorar o atendimento. As atualizações sobre o estoque de sangue são feitas pelo mesmo serviço, o qual também pode enviar um feedback sobre as avaliações dos doadores. O serviço de hemoterapia também está encarregado em organizar campanhas para chamar atenção de novos doadores.
O Socilogue permite que o doador poste fotos, como nas redes sociais e possibilita que o mesmo acompanhe o histórico do seu sangue. Na plataforma, é possível ver como anda o estoque de sangue do Hemopel. Segundo o criador, está em análise a possibilidade de aumentar a dimensão da plataforma, tornando-a estadual e futuramente nacional.
Acompanhe mais desse projeto pelas suas redes sociais:
Facebook: https://www.facebook.com/sigaosocilogue/
Twitter: https://twitter.com/sigaosocilogue
Instagram: https://www.instagram.com/socilogue/
Lembrando que o cadastro é gratuito e rápido, só acessar o site e participará dessa corrente do bem em: https://www.socilogue.com.br/