Percy Jackson e os Olimpianos: nova adaptação deixa desejar em alguns aspectos

Série do Disney+ baseada nos livros de Rick Riordan traz o universo da mitologia grega para as telas novamente

Por Gabriel Medeiros / Em Pauta

Há quatorze anos, o filme “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”, do diretor Chris Columbus, estreava no Brasil. Embora o filme tenha alcançado a marca de mais de 200 milhões de dólares, o longa não foi recebido pelos fãs da renomada saga de livros do escritor Rick Riordan: Percy Jackson e os Olimpianos. Um dos principais pontos abordados é de que os atores não tinham a mesma idade que os protagonistas do livro. Outra crítica amplamente comentada foi sobre a própria adaptação do primeiro livro para o filme, com cenas e diálogos inexistentes e pouca história contada do primeiro livro.

Para acalentar o coração dos fãs, em maio de 2020, a Disney anunciou a série Percy Jackson e os Olimpianos, baseada nos cinco livros da saga de Riordan.  Baseado nos acontecimentos do primeiro livro, Percy Jackson e o Ladrão de Raios, Percy Jackson (Walker Scobell), Annabeth  (Leah Jeffries) e Grover (Aryam Simhadri) partem em uma perigosa missão, com o objetivo de evitar uma guerra entre os deuses, dado o sumiço do Raio-Mestre de Zeus. Após alguns trailers que se mostraram bem fiéis aos acontecimentos da obra, a série estreou no dia 20 de dezembro de 2023, no serviço de streaming da Disney. 

A escolha dos atores agradou o público, dando chances para a séries. Foto: Reprodução/Disney

Com um elenco promissor e ao mesmo tempo condizente aos protagonistas literários, a série empolgou milhares de fãs da saga nos seus dois primeiros episódios, com acontecimentos e diálogos idênticos adaptados para as telinhas. Entretanto, vale ressaltar que apesar do carisma de Percy Jackson, da inteligência  de Annabeth e da fácil conexão com Grover ao longo dos oito episódios, o telespectador não sente o perigo iminente abordado por Riordan nos livros. 

Além disso, a troca proposital de diretores nos episódios contribuíram para deixar o enredo não tão linear e amarrado, com algumas cenas e diálogos que não impactaram diretamente no desenvolvimento da história. Um exemplo é a cena em que Hefesto aparece para Annabeth, logo após Percy se “sacrificar” para recuperar o escudo de Ares.

Embora muita aclamada por uma legião de fãs, a série peca ao não conseguir se conectar profundamente com o telespectador, sobretudo aos que leram os cinco livros da saga, sendo mais uma série ‘legalzinha’ para assistir entre as diversas milhares de outras existentes no mercado de streaming. Entretanto, nem tudo está perdido. Segundo estimativas da própria Disney, a série conta com 110 milhões de horas transmitidas, resultado anunciado durante a apresentação dos resultados financeiros do último trimestre de 2023 da empresa que confirma o sucesso comercial dos semideuses. Além disso, o  CEO da Disney, Bob Iger, confirmou a renovação para a segunda temporada, na qual será baseada no segundo livro da série: O Mar de Monstros.

Comentários

comments

Você pode gostar...