O outro lado do apito
Por Mateus Bunde
Pressão, xingamentos, críticas. A profissão mais visada – não da maneira boa – do futebol: o árbitro. Provavelmente o mais visado dos 23 homens que pisam no gramado. O árbitro, ou o popularmente conhecido ‘Juiz’, tem como função cuidar um espaço de 7140m². Amparado por apenas dois auxiliares (em alguns campeonatos, quatro), a probabilidade de erros é grande.
E as pautas constantes sobre os árbitros na mídia tem sido rotina. Um pênalti não marcado, um impedimento mal assinalado, uma bola na mão não indicada. Lances que muitas vezes necessitam de interpretação, de velocidade de apitar, pois a demora (apito não consequente) denota uma não marcação de uma possível infração.
E em razão das críticas de jogadores, treinadores, dirigentes e mídia, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) divulgou uma nota oficial ameaçando a paralisação do Campeonato Brasileiro. De acordo com a Anaf, a principal reivindicação seria a punição, por parte do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mais enérgica aos que ofendessem a equipe de árbitros da partida.
“Os árbitros estão indignados e querem parar o campeonato. O nível técnico da competição é baixíssimo e querem jogar a culpa da derrota no árbitro. Isto é um desrespeito à figura do arbitro, que tem o papel de comandar a partida”, afirmou, em nota, o presidente da Anaf, Marco Antônio Martins.
Após diversas marcações polêmicas na 25ª rodada do Campeonato Brasileiro sendo comentadas nas grandes mídias, e a condenação de árbitros por seus erros, nós, da AGPel, separamos cinco lances em que os juízes acertaram em momentos de grandes dificuldades:
1) Pênalti bem marcado em Cléo, jogador do Atlético-PR, no confronto contra o Corinthians. Dificuldade do lance: Um possível toque na bola do jogador corinthiano.
2) Pênalti marcado em Emmanuel Bittencourt, do Bahia, no confronto contra o Flamengo. Dificuldade do lance: O toque ocorre em cima da linha da grande área.
3) Gol legal de Fred, do Fluminense, no confronto contra o São Paulo. Dificuldade do lance: Fred na mesma linha do defensor são-paulino.
4) Gol de Barcos, do Grêmio, no confronto contra o São Paulo. Dificuldade do lance: Defensor do Botafogo demora a sair, dá condição para Barcos marcar em condição legal de jogo.
5) Gol de Diego Tardelli, do Atlético-MG, no confronto contra o Vitória. Dificuldade do lance: Troca de passes em velocidade do Atlético, e, ao receber a bola, Tardelli está na mesma linha do zagueiro da equipe baiana.
