“Manual de assassinato para boas garotas”: a busca pela verdade sobre uma morte misteriosa
Best-seller do New York Times conquista fãs de suspense e true crime com narrativa envolvente
Por Brenda Pacheco
“Manual de assassinato para boas garotas” foi lançado no Brasil em março de 2022/ Foto: Divulgação Editora Intrínseca
Em maio de 2019, Holly Jackson lançava o primeiro livro da sua série sobre as investigações de Pippa Fitz-Amobi: “Manual de Assassinato para Boas Garotas” (“A good girl’s guide to murder”, no título original). O livro chegou ao Brasil no dia 25 de março de 2022 através da editora Intrínseca, e tem conquistado leitores interessados em investigação, suspense e true crime.
O livro é o primeiro volume de uma série de 3 livros/ Foto: Reprodução/@intrinseca no Instagram
Na história, Pippa Fitz-Amobi está prestes a concluir o seu ensino médio e decide fazer o seu projeto de conclusão de curso sobre a investigação do caso Andie Bell: a garota mais bonita e popular da escola assassinada em 2012 por seu namorado, Sal Singh, que cometeu suicídio dias após o crime.
Uma garota desaparecida. Um crime com mais perguntas do que respostas e cheio de certezas incompletas. Mas, 5 anos após o caso, Pip se dispõe a ir atrás de respostas. Sal Singh é realmente o assassino de Andie Bell? O corpo não foi encontrado, Andie está mesmo morta? O que as pessoas envolvidas nessa história têm a contar?
O livro tornou Holly Jackson autora best-seller do New York Times. E não é por acaso, visto que trata-se de um thriller jovem adulto bem escrito, viciante e cheio de reviravoltas no qual, por mais que o leitor tente, é muito difícil desvendar o caso sozinho.
Um ponto forte do livro é a diagramação. Ao todo, são cinquenta capítulos breves que intercalam entre o texto corrido, transcrições de entrevistas, trechos de conversas e o diário de produção de Pip, onde ela registrava todas as suas descobertas e suposições sobre o caso. Esse formato deixa o livro mais dinâmico e imersivo: estamos investigando e revirando aquele material apurado junto com Pip.
De acordo com Holly Jackson, o seu objetivo era mesmo fazer o leitor se sentir como um detetive e sua principal inspiração para o livro foram podcasts e documentários de True Crime. “Depois de ouvir a primeira temporada do podcast Serial eu decidi escrever um thriller com um assassinato misterioso e que parecesse um podcast de true crime. Por isso, o livro tem transcrições de entrevistas e mapas com anotações que fazem o leitor se sentir um detetive”, revela Jackson.
A história daria um bom filme, e não é atoa que pode ter adaptação vindo por aí nos próximos anos! De acordo com a revista The BookSeller, os direitos de “Manual de Assasinato para Boas Garotas” para TV e cinema foram comprados pela produtora britânica Moonage Pictures em 2019.
A Intrínseca ainda não divulgou informações sobre a tradução dos outros dois livros da série (“Good Girl, Bad Blood” e “As Good As Dead”) para os brasileiros que anseiam pela continuação da história. Apesar disso, “Manual de Assassinato para boas garotas” não depende dos outros livros, pois, além de ser de leitura fácil e prazerosa, tem início, meio e fim, sem deixar pontas soltas.
Aviso de gatilhos: a história contém estupro, sequestro, xenofobia, drogas, pedofilia, abuso e violência.
