Manifestação na praça de pedágio é cancelada
Por Laércio Diniz
Decisão foi tomada em virtude de decisão judicial favorável à ação movida pela empresa responsável pelo pedágio da região.
A manifestação marcada para hoje, às 13 horas, na Praça do Pedágio do Pólo Pelotas (BR 116, KM 210) e que possui apoio do Fórum de Vereadores da Região Sul do Estado, bem como de sindicatos e movimentos sociais, precisou ser cancelada em virtude de uma decisão liminar da Justiça favorável a uma ação movida pela empresa ECOSUL (empresa responsável pelo pedágio da região) contra os organizadores do protesto.
A justiça proibiu qualquer ato público de protesto nas imediações da Praça de Pedágio do Retiro, por entender que iria atrapalhar o fluxo de veículos da região, bem como colocar em risco a vida tanto dos manifestantes quanto dos usuários e colaboradores da empresa.
Os manifestantes são contra as elevadas tarifas de pedágio, a cobrança bidirecional (ida e volta) e a permanência da empresa concessionária que atua na região desde 1998, cujo contrato expiraria em julho do ano passado, mas que foi renovado, sem licitação, até março de 2026.
Histórico
Esta não seria a primeira manifestação a ocorrer na Praça. Em novembro do ano passado aconteceram dois protestos, com a presença de membros de sindicatos, do Movimento Sem Terra e da Central Única dos Trabalhadores.
Além disso, o Fórum de Câmaras de Vereadores da Região Sul recolheu mais de 20 mil assinaturas em um abaixo assinado contra a concessão de pedágio para a empresa ECOSUL, que foi encaminhado a Brasília e recebeu recentemente resposta do Ministério de Transportes alegando que não há irregularidade no contrato.
Vários Parlamentares da câmara municipal de Pelotas dão apoio às manifestações, dentre eles estão os vereadores Marcola (PT), Ivan Duarte (PT) e Marcus Cunha (PDT). Os dois últimos citados na Ação Ordinária movida pela ECOSUL proibindo os protestos no dia de hoje. Na sessão ordinária desta quinta-feira, o vereador Marcola ressaltou que a luta contra a exploração da empresa na região não pode parar, mesmo com o cancelamento do protesto.