Laboratório Lâmina faz exposição de artefatos arqueológicos na Praça Coronel Pedro Osório

Equipe de arqueologia e museologia na Praça Coronel Pedro Osório. Imagem: Jéssica Lopes

Por Jessica Alves e Jéssica Lopes

Com a Semana dos Museus a todo o vapor, um grupo de alunos dos cursos de Antropologia e Museologia se propuseram a montar um estande na Praça Coronel Pedro Osório no qual foram expostos artefatos indígenas Guarani. O principal objetivo foi de aproximar a população Pelotense da história do passado, ressignificando algo que não se trata apenas do ocorrido, mas do presente.

O Laboratório Multidisciplinar de Investigação Arqueológicas (Lâmina) foi criado em novembro de 2011 e está vinculado ao Instituto de Ciências Humanas (ICH). Sua atuação é voltada a projetos de ensino, pesquisa e extensão, contando com a participação de pesquisadores, docentes, estudantes e colaboradores de diferentes áreas de ensino, como Arqueologia, Museologia, Conservação e Restauro, Antropologia e História.

Exposição de artefatos históricos Guarani. Imagem: Jéssica Lopes

“O laboratório tem 6 anos e a ideia surgiu basicamente de um grupo de alunos da Antropologia, que criou dentro do laboratório multidisciplinar, núcleo de atividades patrimoniais. A ideia é fazer a conservação do patrimônio arqueológico da comunidade, apropriação desse material”, conta Jaime Salles, professor de Antropologia.

Segundo Júlia Braga, estudante de Antropologia e Mariana Brauner, estudante de Museologia, a proposta de levar o Laboratório de investigação arqueológica Lâmina para a Praça, é fazer com que a comunidade de Pelotas veja o trabalho que é desenvolvido dentro da universidade e tenha um maior contato com o passado. “Assim podemos mostrar a importância do nosso trabalho em relação ao passado e mostrar que a arqueologia não está ligado só ao passado mas está no nosso presente”, ressaltam as estudantes.

Uma das sessões da exposição foi a atividade sensorial com artefatos, a qual dispunha de caixas pretas com objetos arqueológicos dentro. O desafio do visitante era adivinhar o que havia dentro da caixa somente pela sensação do tato. A aproximação dos materiais por meio do toque é inacessível aos museus devido às vitrines de exposição, mas quando é feito, se torna um grande diferencial, pois assim é possível obter um maior contato com o significado e a história que aquele objeto remete.

Dentre os materiais expostos, estavam artefatos indígenas, pré coloniais, fragmentos de cerâmica, objetos em pedra polida, lascada e réplicas de pontas de projéteis feitas de resina. Os materiais da exposição podem ser encontrados na Bibliotheca Pública de Pelotas e o laboratório Lâmina tem vínculo com o museu Muaran.

Na próxima sexta-feira (17) ocorrerá novamente a exposição do laboratório Lâmina, desta vez no Museu Malg, em parceria com o projeto Rede de Museus. “As expectativas são que o público venha até nós com curiosidade em saber o que a gente faz dentro do meio acadêmico científico, isso não é só pra gente, é para o público”, ressaltam Júlia e Mariana.

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