Jovens músicos sonham viver da música
Grupo Cia Musica toca no calçadão de Pelotas nas tardes de segundas, quartas, sextas e sábados. Foto: Rafaela Dutra
Por Rafaela Dutra
É possível que você já tenha escutado o som desse talentoso quarteto enquanto passava pelo calçadão da Andrade Neves. Carlos Eduardo Santos (17), Italo Guerreiro (17), Adrian Fernandes (17), Gregory Ferreira (17) formam o Grupo Cia Musical, os estudantes do ensino médio, que tocam juntos e se conheceram na Orquestra Estudantil Areal, resolveram formar o grupo com o intuito inicial de arrecadar recursos para a manutenção dos instrumentos, há três meses, e hoje sonham em viver da música.
O grupo que faz parte da mesma Orquestra e que já dividiram outros grupos musicais antes do Cia ressalta a importância do projeto Orquestra Estudantil Areal, realizada na Escola Ginásio do Areal.
“Eu não gostava do violino, eu gostava de uma musica tocada no violino, mas eu não tinha coragem e achava que não teria condições de comprar um violino e quando os instrumentos chegaram eu comecei a aprender e me apaixonei e estou tocando até hoje”. Relatou Italo, que inicialmente tocava com o instrumento emprestado da Orquestra. Além disso, reforçaram que foi o lugar onde se conheceram e fez com que descobrissem o amor pela música e a amizade entre os quatro.
Quando questionados sobre as inspirações, além de nomes Zakk Wylde, norte americano e ícone do heavy metal, citado pelo guitarrista do quarteto, Adrian Fernandes, revelaram que a dedicação de cada membro do grupo acaba servindo de inspiração um para os outros.
O grupo divide o sonho de tocar em grandes orquestras e fora do País. “Eu sonho em tocar fora. Sonho e tocar pra fora, tipo Estados Unidos. Em qualquer lugar, até na rua, mas eu sonho em tocar lá. E acredito que é um sonho que a gente compartilha” revelou Carlos Eduardo, que tem nutrido a paixão pela musica desde os oito anos. Além disso, os quatro sonham com um futuro em que consigam juntos continuar vivendo da música
Os jovens contaram que a iniciativa do grupo de tocar no calçadão, fez com que as pessoas conhecessem seu trabalho, abrindo assim portas para realizarem apresentações em diversos eventos “A gente é bem conhecido por tocar aqui. As pessoas passam nos contratam pra eventos como casamentos e outros”, diz Carlos Eduardo. O grupo também conta com o apoio das redes sociais como o Facebook e o Instagram para divulgar seu trabalho e fechar contratações.
