Inscrições abertas para a 2ª edição da Corrida Pelo Fim da Pólio

Na primeira edição, 160 pessoas participaram da corrida. Fonte: Rotaract Pelotas Norte

Por Roger Vilela

No dia 14 de abril acontece a segunda edição da Corrida Pelo Fim da Pólio em Pelotas. O evento é organizado pelo Rotaract Club de Pelotas Norte e tem como objetivo arrecadar fundos para a erradicação da poliomielite. As inscrições são limitadas e podem ser feitas na loja Hercílio.com, localizada na rua Andrade Neves, nº 4161, ou online, através do link: https://goo.gl/7cLyad e cada participação tem o custo de R$ 30,00.

A corrida começa no Trapiche, na Praia do Laranjal, e vai até o Shopping Mar de Dentro, um percurso de 5 km.  A largada está prevista para às 9h e os kits vão ser entregues para os participantes a partir das 7h, no local do evento.

Serão três categorias: geral, feminino e masculino. Os três primeiros lugares de cada uma serão premiados com medalhas. Todos os corredores receberão uma medalha pela participação. Além disso, brindes serão sorteados no local.

De acordo com a organização do evento, 160 pessoas participaram da primeira edição da corrida, realizada em 2018. Neste ano, a expectativa é que cerca de 200 pessoas corram em prol do combate a poliomielite.

O dinheiro arrecadado será repassado para o fundo Pólio Plus, “que busca a distribuição de vacinas contra a poliomielite em países onde a doença ainda é uma ameaça”, conta Bibiana Dias, membro do Rotaract Pelotas Norte. Em 2018, o organização da corrida obteve um lucro de R$ 1.860. Segundo Bibiana, com essa quantia foi possível a aquisição de cerca de 800 vacinas, que custam 60 centavos de dólar (hoje, cerca de R$ 2,32) cada uma.

A DOENÇA

A Poliomielite, também conhecida como paralisia infantil ou pólio, é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus, que invade o sistema nervoso central e pode causar paralisia total do corpo. A pólio é transmitida por água e alimentos contaminados ou pelo contato direto com pessoas infectadas. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), “uma em cada 200 infecções causa paralisia irreversível (geralmente nas pernas). Entre os acometidos, 5% a 10% morrem quando há paralisia dos músculos respiratórios”. A doença afeta com maior frequência crianças com menos de cinco anos de idade. Adultos que não foram imunizados também podem ser infectados pelo poliovírus.

Em 30 anos, os casos de poliomielite caíram mais de 99%. Foram de 350 mil casos em 1988 para 29 casos notificados em 2018. No Brasil, o último caso de pólio registrado foi em 1989, na cidade de Souza, na Paraíba.  No ano de 1994, o continente americano recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de erradicação da poliomielite.

No mundo, a pólio continua endêmica, ou seja, ainda tem novos casos notificados de forma constante, em três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Até que a doença seja erradicada no mundo, há o risco que o poliovírus volte a circular em países e continentes que já estão livres dele.

A única forma de prevenção da pólio é a vacinação. Todos as crianças com menos de cinco anos devem ser vacinadas. No Brasil, as campanhas nacionais de vacinação contra poliomielite começaram em 1980 e, desde 2016, o esquema vacinal contra a pólio passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha).

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