Exposição ‘Janeiro Branco’ feita pelos sobreviventes da Boate Kiss está em Pelotas
Duas campanhas foram criadas para relembrar o incêndio
Por Milene Lages
No dia 27 de janeiro, a tragédia da Boate Kiss completa sete anos e o julgamento dos réus está previsto para este ano. Com isso, duas campanhas foram idealizadas para que o incêndio seja relembrado.
A campanha Janeiro Branco foi idealizada pela sobrevivente e terapeuta ocupacional Kelen Ferreira (26), conjunto ao produtor André Polga e o fotógrafo Derli Junior. O foco da ação busca salientar a importância do auxílio da saúde psicológica de todos os envolvidos na tragédia, por meios religiosos ou até com o apoio dos amigos, retratados por meio de fotos e vídeos. Além da idealizadora, fazem parte da campanha, Angélica Sampaio (27), Cristina Peiter (30), Delvani Rosso (27), Gustavo Cadore (38) anos, Juciane Bonella (28).
Para o fotográfo Derli Junior, participar desta campanha foi um momento especial, o entrevistado ressalta ainda a importância da ação e agradece o convite das sobreviventes. As fotos estão sendo postadas na página Kiss que não se repita, desde novembro de 2019 e as publicações irão até março deste ano. A exposição das fotografias está no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) no corredor de arte, dos dias 10 de janeiro a 16 de fevereiro de 2020, das 7h às 22h.
A outra campanha se chama 7 anos Boate Kiss – Sem justiça não há futuro, idealizada pelos pais e amigos das vítimas do incêndio e o produtor André polga, com foco no julgamento dos réus, destacando a perda dos entes queridos e os tratamentos psicológicos passados pelos parentes. Serão postadas fotos e vídeo também na página do Facebook.
“A importância de termos as duas campanhas, é mostrar para a sociedade, principalmente a Santamariense, que estamos seguindo em frente sem esquecer da tragédia, mostrando o quanto é fundamental termos uma boa estrutura familiar e uma rede de profissionais médicos. Com nossa experiência, podemos mostrar para as pessoas que passam por situações semelhantes, que temos sim uma luz no final do túnel”, ressalta André.