Espetáculo do Grupo Mariana Espilman encanta público no Theatro Guarany
O espetáculo de dança “Elos – A história da relação entre o homem e a natureza” e a IV Mostra de Dança do Grupo Mariana Espilman reuniu mais de 700 espectadores no Theatro Guarany
Por Renata Ávila / Em Pauta
No sábado do dia 9 de dezembro, foi realizado o espetáculo de dança Elos – A história da relação entre o homem e a natureza e a IV Mostra de Dança do Grupo Mariana Espilman no Theatro Guarany. Com as performances divididas em dois atos e com mais de 20 coreografias, as alunas apresentaram o que foi trabalhado no grupo nos últimos dois anos.
O espetáculo deste ano da companhia, intitulado “Elos – A história da relação entre o homem e a natureza”, aborda a conexão entre o ser humano e o meio ambiente e seus impactos, desde a criação do mundo até os dias atuais. “A ideia do Elos surgiu a partir da observação dos fenômenos da natureza que ocorreram esse ano, como as enchentes e ciclones aqui no estado, e que nos assustaram muito. Na hora falei para as professoras que precisávamos fazer um espetáculo falando sobre a importância da natureza e todo mundo topou”, explica Mariana.
Além das dançarinas da companhia, alguns estudantes do curso de Dança da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) se juntaram ao Elos com duas coreografias, “A Criação” e “Raízes”, respectivamente. A aluna do curso e professora do Mariana Espilman, Joana Botelho, 21, diz que foi uma experiência única para ela e seus colegas participarem do espetáculo: “Foi ótimo, tanto para o Grupo Mariana Espilaman, que ficou muito contente com a nossa apresentação, quanto para nós. Tinham alunos que nunca tinham pisado num teatro ou tido a oportunidade de dançar por uma companhia. Então, foi bom para todos os lados”.
No ensaio geral, já era nítida a animação das bailarinas para a apresentação. Bianca Cordeiro, 13, não escondia sua animação de estar nos palcos novamente. “É muito emocionante para todas nós, porque a gente batalha todos os dias para ir nas aulas e aí estar aqui, no Theatro Guarany, e se apresentar é uma experiência muito mágica”, relata Bianca. Já Alanna Longen, nove, conta que sente um misto de emoções em fazer o que ela tanto ama, que é dançar. “A dança significa, praticamente, a minha vida inteira. Minha mãe me apresentou o Jazz e perguntou se eu queria fazer uma aula experimental, eu falei que queria e agora estou aqui já faz uns três anos”.
O apoio da família é fundamental para que as dançarinas se sintam seguras e brilhem ainda mais no palco. A mãe de uma das alunas de seis anos, Andressa Konflanz, fala que para a filha é muito importante esse suporte familiar, “ela sempre nos procura na plateia para ver como estamos reagindo à apresentação dela e quando a gente elogia a forma que ela dançou, ela acha um máximo”, diz Andressa.
Depois do espetáculo de mais de duas horas de duração, Mariana descreve Elos como uma experiência surreal, “superou minhas expectativas. Conseguimos tocar o coração das pessoas e, principalmente, levar nossa mensagem sobre os cuidados com a natureza a todos”. Para Bruna Lima, uma das mais de 700 pessoas presentes no Theatro Guarany, foi difícil escolher qual performance foi a sua favorita. “Uma coreografia que gostei muito foi ‘Damas da Noite’, é uma coreografia bem mais animada e divertida, mas que, ao mesmo tempo, é mais clássica. Minha parte favorita foi o final com as dançarinas jogando dinheiro falso para a plateia”.
Conheça o Grupo Mariana Espilman
Fundado em 2020, pela professora de dança Mariana Espilman, o Grupo Mariana Espilman veio da necessidade que a professora tinha de ter seu próprio espaço físico e dar ainda mais sua personalidade ao trabalho realizado. “Durante muitos anos trabalhei com dança em escolas, mas a rotina de ir de um lado para outro me desgastava muito. Então, veio a decisão de criar o grupo Mariana Espilman. É muito desafiador, mas foi a melhor decisão que tomei, sou feliz e realizada com ela”, comenta a professora.
A companhia — que possui turmas de Baby Class, Jazz e Kpop — possui mais professoras além de Mariana. A professora e monitora do grupo, Alice Barz, 18, conheceu o trabalho do grupo através da sua prima em agosto do ano passado e, desde então, mergulhou na vivência da companhia. “Ver as bailarinas cada dia melhor, com um brilho no olhar e um sorriso no rosto é gratificante. É uma sensação de dever comprido, pois é para isso que trabalhamos, para ‘curar e transformar vidas através da dança’, esse é o nosso lema”, conta Alice.
O Grupo Mariana Espilman está localizado na Avenida Fernando Osório, n.º 4510 e é possível obter mais informações sobre o trabalho da companhia pelo Instagram @grupomarianaespilman.