DUNKIRK
Sinopse:
“Na Operação Dínamo, mais conhecida como a Evacuação de Dunquerque, soldados aliados da Bélgica, do Império Britânico e da França são rodeados pelo exército alemão e devem ser resgatados durante uma feroz batalha no início da Segunda Guerra Mundial. A história acompanha três momentos distintos: uma hora de confronto no céu, onde o piloto Farrier (Tom Hardy) precisa destruir um avião inimigo, um dia inteiro em alto mar, onde o civil britânico Dawson (Mark Rylance) leva seu barco de passeio para ajudar a resgatar o exército de seu país, e uma semana na praia, onde o jovem soldado Tommy (Fionn Whitehead) busca escapar a qualquer preço.”
Há tempos não assistia a um filme de guerra. E entre os filmes em cartaz no Cineflix Pelotas, optei por Dunkirk por essa razão. E não me arrependi. Dunquerque (Dunkerque, em francês) é uma cidade portuária na França e faz fronteira com a Bélgica. A cidade foi palco da célebre Batalha de Dunquerque, em maio de 1940, começo da 2ª Guerra. Dunkirk , portanto, é a tradução para inglês.
Dirigido magistralmente por Christhoper Nolan, o que se vê é a batalha no porto de Dunquerque, não como em outros, em que balas rebentam cabeças, o sangue jorra ou soldados se enfrentam corpo a corpo.
Nesse, o suspense, a tensão e a realidade nos conduzem ao frenesi do combate. A estupenda trilha sonora de Hans Zimmer nos leva à loucura da guerra.
A trama se passa em tempo não linear, o que a torna ainda melhor. Os atores têm desespero nos olhos. E somos lançados ao problema já de cara. Aqueles rapazes, que apenas assistem a ação, só querem sair dali e voltar para casa. Muito embora a 2ª Guerra só estivesse no início.
Dunkirk faz com que não se desvie os olhos da tela, pois sofremos cada ataque, tão surpresos quanto os personagens. A realidade da guerra nos fere totalmente.
Não existe nenhum ator que se sobressaia a outro. Todos mostram na atuação a mesma dor do abandono, do desamparo, do despreparo, do terror de ser alvejado a qualquer momento.
As três situações que a trama nos mostra são passadas em terra, no ar e no mar. Em cada local o sofrimento é o mesmo. Tomadas grandiosas, planos abertos e visual excelente, reforçam o que já se diz de Nolan: um amante do cinema, que não aceita tela pequena, streaming e não concorda com a Netflix em festivais de cinema. É acima de tudo um diretor de grandes imagens. Que está abdicando do 3D e aderindo às câmeras IMAX.
A demora da conexão entre terra, ar e mar não diminui o êxtase final. E embora sem a presença de grandes nomes (afinal Kenneth Branagh, Mark Rylance e Tom Hardy aparecem poucos minutos do total) o filme é ótimo e os violinos de Hans Zimmer o tornam impecável e tenso como jamais vi.
Nota 10.
Link para o trailer.