Com 90 anos, Deborah Mirenda exibe exposição “Um olhar, uma vida”

Mais de 30 quadros estão expostos no Espaço de Arte Daniel Bellora até o dia 26 de janeiro

Os primeiros quadros pintados pela artista ressalta os olhos, sua parte favorita na pintura. Foto: Stéfane Costa

Por Stéfane Costa / Em Pauta

Boa parte de seus 90 anos, Deborah Blank Mirenda passou pintando. Natural de Erechim, fez de Pelotas sua casa, e um dos pontos altos de sua arte. Isso porque a pintora exibe até o dia 26 de janeiro seus quadros na exposição “Um olhar, uma vida”. A mostra pode ser conferida das 10h às 17h no Espaço de Arte Daniel Bellora, na rua Três de Maio, 1005, no Centro de Pelotas.

Formada em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1956, Deborah uniu a arte que a movia com a vontade de ensinar. Com Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ela é categórica ao afirmar que nunca ensinou ou cobrou de seus alunos o gosto pela arte. “Nunca ensinei ninguém a pintar […] A gente não ensina a desenhar não, a gente oferece o material para eles, porque cada um tem seu mundo, seu interior”, garante.

Hoje, Deborah costuma retratar flores inspiradas em seu próprio jardim. Foto: Stéfane Costa

E é essa arte que flui que move a pintora. Seus traços tomam forma, descrevem alegrias, angústias, sonhos, amor, amor pela arte. “Pintar é muito bom, extravasa a alma”, ressalta Deborah. 

Para ela, tudo começou com os olhos, aqueles que acredita conterem a alma e todas as emoções de uma pessoa. Expostos em ordem cronológica desde os anos 60, os primeiros quadros são retratos de pessoas que passaram pela vida da artista, todos retratados com os olhos em tamanho maior, ressaltando seu traço artístico. 

Hoje, entre seus quadros favoritos estão os que pinta com tinta aquarela, pela facilidade com que consegue construir seus traços e montar o desenho. Deborah traduz sua paixão pelas flores em muitos dos últimos quadros que produziu. Ela conta que, da janela de sua casa, admira seu jardim e busca retratar as flores que para ela são sinônimo de felicidade. 

Além dos traços e personalidade da artista, sua vida e alma estão registradas em cada tela que orgulhosamente aponta ao visitante. Mais de 30 quadros e inúmeras aquarelas podem ser conferidos ao longo da galeria do espaço.

 

 

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