Brasil não consegue vaga no Grupo Mundial da Fed Cup 2020

Bia Haddad, melhor tenista brasileira, não conseguiu vencer as experientes eslovacas. Imagem: Divulgação/WTA

Por Luís Artur Janes Silva

No último final de semana, mais precisamente nos dias 20 e 21 de abril, o Brasil entrou em quadra na cidade de Bratislava, na Eslováquia, para disputar os playoffs do Grupo Mundial II da Fed Cup, o equivalente no tênis feminino à Copa Davis do naipe masculino. Portanto, esta competição, que começou em 1963, é a Copa do Mundo dos países que praticam o esporte das raquetes.

As jogadoras brasileiras, que haviam conquistado a Zonal Americana do torneio, enfrentaram as eslovacas, que haviam sido batidas pelas tenistas da Letônia, na fase inicial do Grupo Mundial II da Fed Cup. Quem vencesse o confronto garantiria vaga entre as 16 principais potências do tênis feminino mundial no ano de 2020. Mais experientes e melhores ranqueadas, as tenistas eslovacas não tiveram dificuldade para fazer três jogos a um e voltarão ao Grupo Mundial do torneio. Para as brasileiras, o enfrentamento valeu como aprendizado e deu esperanças de grandes vitórias no futuro.

Campeãs da Fed Cup em 2002, e contando com duas jogadoras no Top 50 do ranking mundial, as eslovacas abriram vantagem de duas vitórias no primeiro dia de disputa (20). Dominika Cibulková, número 35 do mundo (mas que já foi a quarta melhor do planeta) e vice-campeã do Australian Open, em 2014, bateu Carol Meligeni por dois sets a zero (6-1, 6-1). Enquanto isso, Beatriz Haddad Maia, única tenista brasileira no Top 200 da lista de jogadoras profissionais, não resistiu à Viktória Kužmová , perdendo em sets diretos (6-3, 6-3).

No domingo (21), as eslovacas sacramentaram o triunfo no confronto, com a vitória de Cibulková contra Bia Haddad. Este jogo acabou dois sets a zero para a jogadora europeia, com parciais de 7-6 e 6-0. Na última partida do duelo entre os dois países, a dupla brasileira, formada por Carol Meligeni e Luisa Stefani, bateu Viktória Kužmová e Rebecca Šramková por dois sets a zero (6-1, 6-3). Com a classificação eslovaca, a quinta partida prevista no enfrentamento foi cancelada.

Com a definição de sua vitória, as donas da casa disputarão o Grupo Mundial II da Fed Cup, na temporada de 2020. Cabe salientar que, as 16 principais seleções de tênis feminino do mundo, são divididas em duas chaves no chamado Grupo Mundial. Cada divisão é composta por 8 países. Para se ter uma ideia, mesmo fazendo parte da elite do tênis feminino, a Eslováquia não enfrentou países do Grupo Mundial I, que será decidido em novembro, no confronto entre França e Austrália.

Enquanto isso, o Brasil, que não disputava os playoffs para o Grupo Mundial da Fed Cup desde 2014, procura começar um trabalho de médio e longo prazo, que transforme o país num destaque do tênis feminino no cenário internacional. Uma empreitada árdua, mas que se for planejada com esmero pode render frutos.

 

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