Barraca da Saúde discute temas importantes em escola de Piratini
Projeto de extensão promove saúde e bem-estar em comunidades carentes de Pelotas e região.
Por Ana Garrafiel e Isadora Ogawa
Na segunda-feira (26), a Barraca da Saúde, projeto de extensão da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), foi até a Escola de Ensino Fundamental Ruy Ramos, no município de Piratini. No dia, foram realizadas palestras com crianças e adolescentes, das séries iniciais ao fundamental. A iniciativa abordou temas como Plantas Medicinais, os Jogos Indígenas, Sexualidade e Substâncias Psicoativas.
O dia foi de curiosidades e descobertas. Testando o conhecimento dos alunos sobre corpo humano, drogas e cultura indígena, os estudantes da universidade trataram de diversos temas relacionados ao cotidiano jovem. Informações básicas que muitas vezes não são discutidas em sala de aula, ou passam despercebidas pelos adolescentes, foram abordadas de maneira dinâmica, fazendo com que os alunos se interessassem pelo assunto.
Na palestra sobre drogas, um debate foi criado. Com a turma dividida ao meio, uma parte deveria defender a legalização das mesmas; já o outro lado teria que contrariar. Sobre os temas abordados, Manuela Farias de Nunes, do 8º ano do ensino fundamental, relata: “A gente fala disso na escola, mas não tão abertamente”. Ela acredita que “todos devem se conscientizar sobre essas questões”. O estudante Santiago Berndt Garbin, de 13 anos, também do 8º ano, concorda: “Achei legal a ideia do debate. É importante mostrar os lados e chegar a uma conclusão”.
Uma das organizadoras do projeto, Dákny dos Santos, é da região de Piratini. Atualmente, ela estuda Enfermagem na UFPel mas está sempre voltando à sua cidade natal, principalmente para realizar ações educativas. “Como eu sou daqui, é muito gratificante. A gente faz a prevenção que muitas vezes a prefeitura não consegue fazer”, conta. Muitas vezes, Dákny também serve de exemplo para outros jovens. “Eles percebem que têm condições de irem para a faculdade. Tendo alguém que saiu daqui e foi, eles pensam ‘ah, se ela conseguiu eu também consigo’”, finaliza.