Secretários prestam esclarecimentos na câmara sobre a contratação de novos empréstimos pelo executivo
Vereadores questionam o destino da verba de 40 milhões oriunda da operação de crédito
Por Victoria Dutra/Em Pauta
Vereador Paulo Coitinho (Cidadania) preside a reunião. Ao seu lado esquerdo os secretários Roberto Ramalho e Jairo Dutra, lado direito, secretário Fábio Machado. Foto: Gabriel Xavier
Nesta última quinta-feira (14), os secretários Jairo Dutra, Roberto Ramalho e Fábio Machado estiveram presentes em reunião pública na câmara para esclarecer questionamentos dos vereadores sobre a contratação de empréstimos pelo executivo no banco BRDE e Caixa Econômica Federal no total de 40 milhões de reais. A reunião começou com esclarecimentos dos secretários responsáveis pelas pastas que irão administrar o recurso: às secretarias da fazenda, de governo e gestão e planejamento.
De acordo com os secretários, a verba vai ser aplicada em obras de infraestrutura que já estavam previstas no plano de governo da prefeita Paula Mascarenhas. Fábio Machado, secretário de Governo e Ações Estratégicas, esclareceu que parte do crédito vai ser destinado para o projeto “Moradia Digna”, desenvolvido dentro do Pacto Pela Paz. Segundo o secretário, o valor de 2 milhões será aplicado em melhorias habitacionais para cerca de 1.500 famílias.
Já o secretário de Planejamento e Gestão, Roberto Ramalho, detalhou que o financiamento vai atender as obras estruturantes no projeto “Obra no bairro 2”, como iluminação pública de led, ampliação de ciclofaixas, asfaltamento de ruas em que o transporte coletivo circula, em bairros como o Laranjal, Três Vendas, Fragata e Areal, além da requalificação das avenidas Fernando Osório, Ferreira Viana, Francisco Caruccio e Adolfo Fetter.
Entre os questionamentos levantados pela vereadora Fernanda Miranda (Psol) e outros parlamentares da oposição, a unanimidade foi a questão da pasta da saúde não estar incluída no plano de investimento. Fernanda ainda questionou sobre a falta de acesso aos projetos que serão contemplados pela verba. “É um cheque em branco, nem os próprios secretários sabem onde serão usados os 40 milhões. Vai ser mais dívida para o governo pagar e não vai ser nem esse governo de agora que vai ter que saldar, já que o prazo de pagamento é de 36 meses”, afirma Fernanda.
Segundo o vereador Marcos Ferreira (PTB), líder de governo, as obras de infraestrutura planejadas com a verba dos empréstimos vão contemplar outras áreas também, como a saúde. “As obras são estruturantes, são de mobilidade urbana, vai ajudar a melhorar a vida de todos. Vamos economizar também na saúde, tapar a valeta é economizar na saúde”, justifica.
Os projetos enviados pela prefeitura para a contratação dos empréstimos devem ser votados no plenário da casa na próxima sessão ordinária, dia 19.
