Filme coloca em evidência papel da imprensa e a liberdade de expressão

“The Post – A Guerra Secreta” apresenta pontos de reflexão importantes para o dia a dia dos jornalistas ao redor do mundo      

Por Antonio Berndt       

 

Meryl Streep vive aquela que tem nas mãos destino de jornal Fotos: Divulgação

 

O filme “The Post – A Guerra Secreta” (2017) trata de um ótimo tema que deve ser discutido até hoje, que são as responsabilidades dos jornalistas em frente às noticias. Existem limites éticos sobre as notícias e sobre o que publicar? O Estado é um fator que pode barrar o jornalismo?

Uma parte essencial de uma democracia é a liberdade de imprensa, mas o governo muitas vezes exerce o poder de decidir se divulgará ou não os fatos públicos. Usando uma história real do jornal estadunidense The Washington Post, a excelente direção de Steven Spielberg e as incríveis atuações de Meryl Streep e Tom Hanks revitalizam o tema.

Meryl Streep interpreta a editora-chefe do The Washington Post, Katharine Graham, a primeira mulher a liderar um grande jornal americano. Ela herdou o jornal após a morte de seu marido e vive um dilema difícil. Deverá decidir sobre publicar ou não os documentos que podem mudar a percepção pública sobre o governo e colocar o seu jornal em risco.

E é nisso que está baseado o ponto central e principal dilema no filme. Até onde a imprensa pode ir para levar ao público as informações. O filme aborda a relação entre a liberdade de imprensa e a segurança nacional. Os editores do The Washington Post estão em um dilema: publicar ou não os Pentagon Papers, arquivos confidenciais que revelam mentiras do governo e podem colocar em risco a segurança nacional.

 

História retrata época em que as mulheres começavam a marcar presença nas redações jornalísticas 

 

Fazendo um breve contexto, os Pentagon Papers foram um estudo secreto do Departamento de Defesa dos Estados Unidos sobre sua participação militar e política no Vietnã de 1945 a 1967. O relatório oficialmente chamado de “Estados Unidos – Relações com o Vietnã, 1945–1967: Uma Investigação Preparada pelo Departamento de Defesa” detalhou como o governo dos EUA escalou deliberadamente o conflito no Vietnã, frequentemente enganando o Congresso e o público americano sobre a verdadeira extensão e natureza da guerra.

Em um contexto atual, a influência das reportagens é importante para a ética jornalística, especialmente quando se trata de dados confidenciais. O filme questiona até que ponto os jornalistas devem ir para contar a verdade. Os jornalistas precisam decidir se a busca pela verdade e o direito do público de saber prevalecem sobre o risco de causar danos ao governo ou à sociedade. No filme, a decisão de publicar os Pentagon Papers é um ato de coragem, mas também uma decisão com sérias consequências.

Outro ponto que se destaca no filme é a questão do conflito de interesses, já que a proprietária do Post, Katharine Graham, está enfrentando um dilema pessoal enquanto o jornal estava passando inicialmente por uma oferta pública de ações. O jornal pode estar em perigo financeiramente neste momento em que os investimentos estão em questão. A influência da economia no jornalismo é um assunto importante tratado pela história.

O filme retrata a imprensa como um importante guardião que monitora e denuncia os abusos de poder do governo. Os Pentagon Papers são apresentados como uma ferramenta para aumentar a democracia e a transparência, enfatizando a importância da imprensa livre para manter o público informado e garantir que o governo seja responsável por suas ações.

E, por fim, a liderança feminina, que é tão debatida atualmente, é mostrada no filme de forma bem clara. Katharine Graham era uma das poucas mulheres da época que ocupavam cargos de liderança na imprensa. Como resultado, ela foi subestimada e pressionada em um ambiente dominado por homens. O filme destaca que a valentia e a autoridade são essenciais para a liderança jornalística.

Essas questões demonstram a complexidade do papel da imprensa em uma sociedade democrática e como as decisões feitas pelos meios de comunicação podem impactar os cenários políticos e sociais.

 

 

Ficha Técnica

Gênero: Drama

Direção: Steven Spielberg

Roteiro: Josh Singer, Liz Hannah

Elenco: Alison Brie, Austyn Johnson, Bob Odenkirk, Bradley Whitford, Brent Langdon, Bruce Greenwood, Bryan Burton, Carrie Coon, Christopher Innvar, Coral Peña, David Cross, Deborah Green, Deirdre Lovejoy, Gary Wilmes, Jennifer Dundas, Jesse Plemons, Jessie Mueller, John Rue, Justin Swain, Kelly Miller, Luke Slattery, Matthew Rhys, Meryl Streep, Michael Cyril Creighton, Michael Devine, Michael Stuhlbarg, Pat Healy, Philip Casnoff, Rick Holmes, Robert McKay, Sarah Paulson, Sasha Spielberg, Stark Sands, Tom Hanks, Tracy Letts, Will Denton, Zach Woods

Produção: Amy Pascal, Kristie Macosko Krieger, Steven Spielberg

Duração: 116 min.

Ano: 2017

País: Estados Unidos

Classificação: 12 anos

Onde assistir: Netflix e YouTube

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Curta rio-grandino “Cassino” é premiado no 52º Festival de Cinema de Gramado

O filme realizado no Balneário Cassino participou da Mostra Gaúcha de Curtas e recebeu o destaque de Melhor Direção de Fotografia      

Por Fernanda Farinha       

 

História com direção e roteiro de Gianluca Cozza acontece no período de inverno na praia          Foto: Divulgação

 

O curta-metragem “Cassino” conta a história de Daniel, Tando e Soninho, três ladrões que circulam durante a noite pelas ruas do Balneário Cassino, observando as casas e tentando invadi-las, a fim de roubar alguma coisa. Segundo o diretor e roteirista do filme, Gianluca Cozza, a ideia desse projeto surgiu a partir de uma imagem fantasiosa de uma pessoa andando em cima dos telhados das residências do Cassino à noite. O filme fez sua estreia no 52º Festival de Cinema de Gramado e ganhou, no dia 11 de agosto, o Prêmio Assembleia Legislativa, na categoria “Melhor Direção de Fotografia”, na Mostra Gaúcha de Curtas.

“Era uma vontade minha fazer um filme que se passasse inteiramente no bairro onde eu cresci, o bairro Querência, que fica no Balneário Cassino. E eu queria muito arranjar uma desculpa para gravar a paisagem desse bairro, que eu gosto bastante. É um lugar particular”, diz Gianluca Cozza.

O diretor destaca também a importância da praia na sua vida, “Eu me criei no Cassino, então todas as memórias de infância e adolescência que eu me lembro se passam lá. Acho que isso me traz uma memória afetiva muito grande”, recorda. “Eu morava nessa casa que ficava a poucos metros da praia, então, passava muito tempo lá. Acho que a gente que mora em Rio Grande tem uma ligação com a praia o Cassino muito forte, principalmente no verão”, ressalta.

A intenção de Cozza, no entanto, era trazer um outro ponto de vista sobre a praia, quando o frio chega e as casas utilizadas apenas para o veraneio ficam vazias, deixando o bairro com uma aparência “fantasmagórica”. O período de férias escolares no verão é o mais movimentado do Balneário, mas o filme se passa no inverno.

Gianluca é natural da cidade de Rio Grande e formado em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Atualmente mora em Porto Alegre e abriu uma produtora chamada Saturno Filmes, tendo dois de seus colegas de faculdade como sócios.

Os projetos da produtora são desenvolvidos para serem gravados no interior do Rio Grande do Sul, investindo na produção de filmes na região Sul do Estado, que carece de financiamento público e estrutura, “A gente não consegue viver de cinema no interior gaúcho. Por isso, viemos para Porto Alegre, justamente, para conseguir trabalhar com cinema, e, de certa forma, fazer os nossos filmes nessas regiões, [fora da capital gaúcha,] trabalhando com pessoas das localidades envolvidas e movimentando o mercado do interior,” conta o cineasta.

Importância das instituições públicas

Gianluca evidencia a importância das universidades e institutos federais na luta por recursos, em especial, a iniciativa do IFRS Campus Rio Grande com o Núcleo de Produção Audiovisual OFCINE (NPA), que foi parceiro na realização no curta-metragem “Cassino”, ajudando com toda a parte de estrutura de equipamentos utilizados.

“Quando eu era estudante do ensino médio, eu entrei nesse projeto de extensão com a professora Raquel Ferreira, que se chamava OFCINE, e depois que criei a produtora e vim para Porto Alegre, teve essa iniciativa da criação de um Núcleo de Produção Audiovisual,” relata.

A professora do IFRS e coordenadora do projeto, Raquel Ferreira, explica que o Núcleo surgiu através de uma atividade de extensão criada em 2016, mas apenas em 2020 foi possível implementar o NPA, por meio da Política Pública dos Núcleos de Produção Digital (NPDs), para atender a região do Extremo Sul do Estado. “Acreditamos que uma nova juventude vem surgindo cheia de ideias e com bastante criatividade. Dentro do Instituto Federal, imaginamos o cinema como uma possibilidade a mais dentre o que o campus tem oferecido em cursos técnicos. Isso também dialoga com a importância do Núcleo para a região Sul. O nosso objetivo vem sendo fortalecer a cadeia produtiva do audiovisual na região nesses últimos anos,” frisa Raquel.

 

Equipe do curta “Cassino” na apresentação do filme no Palácio dos Festivais   Foto: Ticiane da Silva/Agência Pressphoto

 

Na cerimônia de encerramento da Mostra Gaúcha de Curtas, a diretora fotográfica Eloisa Soares recebeu o prêmio que destacou a elaboração visual da produção. Gianluca Cozza enfatiza a honra da participação no Festival. “Foi uma notícia muito boa, a gente gosta bastante do festival. Achamos que é uma ótima oportunidade de exibir o filme para um público que é mais engajado com o cinema nacional e, principalmente, com o cinema gaúcho, então a gente ficou muito feliz de ter essa oportunidade, exibir o filme no Palácio dos Festivais”.

A premiação comprova que o investimento no cinema do Rio Grande do Sul, em especial na região Sul do Estado, tem resultados positivos e pode colocar cada vez mais os gaúchos no cenário do cinema nacional e até internacional.

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Reviva terror de “Nosferatu”, clássico do Expressionismo Alemão que ganha nova versão em 2024

A releitura da obra de F.W. Murnau, de 1922, tem direção de Robert Eggers, de “A Bruxa” e “O Farol”         

Por Gabriel Veríssimo        

O filme “Nosferatu” (1922), clássico do Expressionismo Alemão e um dos precursores do gênero horror no cinema, ganhará uma nova versão em 2024. O responsável pela adaptação do filme de F.W. Murnau será o diretor Robert Eggers, um dos mais aclamados do gênero na atualidade, conhecido pelos filmes “A Bruxa” (2015), “O Farol” (2019) e “Homem do Norte” (2022). O longa tem estreia marcada para o dia 25 de dezembro, nos Estados Unidos, mas segue sem data para lançamento no Brasil.

A nova versão tem como cenário a Alemanha do século XIX. Um vampiro da Transilvânia, Nosferatu, persegue a jovem Ellen Hutter. Tudo começa depois que o monstro, se passando pelo Conde Orlok, usa o marido de Ellen, o agente imobiliário Thomas Hutter para adquirir uma casa em Londres. O elenco conta com Bill Skarsgård (no papel do Conde Orlock), Willem Dafoe (professor Albin Eberhart von Franz), Lily-Rose Depp (Ellen Hutter), Nicholas Hoult (Thomas Hutter), Emma Corin (Anna Harding), Aaron Taylor-Johnson (Friedrich Harding) e Ralph Ineson (Doutor Wilhelm Sievers).

 

        Bill Skarsgård  interpreta o  papel do Conde Orlock,e Nicholas Hoult  é o agente imobiliário Thomas Hutter               Foto: Divulgação

 

A sinopse revela que o novo filme mantém a essência da história original de 1922. O desafio de Eggers, portanto, é trazer para o cinema contemporâneo as características de “Nosferatu” e do estilo cinematográfico do Expressionismo Alemão, como o pessimismo, a paranoia e a linguagem cinematográfica exagerada. Para uma melhor compreensão dessa releitura, é fundamental que o espectador tenha familiaridade com alguns dos conceitos centrais desse movimento, permitindo assim uma apreciação mais profunda dessa narrativa revisitada 102 anos depois.

 

O Expressionismo Alemão

 

A pintura “O Grito” (1893) de Edvard Munch antecipou a estética expressionista Imagem: Reprodução Internet

 

O Expressionismo foi um movimento artístico que despontou na poesia e na pintura a partir da década de 1910 na Alemanha, o qual buscava retratar o mundo de maneira subjetiva, priorizando a representação dos sentimentos do autor da obra e desprezando a simples descrição objetiva da realidade. Teve precursores como o pintor norueguês, Edvard Munch, autor da pintura “O Grito” (1893).

O movimento passa a influenciar o teatro, a arquitetura e o cinema principalmente após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). A derrota da Alemanha foi mais do que um golpe econômico, social e político para o país. Ela instaurou um clima de pessimismo que contrastava fortemente com a euforia vivida durante o período de crescimento e expansão desde a Revolução Industrial. Essa profunda depressão que tomou conta da nação se refletiu intensamente em suas produções cinematográficas.

O Expressionismo Alemão explorou todos os recursos cinematográficos disponíveis para representar o pessimismo, a paranoia, o contraste social, os sentimentos exacerbados e a completa desconfiança na racionalidade. Cada detalhe era meticulosamente concebido para refletir o clima do país. Desde a fotografia, marcada por intensos contrastes de claro e escuro, a direção de arte, com cenários distorcidos e maquiagem acentuada, até o desempenho dos atores, que exibiam expressividade intensa e movimentos sinuosos.

A obra que marcou o início do Expressionismo Alemão no cinema e se tornou um dos seus mais emblemáticos símbolos foi “O Gabinete do Dr. Caligari” (1920), de Robert Wiene. Depois de Wiene, cineastas como Paul Wegener, Paul Leni, Fritz Lang e F.W. Murnau deixaram suas marcas no movimento com seus talentos e gênios criativos, mantendo a Alemanha na vanguarda do cinema por um período.

 

 

“O Gabinete do Doutor Caligari” é um clássico do Expressionismo Alemão

 

“Nosferatu”

“Nosferatu” foi a obra mais importante de Friedrich Wilhelm Murnau. Sua pré-estreia aconteceu em 4 de março de 1922, no salão de mármore do Jardim Zoológico de Berlim, durante a chamada “Festa do Nosferatu”. O longa aborda uma história na qual o corretor de imóveis Hutter precisa vender um castelo cujo proprietário é o excêntrico conde Graf Orlock. O conde, na verdade, é um vampiro milenar que espalha o terror na região de Bremen, na Alemanha, e se interessa por Ellen, a mulher de Hutter.

O filme foi a primeira adaptação do romance “Drácula”, de Bram Stoker, embora os nomes dos personagens tenham sido alterados, pois os herdeiros do autor não autorizaram a adaptação. Mesmo assim, a viúva de Stoker considerou a produção um plágio devido às grandes semelhanças entre o roteiro de Henrik Galeen e a obra original. Ela venceu a ação judicial, resultando na condenação da produtora a pagar indenização e a destruir todas as cópias do filme.

Apesar de ter se tornado um filme “proibido”, “Nosferatu” revolucionou o cinema mundial e destacou o gênero do horror. Após Murnau, outros cineastas também se aventuraram a retratar o vampiro mais famoso de todos os tempos nas telas, sempre fazendo referência ao diretor expressionista, aos seus jogos de luz e sombra, e às inovações visuais que sofisticaram a linguagem cinematográfica do horror como um todo.

A nova adaptação de “Nosferatu”, dirigida por Robert Eggers, carrega a responsabilidade de honrar o legado de F.W. Murnau e do Expressionismo Alemão. Com um elenco de peso e uma trama que mantém a essência do original, o filme promete ser uma releitura poderosa e visualmente impactante, que pode revitalizar o icônico vampiro para uma nova geração. Ao unir elementos clássicos e modernos, Eggers tem a oportunidade de solidificar seu lugar como um grande nome do cinema de horror.

 

Nosferatu” (1922) , de Murnau, foi a primeira versão cinematográfica do personagem Drácula

 

BÔNUS: Obras para revisitar antes de assistir Nosferatu, de Eggers

“Drácula” – Bram Stoker (1987): O personagem “Drácula” é a inspiração máxima de “Nosferatu”. O livro conta com uma história um pouco diferente daquela adaptada por F.W. Murnau, mas é importante que o espectador beba da fonte original para perceber algumas referências presentes no filme.

“Gabinete do Dr. Caligari” (1920): “O Gabinete do Dr. Caligari” é a obra que inaugura o Expressionismo Alemão. O filme introduz o horror no cinema antes de Nosferatu, transmitindo a sensação de medo, paranoia e loucura ao público através dos seus personagens.

“Nosferatu” (1922): Obra-prima de F.W. Murnau e primeira versão do vampiro no cinema e principal expoente para o início do horror como gênero cinematográfico.

“Drácula” (1931): Filme da Universal Studios e primeira versão “oficial” do “Drácula” de Stoker, o longa é dirigido por Tod Browing e estrelado pelo ator Bela Lugosi. O roteiro adaptou a peça de teatro homônima de Hamilton Deane e John L. Balderston.

“Nosferatu: O Vampiro da Noite” (1979): O filme de Werner Herzog é uma homenagem e a primeira releitura do clássico de 1922. Nesta versão, o personagem retoma o nome de Conde Drácula, e o vampirismo é fortemente associado à Peste Negra, diferente das versões de Murnau e Stoker.

“A Bruxa” (2015): “A Bruxa” é o primeiro longa-metragem de Robert Eggers como diretor e roteirista. Além de assistir aos clássicos expressionistas e às adaptações de “Drácula”, é essencial que o espectador esteja familiarizado com o trabalho de Eggers para entender melhor a nova releitura de “Nosferatu”. O enredo segue uma família puritana encontrando forças do mal em sua fazenda na Nova Inglaterra.

 

 

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Lançamento do livro “O Retratista de Satolep – Um olhar de Paulo Rossi”

Museu do Doce se tornou palco para lançamento da obra com fotos marcadas pela qualidade estética       

Por Lidiane Lopes e Vanessa Oliveira        

 

Paulo Rossi apresenta uma seleção de seu trabalho de fotografia desde os anos 2000     Foto: Divulgação

 

No livro “O Retratista de Satolep: Um Olhar de Paulo Rossi”, os leitores têm a oportunidade de explorar 256 imagens que refletem os 24 anos de carreira do fotojornalista, em seu primeiro livro publicado. O lançamento aconteceu no dia 18 de julho, no Museu do Doce da UFPel, localizado na Praça Coronel Pedro Osório, Casarão 8.

Paulo Rossi nasceu no Rio de Janeiro, mas se mudou para Pelotas aos três anos. Sua carreira como fotojornalista se consolidou durante os 19 anos em que trabalhou no Jornal Diário Popular e como colaborador de veículos como Correio do Povo, Zero Hora e Folha de São Paulo, além das revistas Brasileiros e Aplauso. Sobre o ponto de vista profissional, Paulo afirma a importância da prática para um alcançável êxito na profissão de fotojornalista:

Suas fotografias foram exibidas em exposições em várias cidades do Brasil, incluindo Brasília, São Paulo, Bahia e Porto Alegre, e também chegaram à Colômbia. Rossi recebeu diversos prêmios, como o da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e quatro premiações do Direitos Humanos de Jornalismo, concedidos pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos.

Seus trabalhos estão presentes em 21 publicações literárias e científicas, capas de CDs e DVDs. Além disso, Rossi atuou como fotógrafo still para o filme *Concerto Campestre* e como professor substituto na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), nos cursos de Artes Visuais e Cinema e Animação.

O livro abrange uma ampla gama de temas, incluindo patrimônio histórico, música, carnaval, retratos, futebol, mobilizações sociais, visitas presidenciais, meio ambiente, incêndios e enchentes. Diferente dos formatos tradicionais, não há sumário, divisão por capítulos ou legendas na maioria das fotos. As imagens se conectam e conduzem os leitores por diferentes temas, oferecendo uma experiência única. A seleção não foi simples. Paulo Rossi fez uma triagem inicial de quatro mil fotos para chegar às 256 que compõem o livro. Esse processo exigiu uma colaboração intensa com o fotojornalista e amigo Moizés Vasconcellos, editor de fotografia do livro. Em uma entrevista mais que especial, Paulo nos contou sobre o processo de criação do livro e outras curiosidades da sua trajetória profissional:

Arte no Sul – Como tem sido o seu trabalho aqui em Pelotas e qual foi a sua inspiração para criar o livro “O Retratista de Satolep – Um olhar de Paulo Rossi”?

Paulo Rossi Eu me formei em Jornalismo na Universidade Católica de Pelotas em 2003 e trabalho com fotojornalismo desde 2000. Comecei como freelancer na Zero Hora. Depois fui para o Diário Popular, e também fiz freelancer para o Correio do Povo, Folha de São Paulo e revistas como Aplauso e Brasileiros. Trabalhei por 20 anos no Diário Popular e, atualmente, trabalho como freelancer para várias empresas. Sobre o livro *Retratista de Satolep: Um Olhar de Paulo Rossi*, ele reflete minha carreira, desde o início até hoje. O livro inclui fotos de negativos, da época em que se fotografava em filme fotográfico. Ele traz uma mistura da história da cidade e da minha própria. Conto sobre as pautas e os retratados, com pessoas, fotos de natureza, fotojornalismo, esportes, animais e alguns ensaios fotográficos. Separei o que considero o melhor que produzi, tanto esteticamente quanto em termos de histórias das fotos.

 

Publicação reúne 256 fotos contemplando uma diversidade de temas    Foto: Divulgação

 

Arte no Sul – Como foi o processo de construção do seu livro? A publicação é tanto uma coletânea do seu trabalho como um livro sobre fotojornalismo?

Paulo Rossi Eu sempre digo que o jornalismo é uma grande escola de vida. Você aprende muito e se depara com situações que nunca imaginou vivenciar, algumas das quais preferiria não ter passado. A profissão impõe o dever de reportar, e você vai a esses lugares para cumprir seu trabalho como jornalista. Muitas pessoas pensam que jornalistas gostam de tragédia, mas não é isso. O jornalista vai à pauta para contar o que aconteceu, como e por que, para que talvez essas coisas não se repitam. É um trabalho social. Muitas pessoas, especialmente aquelas que sofrem injustiças sociais, encontram no jornalismo uma ferramenta para garantir seus direitos.

 

Rossi tem criado uma visão particular da cidade como na exposição “O Retratista de Satolep”, ocorrida em 2022

 

Arte no Sul – Você tem uma experiência incrível! Gostaríamos que houvesse mais fotos (risos). Foi difícil para você selecionar as 256 fotos para o livro?

Paulo Rossi Então, sobre o número de fotos, eu parti do universo de quatro mil fotos. Mas, durante todo esse tempo [de trabalho], o meu acervo é muito maior. Essas quatro mil foi algo que eu selecionei, achando que seriam temas importantes. E, dessas, eu fui selecionando, editando, como a gente chama. Até chegar em 400 fotos. Nesse ponto, eu convidei o Moisés Vasconcelos, que é outro repórter fotográfico, para me ajudar. E nós chegamos em 300 fotos, e, das 300, 256 foram publicadas. Como eu falei, são fotos que chamaram a atenção nessa trajetória, fotos que eu achei relevantes esteticamente, ou por assunto, ou pela história, ou pelo retratado.

Arte no Sul – Falando sobre vivências difíceis, experimentamos a triste situação das chuvas em maio aqui no sul. Como foi para você lidar com a recente situação que o Estado enfrentou em relação às mudanças climáticas?

Paulo Rossi No livro, menciona que sou natural do Rio de Janeiro, mas vim para o Rio Grande do Sul muito cedo, com três anos de idade, para Pelotas. Coloquei isso apenas por questão de naturalidade, mas me considero pelotense e gaúcho. Tenho 44 anos e, após viver aqui desde os três, certamente me sinto parte dessa região. Fotografei muitas enchentes na região desde 2000 até 2020, incluindo a tragédia de 2011 em São Lourenço. No entanto, não fotografei as enchentes recentes, pois não estava trabalhando para um jornal nesse período e já havia muitos colegas cobrindo esses eventos. Achei que, como não estava na ativa, era mais apropriado deixar essa cobertura para eles.

 

Lançamento no Museu do Doce dia 18 de Julho reuniu admiradores do trabalho fotográfico

 

Arte no Sul – E sobre as fotos, em que medida pesou a estética delas ou a relevância dos fatos documentados durante esses anos?

Paulo Rossi O livro não é exclusivamente de fotojornalismo, incluindo outras fotos feitas durante o período. Há uma sessão de fotojornalismo com temas como protestos, política, eventos climáticos, folclore, cultura popular e religião. Além disso, o livro traça minha trajetória na fotografia, não apenas no fotojornalismo. Inclui fotos que me chamaram a atenção esteticamente, pelo tema ou cor, e que achei relevantes para constar. O livro é uma fusão do que vi na cidade e o que a cidade me mostrou, contando parte da história local e minha visão fotográfica. Comecei a fotografar em 2000 e, em 2010, percebi que as pessoas reconheciam minha identidade fotográfica. Muitas pessoas identificavam minhas fotos no jornal sem ler o crédito, devido à minha forma única de compor e usar cores. Fotografar é contar uma história usando influências culturais, livros, músicas e conversas, traduzindo essa visão em imagens únicas, pois cada fotógrafo interpreta a realidade de maneira distinta.

Arte no Sul – O trabalho jornalístico, artístico e cultural estão juntos ao longo do livro?

Paulo Rossi É, o livro ele tem essa visão jornalística em um determinado momento dele, mas, como eu te falei, tem também um outro modo de ver. Há um olhar artístico ali naquele material sobre a exposição reflexos da história. Tem uma visão experimental naquele ensaio sobre cavalos, tem uma visão preto e branco do centro da cidade. Eu fiquei muito conhecido pelo fotojornalismo, porque eu trabalhei 20 anos dentro de um jornal, mas além do fotojornalismo eu fazia outros tipos de fotografia e que, agora, estão sendo apresentados nesse livro.

Arte no Sul – Seu trabalho fotográfico lembra a construção de uma escrita, como crônicas e artigos de jornal, que também possuem uma identidade única. Como você constrói essa marca em suas fotografias?

Paulo Rossi É exatamente isso, a fotografia também é construída assim como é o texto, e ela é construída de acordo com as referências que você tem. Isso leva um tempo para adquirir essa identidade. Tem que fotografar bastante, tem que testar, tem que passar uma interpretação através da foto, vendo o que que deu certo ou não. E ver muita foto também. É necessário ter esse repertório imagético porque é assim que se cria as tuas próprias referências.

Arte no Sul – Não podemos deixar de perguntar sobre o jornalismo ambiental. No livro, o tema aparece com o “Arroio Pelotas, da nascente à foz” e com a “Foto Vencedora do Prêmio Fepam de Jornalismo Ambiental de 2005”.

Paulo Rossi Então, o repórter fotográfico do Jornal do Interior, e até mesmo de alguns veículos da capital, cobre todas as editorias. Poucos veículos possuem repórter setorista, exceto grandes como a Folha de São Paulo, que pode ter fotógrafos dedicados exclusivamente a futebol ou política. Aqui no interior, ou em Porto Alegre, o repórter fotográfico faz de tudo, desde polícia, esporte, política, até cultura e pautas sociais. Embora eu fotografasse diversas áreas, as pautas ambiental e social sempre me chamaram mais atenção. Por exemplo, a foto que venceu o Prêmio Fepam de Jornalismo Ambiental em 2005, de uma tartaruguinha eclodindo, foi tirada durante a cobertura de uma apreensão de dez mil ovos de tartaruga em um criatório ilegal. O biólogo presente me avisou que um dos ovos estava prestes a eclodir, e consegui capturar esse momento. Sobre o Arroio Pelotas, escrevi o projeto da pauta e convidei a repórter Michele Ferreira, com quem trabalho há 19 anos. Essa pauta focou no lado ambiental, fauna e flora, cultural, comercial e outros aspectos do arroio, que é um símbolo da nossa cidade e dá nome a Pelotas, por conta das embarcações usadas no período das Charqueadas.

Arte no Sul – Para finalizar, haverá outros lugares em que as pessoas poderão conhecer o seu trabalho pessoalmente ou um novo local para sessão de autógrafos?

Paulo Rossi Estamos entrando no mês de agosto, até o final do ano a agenda estará concluída e para quem quiser acompanhar terá que acompanhar nas redes sociais através do meu instagram @paulorossifoto, mas posso adiantar que já estamos organizando um novo local para um próximo encontro.

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Peça teatral ‘Irmãs Abutre’ diverte público no 4 Galeria Café

Produzida pela Você Sabe Quem Companhia de Teatro (VSQ Cia), com apoio da Bibliotheca Pública Pelotense e da Associação AmaSete, o espetáculo arrancou gargalhadas da plateia         

Por Bruna Farias e Renata Ávila         

 

Considerado o velório com mais gritaria e desentendimentos na história da cidade de Pelotas, a mais recente apresentação de ‘Irmãs Abutre’, foi realizada na sexta-feira, dia 26 de julho, no 4 Galeria Café. A peça, produzida pela Você Sabe Quem Companhia de Teatro (VSQ Cia), com apoio da Bibliotheca Pública Pelotense e da Associação AmaSete, reuniu mais de 50 espectadores que testemunharam toda a confusão causada pelas irmãs no velório do pai.

Inspirado no esquete “O finado Ivo Joaquim”, de Ismáiler Borges, o espetáculo é todo referenciado na década dos anos 1980. O diretor e dramaturgo da peça, Thalles Echeverry, conta que recebeu o texto original por meio de uma das integrantes da companhia e se encantou pela história. “Eu sabia que se passava no velório de um pai e que tinha a briga dessas três irmãs ali na frente de todo mundo. Quando me enviaram o texto, achei muito interessante, porque é um humor muito legal e o plot twist sempre foi o que mais me atraiu na história”, explica o diretor.

Com mais de uma hora de duração, a peça nos apresenta as filhas do falecido Ivo Joaquim, as ‘Irmãs Abutre’: Malvina (Eduarda Bentro), típica patricinha que sonha em ser capa de revista, Serafina (Aline Cotrim), disposta a fazer de tudo para que as irmãs se entendam, e Joaquina (Isabelle Vignol), que não aceita a morte do pai e começa a investigar o caso. Para Eduarda Bentro, a maior dificuldade do papel foi conseguir representar a confiança que a personagem exala. “A Malvina é uma pessoa muito expansiva, ela tem uma autoconfiança muito grande. Então, foi um desafio alcançar esse lugar de ela se achar tanto e ser linda e boa em tudo que faz”, relata.

 

   As “Irmãs Abutre”, Malvina (Eduarda Bentro), Serafina (Aline Cotrim) e Joaquina (Isabelle Vignol) em ação no velório do pai Fotos: Bruna Farias

 

Essas personalidades marcantes das irmãs trazem ainda mais divertimento para o público que acompanha esse funeral nada convencional. No texto original recebido pela VSQ Cia, as personagens não tinham traços tão acentuados quanto os apresentados nesta encenação. As principais características surgiram por exercícios de improvisação que o diretor Thalles realizava com as atrizes. “Aos poucos fomos criando as personalidades das irmãs e os contrastes entre elas. A partir disso, começaram a existir vários conflitos e histórias do passado que a gente foi inventando e que ficam subentendidas”, conta a atriz que interpreta Joaquina Abutre, Isabelle Vignol.

O espetáculo ainda apresenta diversos momentos com performances musicais e coreografias inspiradas no estilo Vogue (movimentos de dança caracterizado por poses semelhantes às das modelos que estampavam a capa da revista Vogue). Rodrigo Dias foi chamado para fazer uma oficina com as atrizes de introdução à linguagem corporal do estilo e, logo após, foi convidado para participar da peça. Ele faz o papel do Padre que realiza o velório em ‘Irmãs Abutre’. “O convite me deixou muito feliz, pois sempre admirei a companhia e me apaixonei pelas personagens desde o primeiro contato”, ressalta o ator.

 

Os diálogos engraçados são acompanhados de momentos de interação com a plateia

 

Além disso, um dos maiores diferenciais da peça é a interatividade com a plateia presente. Para Anni Abrantes, 18, a troca entre a plateia e os personagens deixaram a apresentação ainda mais cômica. “Minha barriga está doendo de tanto rir. A gente se sente muito dentro da peça, não foi aquele ‘só assistir’, a plateia participou, interagiu com as personagens e se sentiu parte daquele ambiente”. Já para Juan Moraes, 21, a experiência foi seu primeiro contato com este tipo de arte após muitos anos. “Eu só tinha ido num teatro quando eu era criança e nunca soube realmente como era se expressar nesta arte. Eu achei bem interessante que cada personagem teve suas características e cores bem vibrantes”, destaca.

Outro ponto que deixou o espetáculo ainda mais especial foi o local escolhido para a apresentação. O 4 Galeria Café, localizado nos antigos túneis da Cervejaria Ritter, foi palco para a lavação de roupa suja entre as irmãs Abutre. Idealizado e criado por Mariana Rachinhas, o lugar busca tirar as pessoas da sua zona de conforto e trazer outras visões de mundo por meio da arte. “A gente sempre pensou para o projeto trazer peças de teatro, além das apresentações de música, exposições e poesias que já tinham acontecido antes aqui. Espero que esta seja a primeira de muitas outras peças que a gente consiga trazer em parceria com esse pessoal que é supertalentoso”, enfatiza Mariana.

 

Plateia lota o espaço do 4 Galeria Café para prestigiar o espetáculo ‘Irmãs Abutre’

 

Cursos e Oficinas da Você Sabe Quem Companhia de Teatro

Formada em julho de 2013, a VSQ Cia foi montada, inicialmente, por Thalles Echeverry (diretor e dramaturgo de Irmãs Abutre). Investiram no seu sonho de fazer teatro, inicialmente, Aline Cotrim (que interpreta Serafina Abutre), Diego Carvalho e Larissa Rosado. Ao longo dos anos, diversos atores, apoiadores e pessoas foram conhecendo e somando suas forças junto à companhia, conquistando sonhos e projetos juntos. Unidos pela vontade de fazer arte, o grupo visa ser um agente cultural transformador em Pelotas.

Além das produções teatrais, a Você Sabe Quem Companhia de Teatro também realiza oficinas, aulas e cursos de interpretação e linguagem teatral, tanto para adultos quanto para crianças. A fundadora e atriz Aline Cotrim fala que as oficinas sempre foram uma parte essencial da companhia: “A gente sempre teve essa preocupação de não só apresentar peças e fazer montagens, mas também essa troca com oficinas, aulas, cursos e outras coisas nesse sentido. É muito louco ver que muitas pessoas que entraram na companhia são pessoas que eram alunos das oficinas e aulas. E que acabaram virando membros, como a Isabelle e a Eduarda”, relata.

Atualmente, a companhia conta com três cursos com inscrições abertas: o curso de Teatro Infantil, indicado para crianças de 7 a 12 anos, que acontece às terças a noite; o curso de Teatro e Voz, para quem deseja experimentar as potencialidades vocais nas práticas corporais e teatrais, aos sábados pela manhã; e o curso de Linguagens Teatrais, o mais antigo da VSQ Cia, e tem o intuito de ser um primeiro contato com quem deseja conhecer mais sobre linguagem teatral e apresentações, aos sábados às 14h. Todos os cursos acontecem no espaço próprio do grupo, o Centro Cênico Cultural da VSQ, localizado na rua Dom Pedro II, n°458.

Mais informações sobre a VSQ e os cursos disponibilizados podem ser encontrados no site da companhia e no Instagram do grupo, @vsqciadeteatro.

 

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Sexta edição do Anima Soul do Praça traz programação para amantes de cultura pop, geek e oriental

Cerca de 27 mil pessoas passaram pela última edição do evento nos dias 27 e 28 de julho      

 Por Victória Silva   

 

Evento reuniu  fãs de cultura pop em dois dias no Praça Rio Grande Shopping         Fotos: Maria Rita Rolim

 

O Anima Soul vem se consolidando como o festival de cultura pop, geek e oriental de referência da Zona Sul do Estado. No fim de semana, dias 27 e 28 de julho, cerca de 27 mil pessoas passaram pelo evento, segundo a assessoria do Praça Rio Grande Shopping, onde ocorreu. Essa foi a sexta edição da versão “Anima Praça”, especial gratuito do Anima Soul, que, além do shopping, conta com a organização da Equipe Anima Soul e da Produtora New Eyes.

A programação incluiu desfiles de cosplay (Desfile Cosplay e Desfile Cospobre), performances de Kpop Dance Cover (tanto solo quanto em grupo) e um Show de Talentos. O público ainda teve a oportunidade de visitar a Feira Geek, um espaço repleto de camisetas, figuras de ação, mangás, acessórios e uma variedade de itens que celebram a cultura asiática e o universo pop e geek, reunindo lojas e expositores locais.

Um desses expositores é Tony Garcia, da loja Endeavor Geekshop. Ele participa do Anima desde a primeira edição pós-pandemia. Tony trabalha com produtos importados do Japão, incluindo figuras de ação, placas decorativas, luminárias, miniaturas de produção própria em terceira dimensão feitas com impressora 3D, bem como cartas colecionáveis de jogos populares entre os fãs.

 

Tony Garcia é um participante assíduo da Feira Geek

 

Para Tony, eventos como o Anima Soul oferecem oportunidades para trocas de experiências enriquecedoras. “Porque, hoje em dia, o que a gente vê é que o pessoal está muito vidrado no telefone, no computador e na internet em geral. Às vezes, o que acontece é que você fica tanto numa bolha que esses eventos são primordiais para sair um pouco dela, sair um pouco desse seu quadrado e ter novas experiências”.

Nesta edição, a organização implementou algumas novidades. Com o propósito de dar suporte aos cosplayers e valorizar o talento de jovens artistas, o Anima dispôs de um camarim e de um estúdio fotográfico. Também teve uma área de jogos organizada pela loja Planeta Pixel, que ofereceu os jogos “Mortal Kombat 1” e “Just Dance”, ambos atraindo uma grande quantidade de fãs no evento inteiro. No corredor do Farol, ocorreu o Torneio de Yu-Gi-Oh, com premiação, e a Ala Indie, que contou com ampla participação de artistas e artesãos da cidade.

“Esta edição foi mais voltada para o nosso público alvo”, disse Adriana Falcão, idealizadora do festival. “Nossa equipe evoluiu junto com o público, sempre se dedicando e atuando com carinho para gerar oportunidades à comunidade. É sempre um prazer ser o maior evento geek e jovem da Região Sul do Estado”.

Fred Lima frequenta o festival desde a edição de março de 2022. O Anima o inspirou a performar personagens da cultura geek japonesa. “Eu vinha sem cosplay, até que conheci uma pessoa em específico que me inspirou”, disse ele. “Em [março de] 2023, no Anima Soul do Horto [Cassino], foi o primeiro evento que fui de cosplay. Foi mágico, uma experiência muito legal”.

 

Fred Lima costuma fazer cosplay de personagens da cultura japonesa

 

Desde então, Fred marca presença nos eventos, sempre caracterizado. “Eu gosto de estar aqui. É uma experiência que sinto que é importante, eu gosto de ter, sabe? Essa empolgação de vir no Anima, ver meus amigos, analisar os cosplayers”, compartilhou Fred. Ele possui um perfil no Instagram no qual ele divulga suas produções. 

 

A rio-grandina Fabiana Viana optou pelo cosplay de Arlequina dos quadrinhos da DC

 

Fabiana Viana é do Rio Grande e tem experiência em caracterização, adquirida por meio do circo. No Anima, ela viu uma chance de performar novamente, dessa vez através do cosplay. “Eu trabalhei em circo, comecei fazendo as princesas da Disney. Eu saí do circo por causa da pandemia e comecei a fazer cosplay. Estou adorando”.

O Anima deixa uma impressão duradoura em alguns participantes, que, mesmo após se mudarem do Rio Grande, voltam para celebrar o festival. É o caso da rio-grandina Diana Bongalhardo. “Eu me mudei para São Lourenço do Sul por causa da faculdade, e agora vim para cá apenas para curtir este evento. Eu já conhecia o Anima Soul desde a oitava edição, foi a primeira vez que fui, e foi um evento super divertido que marcou minha memória e que me estimulou a fazer cosplay”.

 

Diana caracterizou-se como o personagem Gorou do jogo de RPG eletrônico Genshin Impact

 

A estudante começou a criar suas próprias fantasias, que hoje combinam peças confeccionadas por ela mesma com outras adquiridas, inspirada pelo Anima. “Este é um lugar ótimo para se fantasiar, conhecer novas pessoas e, principalmente, para quem é mais tímido, como eu, uma oportunidade de interagir muito mais do que normalmente”, finalizou ela.

Em seu perfil oficial no Instagram, o Anima anunciou que retornará em 2025. No entanto, haverá eventos especiais nesse intervalo de tempo, incluindo a inauguração de uma loja física oficial e de um café temático, cujas datas serão anunciadas com antecedência em seu perfil @animasoulrg.

 

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Museu do Doce realiza a exposição “Cadernos de Receitas: Narrativas da Tradição Doceira”

Acompanhando a realização da Fenadoce, em Pelotas, mostra traz a criatividade gastronômica ao longo da história       

Por Vanessa Oliveira 

     

          Exposição pode ser vista até o dia 30 de agosto no Centro Histórico de Pelotas                         Foto: Vanessa Oliveira

 

O Museu do Doce UFPel, reconhecido por sua dedicação à preservação e valorização da rica tradição doceira de Pelotas e região, está com a exposição “Cadernos de Receitas: Narrativas da Tradição Doceira”. A mostra, que promete encantar tanto os amantes da gastronomia quanto os entusiastas da cultura, convida os visitantes a uma viagem histórica através das páginas de cadernos de receitas que contam a história da doçaria brasileira.

Esta realização ocorre simultaneamente à Feira Nacional dos Doces 2024 (Fenadoce), que vai até o dia 4 de agosto, em Pelotas. O Museu do Doce está localizado na Praça Coronel Pedro Osório, Casarão 8, no bairro Centro. A exposição estará aberta ao público de terça a sábado, das 13h às 18h, até dia 30 de agosto, com entrada gratuita.

A exposição apresenta uma coleção diversa de cadernos de receitas, que variam desde manuscritos antigos, até versões mais contemporâneas, cada um trazendo consigo um pedaço da história doceira de Pelotas. Esses cadernos, muitas vezes passados de geração em geração, são testemunhos vivos das tradições familiares e regionais, revelando não apenas as receitas, mas também os costumes e histórias que as rodeiam. No espaço, estão apresentados cadernos doados ou emprestados para o acervo do Museu. Os registros selecionados seguem uma ordem cronológica que permite compreender as questões culturais e sociais relacionadas à elaboração dos escritos, as mudanças nos hábitos alimentares, a modernização dos utensílios, entre outros elementos contextuais.

 

Uma das peças faz parte do acervo do Museu da Baronesa e traz memória da culinária pelotense Foto: Vanessa Oliveira

 

Um dos cadernos de receitas que estão na exposição pertenceu a Amélia Anníbal Hartley Antunes Maciel, filha do Barão e da Baronesa de Três Serros conhecida como Dona Sinhá, administradora da Chácara da Baronesa entre 1894-1946. Apresenta selo da antiga casa Calavier, além de diferentes caligrafias e algumas poesias junto às receitas. Possui variadas utilidades: inventário de utensílios, valores recebidos, inúmeros desenhos feitos à mão, na capa e na contracapa.

Para tornar a visita ainda mais envolvente, o Museu do Doce organizou uma atividade interativa que convida os visitantes a participarem ativamente da elaboração do “Caderno Participativo de Receitas do Museu do Doce”. Durante a visita, os participantes podem compartilhar suas próprias receitas, enriquecendo a rica tradição doceira da região com suas histórias. Além disso, a exposição apresenta entrevistas em formato audiovisual, que narram as experiências das mulheres que preservam a tradição doceira, transmitindo receitas de geração para geração.

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Espetáculo “Irmãs Abutre” invade o 4 Galeria Café nesta sexta-feira

Inspirada no esquete “O finado Ivo Joaquim” de Ismáiler Borges, a peça da Você Sabe Quem Companhia de Teatro retorna para nova apresentação

Por Bruna Farias e Renata Ávila      

 

As personagens principais de ‘Irmãs Abutre’: Joaquina Abutre (Isabelle Vignol), Serafina Abutre (Aline Cotrim) e Malvina Abutre (Eduarda Bentro).  (Foto: Divulgação/Instagram VSQ Cia)

Protagonistas são Joaquina Abutre (Isabelle Vignol), Serafina Abutre (Aline Cotrim) e Malvina Abutre (Eduarda Bentro)            Foto: Divulgação/Instagram VSQ Cia

 

Com muita confusão e insanidade, a peça ‘Irmãs Abutre’, produzida pela Você Sabe Quem Companhia de Teatro (VSQ Cia), chega no 4 Galeria Café, localizado na rua Santos Dumont, nº 125, em Pelotas, nesta sexta-feira (26 de julho), às 20h. O espetáculo inspirado no esquete “O finado Ivo Joaquim”, de Ismáiler Borges, e todo referenciado na década dos anos 1980, promete arrancar o riso da plateia com a bagunça e a loucura das irmãs que transformam o velório em uma verdadeira comédia.

Em construção desde 2022 e com sua estreia oficial em novembro de 2023, por meio do edital ProCultura de Pelotas, a história se passa no velório do falecido Ivo Joaquim e nos apresenta suas três filhas, as “Irmãs Abutre”: Malvina (Eduarda Bentro), Serafina (Aline Cotrim) e Joaquina (Isabelle Vignol). Elas transformam a cerimônia, que tinha tudo para ser repleta de emoções tristes, em uma verdadeira lavação de roupa suja, quando começam a desenterrar desavenças do passado. Tudo ainda piora e sai totalmente do controle quando chega o Padre (Rodrigo Dias) para velar o falecido Ivo.

“A peça tem classificação indicativa de 12 anos, devido à linguagem, e é pensada para todos aqueles que desejam se divertir com um espetáculo leve e cheio de música”, enfatiza a VSQ Cia. Os ingressos estão disponíveis no Sympla por R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada) ou direto pelas redes sociais da companhia @vsqciadeteatro.

 

“Irmãs Abutre” fazem um tumulto no velório do pai com seus ressentimentos Foto: Thamires Seus

 

Conheça a Você Sabe Quem Companhia de Teatro

Formada em julho de 2013, a VSQ Cia foi montada, inicialmente, por quatro atores que resolveram investir no seu sonho de fazer teatro. Ao longo dos anos, diversos atores, apoiadores e pessoas foram conhecendo e somando suas forças junto à companhia, conquistando sonhos e projetos juntos. Unidos pela vontade de fazer arte, o grupo tem como objetivo ser um agente cultural transformador em Pelotas.

Desde sua fundação, a Você Sabe Quem Companhia de Teatro já produziu diversas peças teatrais, como a peça ‘Dona Frida’ de 2016, que rendeu quatro prêmios ao grupo pela produção. E também realizaram peças voltadas ao público infantil, como ‘A Boneca Dorothy’ e a nova peça ‘Kara cara a cara com o Zé’, que entrará em cartaz nos próximos meses.

Atualmente, além de ‘Irmãs Abutre’, o grupo também está promovendo novas apresentações de ‘Dona Frida’ em comemoração aos 10 anos da VSQ. Acontecem leituras cênicas do espetáculo “Crônicas de um Amanhecer Abortado” de Matei Visniec, sempre nas primeiras sextas-feiras do mês, na sede do grupo — o Centro Cênico Cultural da VSQ — que fica na Rua Dom Pedro II, 458.

Evento: Espetáculo ‘Irmãs Abutre’

Dia: 26 de julho de 2024

Horário: 20h

Local: 4 Galeria Café, rua Santos Dumont, nº 125

Ingressos: R$ 50,00 inteira e R$ 25,00 meia-entrada

Onde comprar: Plataforma Online Sympla 

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Jornalistas rio-grandinas lançam clube de leitura focado na literatura da Região Sul do Estado

Lisandra Miranda e Milene Louzada estarão neste sábado, dia 20 de julho, na Livraria Hippocampus, no Balneário Cassino, para o primeiro encontro do clube    

Por Victória Silva     

Idealizado pelas jornalistas rio-grandinas Lisandra Miranda e Milene Louzada, o Clube Ao Quadrado vem para somar no cenário literário da cidade do Rio Grande, na Região Sul do Estado. Neste sábado, dia 20 de julho, acontece o primeiro encontro do clube, às 15h, na Livraria Hippocampus, na Rua Jovem Airton Porto Alegre, nº 387, no Balneário Cassino. A proposta é criar um espaço de troca de experiências de leitura entre leitores e autores das obras selecionadas a cada mês, e, ao mesmo tempo, promover a divulgação de obras locais.

O que começou como um programa de podcast em 2023, o Ao Quadrado é um projeto que une comunicação e literatura, duas das paixões das criadoras. O podcast, agora em sua terceira temporada, possui dois quadros: “Ao Cubo”, que traz entrevistas com produtores culturais dos municípios de Pelotas e Rio Grande; e “Dose Dupla”, no qual as apresentadoras discutem as obras de seus interesses de forma leve e descontraída. Os episódios são lançados todas as segundas-feiras, às 10h. O Clube Ao Quadrado é a nova aposta das jornalistas, que pretendem trazer o estilo do programa para mais perto do público, facilitando o intercâmbio de laços e de ideias.

 

Milene Louzada e Lisandra Miranda produzem conteúdo jornalístico e literário desde 2023                           Foto: Divulgação/Instagram @aoquadradopod

O clube, hoje com mais de 20 inscritos, não tem mensalidade nem requer associação. As reuniões, em formato presencial, são mensais, todo terceiro sábado de cada mês até novembro. Para esta primeira edição, o destaque será para escritoras mulheres da região.

“Incentivar a leitura dos autores nacionais é incentivar o mercado a olhar para quem produz dentro do país”, pontuaram as jornalistas. “É gratificante perceber como as pessoas respeitam o nosso trabalho, que fazemos com seriedade, dedicação e muita leitura. Acreditamos que é um sonho se tornando realidade, afinal, sempre ouvimos que nossa profissão vai acabar, mas o Ao Quadrado é a esperança de que é possível fazermos comunicação sobre temáticas que gostamos, pois temos pessoas que nos ouvem e abraçam essa ideia”.

Neste mês, a escritora e jornalista Andréia Pires é a convidada. O bate-papo terá como foco o seu livro “O Céu Riscado na Pele”, publicado em 2021 pela Editora Concha, da qual Andréia é a proprietária. “Andréia é rio-grandina e tem a cidade do Rio Grande como ambientação em seus livros, assim valoriza os espaços do município para criar cenários para suas histórias, o que faz com que o leitor se identifique ao longo da leitura”, explicam Lisandra e Milene ao justificarem a escolha do livro de abertura da primeira edição do clube.   

Para participar, é necessário preencher este formulário: https://forms.gle/gJCfcsQspo4SMUQo9. Mais informações estão disponíveis no perfil do projeto Ao Quadrado no Instagram.

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Escritora promove oficina on-line de escrita criativa

A professora Patrícia Silveira realiza “Projeto Livro”, que ocorre na internet a partir desta semana     

Por Victória Silva    

Nesta terça-feira, dia 16 de julho, a dramaturga, escritora e professora Patrícia Silveira dá início à oficina on-line de escrita criativa “Projeto Livro”. Vencedora da categoria principal do Prêmio Açorianos de Literatura 2023, “Livro do Ano”, e da categoria “Dramaturgia”, com a coletânea de quinze textos teatrais “Liberdade”, a autora propõe um espaço para compartilhar conhecimentos, inspirações e técnicas com aqueles que desejam transformar suas ideias em palavras. O curso, que ocorre de julho a setembro, é voltado tanto para iniciantes quanto para autores que já publicaram.

 

      Patrícia conquistou dois prêmios na cerimônia do Prêmio Açorianos de Literatura 2023: “Livro do Ano” e “Dramaturgia” por “Liberdade”       Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

 

Doutora em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) com especialização em Escrita Criativa, Patrícia é uma escritora versátil. Transitando entre a literatura, principalmente a poesia, e o teatro, ela é autora dos livros “Caminho para Luamar” (Editora Patuá), “Em um tempo aberto”, “Camille no exílio” (ambos publicados pela EdiPUCRS), “Estranhas ficções de tempo, morte e utopia” (Editora Buqui) e “Liberdade” (Concha Editora). Este último é resultado de um trabalho em conjunto do Coletivo As DramaturgAs, do qual Patrícia é colaboradora e idealizadora.

Na coletânea “Liberdade”, ela assina o texto dramatúrgico “Galeria Cassandra”, que mergulha na fonte da mitologia grega e da literatura ocidental, trazendo uma nova interpretação de figuras femininas icônicas das tragédias teatrais. Os outros textos são escritos pelas integrantes do coletivo, que atualmente conta com 15 membros.

 

Patrícia traz sua experiência no mercado literário para a oficina              Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

 

A oficina “Projeto Livro” abordará desde a criação da narrativa e da sinopse até a escolha do título e o processo de publicação. As aulas, em formato virtual, serão ministradas de forma interativa, desenvolvendo exercícios práticos e discussões em grupo, além de muita leitura. Serão oito sessões ao vivo, com encontros semanais de duas horas, toda terça-feira, às 19h, pelo Google Meet. O curso começa nesta terça-feira, 16 de julho, e terminará na terça-feira, 3 de setembro.

“Eu vejo que a minha paixão é o processo de criação, é pensar caminhos para o trabalho de escrita. Sempre me voltei para isso”, compartilhou Patrícia. “É um trabalho, às vezes, muito solitário”.

Foi pensando nisso que surgiu a oficina, visando promover essa troca de experiências. “Poder estar com pessoas que estão voltadas para isso, enriquece muito o nosso universo, poder pensar em outras formas, outros exemplos, outras referências”, disse Patrícia. “Vou falar o que é pesquisa em arte, como que uma pessoa que escreve se organiza. Tudo isso eu vou expor de forma bem livre, trazendo espaço para a subjetividade, porque a arte trabalha com questões subjetivas”.

As inscrições são realizadas através da plataforma Sympla, com número de vagas limitado. O custo para participar da oficina é de R$ 680,00. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo perfil da escritora no Instagram

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