Músicos gaúchos utilizam do financiamento coletivo para viabilizar suas obras

 

Luiz Marenco lança campanha e revela entusiasmo com “crowdfunding”                                                                                      Foto: (Reprodução/Instagram)

Otávio Tissot Proença

     Liberdade. Essa é a palavra que motiva vários produtores culturais mundo afora. O “crowdfunding” foi criado há mais ou menos uma década nos Estados Unidos e já possibilitou que milhares de artistas viabilizassem suas obras.

No Brasil a prática se tornou uma tendência em diversos meios de produção cultural. Seja no cinema ou na música, esta forma de captar recursos ajuda artistas que não possuem um grande apelo da mídia. É uma experiência nova, tanto para artistas quanto para os fãs, que através da campanha criam um canal para que se comuniquem diretamente, sem nenhum intermediário.

COMO FUNCIONA

A proposta de financiar coletivamente um produto ou até mesmo um serviço funciona da seguinte maneira: o artista define o valor do projeto, lança uma campanha em alguma plataforma de crowdfunding na internet e da início a captação de recursos. Assemelha-se muito com as tradicionais e conhecidas rifas. Entretanto, o doador recebe uma recompensa alusiva ao valor doado.

As mídias sociais também possuem um importante valor para que o artista consiga angariar o recurso necessário. É nelas que o artista compartilha e espalha sua campanha pela rede.

Aqui no Rio Grande do Sul não é diferente. A banda Apanhador Só, o músico Esteban Tavares e o músico Pirisca Grecco são alguns do exemplos de artistas que já financiaram suas obras coletivamente. Vitor Ramil, artista que já lançou discos por gravadoras, agora encaminha seus projetos pelo modelo do crowdfunding.

Um dos trabalhos mais recentes neste formato é do cantor nativista Luiz Marenco. A captação de recursos é para o seu CD e DVD de 30 anos de carreira e intitulada de Campanha do Cantador.

Luiz Marenco explica que a ideia surgiu ano passado, inclusive porque ele já havia se retirado das gravadoras há alguns anos, e o disco “Sul” já foi um disco independente. Também foi um estímulo o exemplo bem sucedido do cantor Pirisca Greco na gravação do CD e DVD com o site Kickante.

Segundo Marenco, o financiamento coletivo proporciona uma alternativa no lugar das gravadoras e possibilita fazer o que realmente se quer.

Quanto ao trabalho inteiro do novo projeto diz: “Vai ser na minha casa, junto com meus amigos. É uma maneira de eles estarem comigo, fazerem parte da história e ao mesmo tempo eles estão patrocinando este CD e DVD. Juntos, comigo mesmo, na parte física do trabalho”.

A prática que se tornou tendência e se espalha a cada dia pelas redes sociais é cada vez mais recorrente. O financiamento coletivo se destaca como uma alternativa àqueles que anseiam produzir cultura. Um bom projeto aliado de uma divulgação criativa pode ser a solução para a falta de dinheiro. A campanha também está sendo divulgada no Youtube.

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