Larissa Medeiros
Pelotas oferece um grande número de bares e festas com shows notáveis. No que diz respeito a blues e outros gêneros musicais “irmãos”, além de vertentes como o rock, por exemplo, os shows fortalecem a cultura local. A maioria deles é feita por artistas e grupos pelotenses, como Mato Cerrado, Clown, Shaka Bullets, Matudarí, Postmortem, Freak Brotherz, entre muitas outras, e costumam tocar para públicos consideráveis em diversos eventos.
Muitas desses bandas possuem integrantes em comum, o que cria uma amizade muito grande entre si e traz apoio mútuo, até mesmo entre os seguidores delas. Stefano Rosa, baterista da Clown, ressalta que tudo flui com naturalidade. “Poder tocar em vários projetos, com estilos e músicas diferentes, é mais massa ainda. E não só porque somos amigos, mas são músicos muito bons, antes de qualquer coisa”, diz. A banda Clown iniciou o trabalho recentemente, no segundo semestre de 2016, e já conta com boas avaliações dos públicos por onde passou. Passeia tanto por shows maiores, com bastante público, quanto por locais com público menor, como em pubs.
Bares como Bar do Nenê, Sherlock, Bar da Lua, Diabluras, o Bazar da Cerveja, Bierlaguer, e Johnnie Jack são alguns desses locais. Com programações que envolvem quase toda a semana, esses lugares já têm clientes fiéis. Mesmo assim, para atrair novos consumidores, apostam em artistas que já possuem histórico de carisma com o público. É o caso de músicos como César Lascano, Eric Peixoto, Alex Vaz, Kamilla Queiroz, Matt DeHarp, Matheus Torres, Eduardo Machado e Marília Piovesan. Matheus Torres e Eric Peixoto, por exemplo, formaram uma dupla em 2014, Desde então tocam em torno de quatro vezes por mês, pelo menos. Focando no blues e em suas vertentes, suas influências vão de Albert King e Stevie Ray Vaughan a Neil Young e Dave Matthewz.
Mas esse cenário não é feito apenas de belas músicas e artistas talentosos. Algumas avaliações negativas são feitas pelos músicos, como o pagamento, por exemplo. De acordo com vários artistas, a remuneração que recebem não é adequada ao trabalho que realizam. O couvert artístico, por exemplo, deveria ser repassado de forma integral ao músico, mas nem sempre isso acontece. Alguns bares têm essa prática e nem mesmo se responsabilizam pelo equipamento de som.
Matheus Torres afirma que os estabelecimentos, de forma geral, não querem pagar os valores considerados justos pelos músicos. “Ninguém quer ter prejuízo, ninguém quer pagar o verdadeiro valor que o trabalho artístico vale”, ressalta Torres. Stefano Rosa complementa a reclamação e ainda comenta: “Os donos de estabelecimentos têm que ouvir e sentir mais a noite, e não pensar só em enriquecer. Afinal, todos fazem a noite juntos, tanto o empresário, quanto os clientes, músicos e funcionários”. Essa situação causa incômodo geral aos artistas, já que há uma desvalorização do músico enquanto profissional. A reclamação é recorrente, e os músicos pedem compreensão e colaboração dos empresários para que a arte siga sendo compartilhada com todos os clientes da melhor forma, contentando todas as partes.
COMENTÁRIOS
A melhor banda de Pelotas é BRUXA DE SADE!!!
Bruno Okuma
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