Oferta de tecnologias de pirólise e gaseificação, para recuperação energética de resíduos, ganha força no Brasil, de olho na expansão do mercado

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Fonte: Procel Info – 02.09.2020

Rio de Janeiro – À espera de regulações favoráveis, como o projeto de lei 513/2020 que tramita no Senado e visa fomentar a atividade, os fornecedores de soluções para recuperação de resíduos para geração de energia se preparam para o crescimento provável da demanda futura. Além dos vendedores de soluções importadas turn-key, de usinas de waste-to-energy com incineração, compartilham dessa expectativa empresas com tecnologias inovadoras e desenvolvidas no país.

O melhor exemplo é o segmento de sistemas de pirólise e gaseificação de resíduos, solução considerada propícia para o Brasil, por ser viável para escalas a partir de 25 toneladas por dia de resíduos, a serem processados e transformados em gás de síntese (syngas) para geração de energia. Não custa lembrar que 96% dos municípios brasileiros têm menos de 100 mil habitantes, com população que gera em média até 100 t/dia de lixo. Esse volume, em reatores de pirólise ou gaseificação, pode gerar syngas suficiente para miniusinas de 3 MW.

A aposta nessas tecnologias compactas para municipalidades é contraponto às usinas térmicas de grande porte para incinerar lixo, que demandam no mínimo 700 t/dia de resíduos para serem viáveis, o que requer, além de altos investimentos, que podem chegar a R$ 1 bilhão (70 MW), também difíceis acordos para formalizar consórcios entre cidades ou regiões metropolitanas.

A pirólise é anóxica, ou seja, totalmente isenta de oxigênio. O ambiente controlado em reator, que sofre aquecimento térmico externo, faz o processo termoquímico volatilizar a matéria, transformando os resíduos em gás de síntese (syngas), numa proporção de 90% do volume de lixo, que pode ser usado em geradores de energia ou para gerar vapor, e os restantes 10% em biocarvão, com uso principal como fertilizante.

Já a gaseificação é uma oxidação parcial, em ambiente pobre de oxigênio (40% a 50%), dentro de reator, e cujo processo gera também o gás de síntese, mas com menor poder calorífico por ainda ter o nitrogênio proveniente do ar atmosférico do processo, e cinzas.

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Revista Brasil Energia