A exposição Ocupagens vai ocorrer no Centro de Artes , na Rua Coronel Alberto Rosa, na sala 313, de 11 a 20 de abril, das 13h às 18h. A abertura será dia 11 às 16h30min e às 19h, na sala 319 realizar-se-á performance de Debora Curti e Parabellum.
A atividade é o segundo evento da Ocupagens, realizada por artistas vinculados a pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Artes – PPGARTES da UFPel, o primeiro movimento ocorreu em novembro de 2022, na Ocupação Canto de Conexão, na zona do Porto em Pelotas.
Os trabalhos apresentados são oriundos de práticas e pensamentos gerados a partir de diálogos sobre as paisagens cotidianas e os dispositivos de compartilhamento na arte contemporânea, que é tema do componente curricular do PPGArtes ministrado pela professora artista Duda Gonçalves. Os artistas pesquisadores envolveram em suas proposições poéticas os deslocamentos pela cidade de Pelotas, os encontros ocorridos na Ocupação Canto de Conexão e os estudos junto aos Grupos de Pesquisa e orientadores.
Defesa de dissertação da discente Angélica de Sousa Marques, “Esmaltes Cerâmicos de Cinza: um dispositivo relacional como possibilidade de reconexão ser humano/natureza por meio da arte”, sob orientação da Profa. Dra. Angela Raffin Pohlmann, a realizar-se em 30 de março às 14h e 30min, de forma híbrida, no Auditório do Centro de Artes da UFPEL ou online através do link de acesso: https://webconf.ufpel.edu.br/b/ang-emu-tof-7uwhttps://webconf.ufpel.edu.br/b/ang-emu-tof-7uw
“A Revista Multidisciplinar de Estudos Nerds/Geek, vinculada ao Liber Studium – Laboratório de Arqueologia do Capitalismo da Universidade Federal do Rio Grande está com chamada aberta para o dossiê “Além do arco-íris: diversidade sexual e de gênero no universo Nerd/Geek”, organizado por Fábio Ortiz Goulart (discente PPGArtes/UFPEL) e Rosângela Fachel (docente do PPGArtes/UFPEL).
Não é de hoje que questões sobre sexualidade e gênero atravessam as discussões referentes às produções culturais do universo de interesse nerd/geek. Desde as primeiras HQs até as mais recentes produções de fãs – fanfics e fanarts – passando pelos desenhos animados, pelos games e por todo o universo expandido e em expansão que deriva dessas narrativas, são recorrentes as discussões sobre as questões de sexualidade e de gênero presentes nessas narrativas. Discussões que vão desde as famosas especulações, baseadas em “pistas” narrativas e estéticas, às análises de representação, contrarrepresentação e representatividade, que, atualmente, confluem com movimentos sociais, políticos, acadêmicos e identitários em prol da diversidade. Neste sentido, propomos este dossiê como um espaço para a ampla abordagem – teórica, crítica e estética – de questões referentes à diversidade sexual e de gênero em narrativas e produções do universo nerd/geek.
Informações sobre a submissão e normas editorias, consultar o site da revista: https://revistaestudosnerds.furg.br”
A comissão organizadora do IX Colóquio de Cinema e Arte na América Latina (COCAAL) convida pesquisadoras e pesquisadores a submeterem trabalhos para a nova edição do evento. De volta à modalidade presencial, o COCAAL 2023 acontecerá de 19 a 22 de setembro de 2023, na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia.
Temática do COCAAL 2023
O que está em jogo quando se designa a América Latina, seja para reivindicá-la ou recusá-la? A América Latina é uma fantasia ou um fantasma: não existe como presença plena ou projeto acabado, como identidade dada e território unificado; e é mais de uma, nos múltiplos tempos em que se desdobra, sem conjunção possível, como identidade fugidia ou terra dispersa, alheia a toda territorialização, isto é, a toda tentativa de apropriação e de instauração de um domínio unitário. América, em geral, e América Latina, em particular, se inscreveram na imaginação política global – naquilo que Walter Mignolo (2003) denomina “sistema mundial colonial/moderno” – como um campo de disputa. Dessa forma, a assinatura colonial inscrita na noção de América Latina deve ser reconhecida por qualquer reivindicação do termo e de suas derivações.
Ao mesmo tempo, sem apagar a assinatura colonial que a inaugura, a história da América Latina deve ser lida a contrapelo, para que seja possível saber as realidades que a constituem, as disputas que a atravessam, os horizontes e as vertigens que a jogam para fora de si mesma. É preciso reconhecer, ao lado dos fantasmas coloniais cuja aparição permanece visível desde o nome, a sucessão múltipla de fantasmas cuja desaparição deve ser confrontada, mesmo que faltem nomes próprios suficientes para essa confrontação (e que esses nomes também procedam de uma genealogia colonial): os fantasmas de todas as pessoas que, sob o regime colonial de distribuição da violência, foram forçadas a desaparecer, no processo histórico de construção da experiência latino-americana.
Reivindicar as latinidades afro-ameríndias, como faz esta nona edição do Colóquio de Cinema e Arte na América Latina, implica reconhecer a violência da nomeação colonial das gentes colonizadas e a assinatura colonial que aspira a unificar, assim, a noção de América Latina (como uma herança comum). Ao mesmo tempo, ao apontar para as latinidades afro-ameríndias, trata-se de repensar a América Latina a partir da relação e do diálogo entre culturas e perspectivas coletivas, por meio da abertura e da escuta às vozes e aos traços da multiplicidade de experiências das gentes que o projeto colonial pretendeu reunir de forma generalizada, sob signos de africanidade e amerindianidade, cujas designações genéricas uma série de movimentos posteriores buscaram e buscam transformar em alavancas estratégicas de intervenção social e política.
Diante disso, impossível não salientarmos que iniciamos o ano de 2023 com a posse histórica de Sônia Guajajara, à frente do Ministério dos Povos Indígenas, do professor, jurista e filósofo Silvio Almeida, no Ministério de Direitos Humanos com a recriação do Ministério da Igualdade Racial, a cargo de Anielle Franco, três instâncias fundamentais para implementação de políticas públicas voltadas para o enfrentamento da violência colonial atualizada constantemente por sistemas de policiamento e governo, e efetivamente de governo como policiamento, que persistem como norma em todo o continente. “Nunca mais o Brasil sem nós”, disse em seu discurso de posse Sônia Guajajara. “Não recuaremos, não retrocederemos, não vamos abaixar a cabeça mais, não sairemos daqui”, afirmou Anielle Franco. “Homens e mulheres pretos e pretas do Brasil, vocês existem e são valiosos para nós”, disse Silvio Almeida ao assumir a pasta. Falas que estão imbuídas de toda uma longa trajetória de movimentos e organização política de gentes negras e indígenas que têm buscado, desde o início, contestar as denominações coloniais a partir da reivindicação estratégica de seus termos, o que está presente ainda em outra fala de Guajajara: “Esse ministério é novo, mas na verdade esse ministério é ancestral”.
Nesse sentido, além de pensar a América Latina no plural, por meio da noção de latinidades, se trata de reivindicar, por meio do adjetivo afro-ameríndias, a possibilidade de multiplicação de perspectivas para reinventar a vida em comum no continente, nos campos do cinema e da arte. As latinidades afro-ameríndias são uma abertura para as formas alternativas de vida em comum que Lélia Gonzalez designou por meio da noção de “Améfrica Ladina”, para as práticas de contra-colonização do que Antonio Bispo dos Santos chamou de “povos afro-pindorâmicos” e para as memórias e projeções que tanto Ailton Krenak quanto Davi Kopenawa, entre outros, têm encontrado no tempo do sonho, resistindo à colonização, às suas heranças e às suas formas de tentar impor o fim do mundo. Latinidades afro-ameríndias, portanto, são também ladinidades améfrico-pindorâmicas, e quantos outros nomes será preciso desarticular e rearticular, desmontar e remontar, para começar a reconhecer e a inventar a multiplicidade de suas figuras mundanas e fantasmas extra-mundanos.
Em articulação com as ideias aqui expostas, incentivamos o envio de propostas de mesas e comunicações que transitem nos seguintes eixos temáticos:
Representações, contra-representações e representatividade
Afetos, emoções, sentimentos
Bordas, margens, periferias
Coletivo, comunal, comunitário
Meio-ambiente e ecologias decoloniais
Audiovisualidades insurgentes
Artes e hibridismos
Submissões
A submissão de trabalhos deve ser realizada até o dia 30 de abril, por meio de formulário disponível no endereço https://forms.gle/9kK49BLMsLLAnHMg9, e pode ser em duas modalidades: mesas pré-constituídas e comunicações livres. Serão aceitos trabalhos em português e espanhol.
1 – Mesas pré-constituídas
As mesas pré-constituídas devem propor a articulação e o debate de pesquisas e discussões acerca de temas emergentes na América Latina, na área do audiovisual e das artes em perspectiva expandida.
Cada mesa deve ser composta por 3 participantes, sendo que pelo menos uma pessoa deve ter o doutorado concluído. Demais participantes podem ser discentes de doutorado, pessoas com mestrado concluído ou em curso, com notório saber e/ou produção artística. Uma pessoa deve atuar também na moderação da mesa.
O formulário de inscrição deve ser preenchido pela pessoa responsável pela coordenação da mesa. Ao formulário, deverá ser anexado o documento da proposta, em formato PDF, nomeado da seguinte forma: COCAAL 2023_mesa_SOBRENOME_Nome,
As mesas aprovadas deverão respeitar o tempo máximo de 90 minutos de duração, destinando 20 minutos de exposição para cada participante e 30 minutos para perguntas e discussões. Em caso de aprovação, todas as pessoas participantes das mesas deverão realizar a inscrição individualmente, segundo cronograma e condições a serem anunciadas na ocasião da divulgação dos trabalhos aprovados.
2 – Comunicações livres
Podem submeter propostas de comunicação pessoas com mestrado em curso, mestrado concluído, doutorado em curso, doutorado concluído, pessoas com notório saber e/ou produção artística. Só é permitida uma inscrição por pessoa, mesmo em caso de co-autoria. Cada proposta poderá ter a autoria de no máximo 3 pessoas, que devem realizar a submissão individualmente no formulário disponível em https://forms.gle/9kK49BLMsLLAnHMg9, ao qual deve ser anexado o documento da proposta, em formato PDF, nomeado da seguinte forma: COCAAL 2023_livre_SOBRENOME_Nome
As comunicações aceitas deverão respeitar o tempo máximo de 20 minutos para exposição, nas datas e horários estabelecidos e previamente anunciados.
Não serão aceitas propostas de mesas e comunicações entregues fora do prazo e que não estejam dentro das normas solicitadas pela chamada.
DATAS IMPORTANTES:
Inscrições de mesas pré-constituídas e comunicações livres – até 30 de abril
Divulgação das propostas aprovadas – Até 31 de maio
Pagamento da taxa de inscrição* – Até 20 de junho
Divulgação do cronograma de apresentações – Até 10 de agosto
Inscrição de ouvintes – de 30 de abril a 19 de setembro.
Realização do evento – de 19 a 22 de setembro
*Valores das taxas de inscrição
Docente/Pesquisador com vínculo profissional e com apresentação de trabalho
R$ 130,00
Pesquisador, mestre ou doutor, sem vínculo profissional com apresentação de trabalho
R$ 65,00
Estudante de pós-graduação com apresentação de trabalho
R$ 65,00
Docente/Pesquisador sem apresentação de trabalho
R$ 50,00
Estudante de pós-graduação e graduação sem apresentação de trabalhos
R$ 25,00
Estudante de pós-graduação e graduação sem apresentação de trabalhos (UFBA, UFRB, UESB)
Isento
Estudante da rede pública do ensino médio, fundamental e técnico
Isento
Professor do Ensino Fundamental e Médio de Escolas Públicas
Isento
*A forma de pagamento da taxa de inscrição, para participantes do Brasil e do exterior, será informada na ocasião da divulgação dos trabalhos aprovados. No caso das mesas, todas as pessoas que participam devem pagar a taxa, assim como no caso de comunicações livres em co-autoria.
Informações sobre a inscrição de ouvintes e sobre o envio de resumos expandidos e artigos para os Anais do evento serão divulgadas nas próximas circulares.