Curadoria, arte contemporânea e o derretimento do cânone eurocêntrico: reflexões.
Daniela Labra (n. Santiago de Chile) é curadora de artes visuais e crítica de arte. Pós-doutorado na Escola de Comunicação da UFRJ pelo projeto Depois do Futuro: Ruínas e reinvenções da Modernidade nas artes contemporâneas (2014-2016). Doutora em História e Crítica da Arte pelo PPGAV da EBA UFRJ. Sua tese Legitimação internacional da Arte Brasileira, análise de um percurso: 1940-2010, venceu o Prêmio Gilberto Velho de Teses da UFRJ, 2015. Desenvolve projetos atuando nos temas: arte brasileira, processos históricos e estéticos latinoamericanos, performance arte, performatividade, arte e política. Fundadora da plataforma de estudos online ZAIT (www.zait.art). Ministra os cursos Curating Performance Art e Art & Politics no NODE Center. Professora de Teoria da Arte e História na EAV Parque Lage, Rio de Janeiro (2010-2016). Crítica de artes plásticas no Jornal O Globo (2014-2016). Curadora da Frestas Trienal 2017: Entre Pós-Verdades e Acontecimentos, SESC Sorocaba, São Paulo. Reside e trabalha entre Rio de Janeiro e Berlim.
Diana Padrón é pesquisadora, crítica de arte e curadora. Ela é licenciada em História da Arte pela Universidade de La Laguna, mestre em Estudos Avançados em História da Arte pela Universidade de Barcelona e doutora pela mesma universidade em Sociedade e Cultura: História, Antropologia, Artes, Patrimônio e Gestão Cultural com a tese intitulada El Impulso Cartográfico. Comportamientos cartográficos del arte contemporáneo en la era del capitalismo deslocalizado. 1957-2017. Desde 2012 faz parte do grupo de investigação Art Globalization Interculturality e do projeto Critical Cartography of Art and Visuality in the Global Age, do qual foi coordenadora da plataforma On Mediation. Platform on Research and Curatorship e coeditora com Martí Peran da Revista Científica de Estudos Globais e Arte Contemporânea. É também membro do grupo de investigação Arte y Tecnosfera da Universidade Complutense de Madrid e da rede internacional de estudos feministas Visionary Women. Foi professora visitante na Università degli Studi di Padova e na Université di Lille. Foi também investigadora residente do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA). Participou de workshops com artistas visuais, cineastas e coreógrafos e completou sua formação teórica com cursos de filosofia e pensamento contemporâneo com pensadores como George Didi-Huberman (Programa de Estudos Independentes do MACBA), e Giorgio Agamben (Universitat de Girona). Tem proferido palestras e sessões de ensino na Universitat de Barcelona, Universitat Pompeu Fabra, Escola EINA, Escola Massana, Arts Santa Mónica, La Térmica – Málaga, Centro Atlántico de Arte Moderno, Centro Nacional de Artes da Ciudad de México, Centre La Condition Publique – Roubaix e Universität für Musik und Darstellende Kunst em Viena. Como curadora independente fez a curadoria de projetos para: o Centro Atlántico de Arte Moderna, o Festival de Videoarte Loop Barcelona, o Pavilhão Barcelona Mies van der Rohe, o Museu Picasso de Barcelona, o Centro Galego de Arte Contemporânea e a 13ª Bienal de Havana. Entre outras atividades também concebeu e coordenou a iniciativa auto gestionável intitulada Perder el Norte.
O projeto de extensão Movimento Interfaces: Conexões Recidade da linha Redes de Cultura, Estética e formação na/da Cidade – RECIDADE, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, está aceitando inscrições para a segunda edição da Mostra ARTE/VIDA – REDES DE RESISTÊNCIA voltada a registrar e conferir visibilidade a ações sociais e solidárias desenvolvidas durante o momento de distanciamento social, ainda em vigor, no Brasil.
O objetivo é valorizar e apoiar redes constituídas a partir de iniciativas individuais ou coletivas e/ou de projetos artísticos e comunitários desenvolvidos pela sociedade civil organizada em associações, sindicatos, ONGs etc., no contexto da crise epidemiológica e política no país, ora em processo, que deixa exposta chagas históricas que nos acometem, para além da pandemia do Covid-19.
Sabemos que são milhares de iniciativas que pelo Brasil afora contribuem não apenas para dar apoio imediato a quem precisa de ajuda, mas que auxiliam no processo de humanização da sociedade. Humanização que é sempre trabalho posto em construção. Na hora em que distopias despontam como realidade é hora de por a mão na massa!
Serão acolhidas fotografias (entre 1 e 5 imagens), podcasts (no máximo 10 min.), poemas escritos ou narrados (entre 1 e 2 poemas, com narrativas de no máximo 2 minutos cada), vídeos (entre 1 e 5 min). Outras formas de expressões serão avaliadas pelos proponentes desde que não ultrapassem o tempo e número previsto nesta chamada.
Será acolhida uma inscrição por pessoa ou grupo em uma das categorias. Em relação ao formato, para vídeo sugerimos .mp4,1080; textos poéticos em Word ou narrados em .mp3; fotografias em formato .png ou .jpg com 200dpi; podcasts .mp3.
As inscrições podem ser realizadas no período compreendido entre 29/10 e 20/11/2020 e estarão expostas a partir de 01/12 próximo no canal Youtube do coletivo RECIDADE – Redes de cultura, estética e formação na/da cidade, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG (https://www.youtube.com/c/RECIDADEFURG).
Outras informações ou dúvidas poderão ser esclarecidas pelo e-mail gruporecidade@gmail.com ou pelas redes sociais do grupo.
Vamos evidenciar a resistência e as lutas que se contrapõem à barbárie e à violência política e econômica que sufocam vozes e dilaceram corpos, sobretudo dos mais vulneráveis e, em especial, de negros, indígenas e comunidade lgbtq+.
Era o ano de 1984, e a banda de rock brasileira Barão Vermelho lançava o álbum ‘Maior abandonado’. A música que dá nome ao LP/CD/K7 remete a um jovem carente e solitário e que se dispõe a aceitar ‘mentiras sinceras’ para sentir-se melhor.
Muita água rolou nesses 36 anos, a solidão não arrefeceu no mundo urbano e tecnológico, mas as mentiras tornaram-se uma das principais pautas contemporâneas, encontraram território fértil no mundo digital e configuram-se em ferramenta política e ideológica francamente em disputa, inclusive no Brasil, onde têm feito estragos e colocado em suspensão nossa – já – frágil democracia.
Inspirados na canção de Cazuza tomamos fatias de seus versos emprestados, para propor a Mesa ‘Mentiras sinceras: o que pode a educação?’ voltada ao debate do tema das fake News, da desinformação, da manipulação da informação no mundo contemporâneo. Com esse título buscamos puxar alguns fios que permitam alinhavar discussões sobre um dos grandes desafios que teremos doravante: enfrentarmos/construirmos, como profissionais da educação, seja na escola, na academia ou em outras instâncias, do nosso cotidiano, estratégias que auxiliem no desvelamento da verdade e na restauração da diferença entre opinião e conhecimento, por exemplo.
Você está convidado/a a estar conosco nesse debate e a cimentar o diálogo.
Sigamos na resistência fortalecendo nossas parcerias e somando esforços na defesa da educação pública, da profissão professor/a e de políticas públicas a serviço da democracia e do bem comum.
Participe!!!
Comissão Organizadora
[1] CAZUZA. Maior abandonado. Barão Vermelho, Opus Columbia, 1984.
Com felicidade, compartilhamos com vocês a programação do IX SPMAV, realizado pelo PPGAVI-UFPel, e os links para que todes consigam acompanhar as atividades que serão transmitidas no YouTube.
As mesas temáticas, palestras e performances serão transmitidas pelo YouTube e poderão ser acessadas por qualquer pessoa, desde que tenha mais de 18 anos e esteja logada em uma conta no YouTube.