“Se não podemos mudar isso, talvez possamos nos acostumar um pouco…”

Um convite emocionante para pensar sobre as condições de possibilidade diante do fim da vida. É assim que compreendo o sensível documentário “A partida final”.

Separem seus lencinhos, e permitam-se conhecer mais sobre os Cuidados Paliativos a partir das experiências de quem recebe – sujeitos acometidos por uma doença que ameaça a vida e familiar – e a partir da percepção dos profissionais de saúde que prestam esse cuidado.

As dificuldades pessoais e familiares em decidir as condutas terapêuticas com base nos sentimentos de perda, associado ao desejo de ter ao nosso lado quem amamos; a escolha pelo local onde viver os últimos dias de vida; a ideia de colocar-se no lugar do outro em momentos difíceis; saber o que mais nos importa no tempo que temos, o qual não sabemos quantificar; proporcionar espaços para despedida e desafios como o de “fazer amizade com a morte” ou, relacionar-se de alguma forma com ela, são alguns dos temas abordados ao longo do documentário.

A proposta não é fugir da raiva, do sofrimento e diminuir as emoções, mas que possamos falar sobre a morte a partir das formas de vivê-la.

 

*Por Francielly Zilli. Terapeuta Ocupacional. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPEL – Bolsista Capes.

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