Um símbolo de força feminina em uma época em que as mulheres eram praticamente invisíveis. Apesar do percurso espinhoso da sua existência, Dandara nunca se omitiu à luta, e lutou utilizando armas e o conhecimento que tinha ao seu alcance.

É uma figura importante da história brasileira. Quilombola do Quilombo dos Palmares (o maior quilombo da história do Brasil), líder e guerreira dos palmaristas. A historiografia nacional não se deteve a buscar a fundo a sua trajetória, sendo assim, existem poucos dados históricos sobre a vida de Dandara.

Raros são os registros sobre a sua vida. Os estudos atuais apontam que ela nasceu no Brasil, era filha de uma mulher africana escravizada, e juntou-se ao Quilombo dos Palmares ainda criança, onde viveu e resistiu até a sua morte.

Dandara foi casada com Zumbi dos Palmares (último líder do quilombo, morreu após a última invasão do quilombo pelo bandeirante Domingos Jorge Velho), com quem constituiu sua família, gerando três filhos.

Ela liderou os soldados palmaristas na luta dos quilombolas contra os portugueses. ajudava na manutenção do quilombo trabalhando nas colheitas e na caça. Além disso, era capoeirista e atuava na produção de alimentos dos palmaristas.

A história não narra com certeza a sua morte, no entanto, ao observarmos as marcas que a escravidão deixava no emocional das vítimas, é possível deduzir que após ser presa Dandara tirou sua própria vida.

Dandara preferiu a morte ao retorno à escravidão.