Falar em visibilidade trans é falar em luta por políticas públicas e acesso ao direito de cidadania em um país que, diariamente, nega a identidade, a existência e os corpos de milhões de pessoas travestis e transexuais.

O Brasil nos últimos anos, infelizmente vem liderando o ranking mundial de assassinatos de pessoas trans e travestis. A expectativa de vida da população brasileira em geral é de 74 anos, enquanto a expectativa de vida de pessoas travestis e transexuais é de apenas 35 anos de idade.

Em 29  de janeiro de 2004 travestis, transexuais, homens trans  e ativistas das causas LGBTI entraram no Congresso Nacional em Brasília para lançar a campanha “Travesti e Respeito”, do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde. A data tornou-se um marco histórico do movimento, visto que, fez referência a primeira campanha nacional, idealizada e organizada pela população trans em busca do respeito e da cidadania. Ainda hoje é negado a esses cidadãos e cidadãs o direito a educação, a moradia, ao emprego formal e até mesmo o DIREITO de serem chamados / chamadas por seu nome social ( nome pelo qual pessoas transexuais, travestis  ou qualquer outro gênero preferem ser chamadas cotidianamente, em contraste com o nome oficialmente registrado, que não reflete sua identidade de gênero) .

A luta a favor da responsabilização pelas discriminações sofridas em virtude da identidade de gênero das pessoas travestis e transexuais é diária. No ano de 2019, o Superior Tribunal Federal decidiu que o homofobia e transfobia no Brasil será criminalizada, enquadrando-se como crime de racismo.