Curso de Psicologia Núcleo de Saúde Mental, Cognição e Comportamento Coordenação: Prof. Tiago Neuenfeld Munhoz
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Colaborações

Título do Projeto:  Avaliação do Impacto do Programa Criança Feliz

Coordenador: César G Victora (Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia)

Pesquisadores: Iná da Silva dos Santos (Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia)

Tiago Neuenfeld Munhoz (Curso de Psicologia e Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia)

RESUMO: O objetivo do projeto será avaliar o impacto do Programa Criança Feliz sobre o desenvolvimento infantil. Para isso, será empregado um estudo randomizado controlado que incluirá um total de 4000 crianças (2000 no grupo intervenção e 2000 no grupo controle), de sete estados brasileiros (um de cada uma das cinco regiões, exceto a região Nordeste, que participará com 3 estados). Serão elegíveis para o estudo de avaliação crianças participantes do Programa Bolsa Família (que fazem parte da população alvo do Programa Criança Feliz), com menos de 12 meses de idade, cujos pais ou responsáveis aceitem participar do Programa Criança Feliz e do estudo de avaliação do Programa Feliz. O estudo de avaliação do programa incluirá uma avaliação de linha de base (prevista para iniciar em 2017) e três acompanhamentos anuais, até o ano de 2020, quando os participantes da avaliação estiverem com 36 meses de idade. Para avaliação do desenvolvimento infantil serão empregados os testes “Ages & Stages Questionnaire” (ASQ-3) (nas visitas de 12 e 24 meses) e o teste de Bayley-III (na visita final, em 2020). A interação parental será avaliada com o instrumento “Maternal Cognitive Sensitivity”, que será aplicado a uma subamostra de 400 mães (200 do grupo intervenção e 200 do grupo controle).

 

Título do Projeto: AVALIAÇÃO DE DETERMINANTES PRECOCES DE VIOLÊNCIA EM CRIANÇAS DE UMA COORTE DE NASCIMENTOS DO SUL DO BRASIL

 

Coordenador: Joe Murray (Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia)

Pesquisadores:  Tiago Neuenfeld Munhoz (Curso de Psicologia e Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia)

A violência é a principal causa de mortes entre jovens no Brasil e uma importante causa de adoecimento mental, instabilidade social e altos custos econômicos para o país. Cientistas identificaram que a primeira infância é um período sensível, em que o ambiente familiar pode ter um grande impacto no desenvolvimento das crianças e assim, reduzir o risco de comportamentos agressivos precoces que estão associados ao envolvimento com violências no futuro. São vários os fatores de risco para violência apontados pela literatura: fatores individuais (como autocontrole deficitário, baixo QI verbal e pouco rendimento escolar, por exemplo); fatores parentais (tais como disciplina punitiva e maus-tratos); características familiares (por exemplo, discordância parental e baixa renda); relacionamento com pares antissociais; e moradia em bairros com altos índices de criminalidade. Poucos estudos investigaram os fatores de risco para a violência em países em desenvolvimento e, os que fizeram, concentraram-se na faixa etária final da infância-adolescência. Entretanto, as teorias proeminentes sugerem que a violência grave tem suas origens no início da vida, e está relacionada à adversidade ambiental. Sendo assim, o estudo dos determinantes precoces da violência, especialmente em países em desenvolvimento, é de
extrema importância para que se possa traçar planos de combate à violência na atenção primária. O objetivo do presente estudo será avaliar os determinantes precoces da violência em crianças de uma coorte de nascimentos de Pelotas, cidade localizada no sul do Brasil. Trata-se de um projeto aninhado à Coorte de Nascimentos de 2015, no acompanhamento dos 4 anos

 

Título do Projeto: Determinantes ao longo do ciclo vital da obesidade, precursores de doenças crônicas, capital humano e saúde mental: uma contribuição da coorte de nascimento de 2004 para o SUS

Coordenador: Iná da Silva dos Santos (Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia)

 

RESUMO: Os objetivos do projeto são determinar a frequência e os fatores de risco dos transtornos mentais e do consumo de tabaco e álcool no início da adolescência (11 anos de idade), avaliar o comprometimento das funções executivas nos indivíduos com transtornos mentais e em aqueles que referem consumo de tabaco e álcool e elucidar o papel mediador das funções executivas nas associações entre os determinantes precoces e os transtornos mencionados. Serão avaliados aproximadamente 3600 adolescentes que pertencem a uma coorte brasileira de base populacional e que vêm sendo acompanhados, sempre com altas taxas de resposta, em intervalos regulares desde o nascimento. Os resultados do presente projeto contribuirão para delinear recomendações e desenvolver estratégias preventivas para reduzir os problemas de saúde mental na adolescência e suas consequências médicas e sociais na vida adulta.