Como não é segredo pra ninguém, eu sou completamente apaixonada pelo universo magico de Harry Potter, e depois de tanto pensar cheguei ao questionamento “porque não usá-lo?”.
Minha ideia inicial foi recontar os principais fatos da saga já conhecida, porém trazendo para o centro a melhor amiga de Harry, Hermione. Aos que não sabem em 2018 estreou em Londres a peça teatral “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada”, que narra acontecimentos envolvendo o filho do meio de Harry. No elenco, a atriz africana/britânica Noma Dumezweni, uma mulher negra, foi a escolhida para viver Hermione, fato que gerou muita comoção (positiva e negativa) e acabou quando a autora resolveu se posicionar dizendo que “nunca havia descrito se a personagem era branca ou negra”. Era com esse viés que eu queria trabalhar ao trazer a personagem ao centro da história, uma menina negra que foi peça chave para a salvação do mundo bruxo.
Mais alguns dias pensando e cheguei a outro questionamento “Por que ela se temos outras personagens negras e menos conhecidas? Por que lá na Europa se temos tudo isso aqui no Brasil?”. Também já foi publicado pela autora que o universo mágico é imenso e obviamente inclui o Brasil, ou seja, Castelobruxo e Benedita (assim como a escola africana que menciono, Uagadou) não são criações minhas, elas fazem parte do universo oficial. O que eu criei foi a história de Benedita, a qual ainda não tivemos acesso. Só sabemos que ela foi a diretora da escola e nada mais. Os pais dela e sua vinda para o Brasil, sua trajetória na escola e suas habilidades foi o que acrescentei.Quanto ao formato da minha contação, também mantive a ideia do mundo mágico, tomando como inspiração os programas de rádio mostrados no universo expandido, trazendo junto um pouco do “mundo trouxa” (não mágico) com a ascensão dos youtubers.Foi prazeroso pra mim realizar a atividade, pois misturou muitas coisas que eu gosto e me divirto fazendo. E fiquei muito feliz em saber que a turma gostou do trabalho.