Coleta e Remessa de Amostras

A coleta de amostras para envio ao laboratório deve contemplar alguns cuidados básicos como assepsia, quantidade, identificação, armazenamento e transporte.

  • Histórico:
    1. As amostras devem ser acompanhas dos dados de anamnese (histórico do caso, morbidade, mortalidade, achados patológicos, etc.), suspeita clínica, informações sobre o proprietário e a propriedade, Médico Veterinário requisitante com telefone e e-mail para contato, e outras informações julgadas pertinentes.
  • Identificação:
    1. As amostras devem ser identificadas individualmente com rótulo legível e sem risco de desprendimento;
    2. Para cada animal ou tipo de amostra utilize frasco ou embalagem exclusiva.
  • Coleta:
    1. Utilizar material estéril (agulhas, seringas, tubos para coleta) e embalagens higienizadas;
    2. Evitar contaminação das amostras com sujidades, fezes ou restos de alimentos;
    3. A coleta de órgãos ou fragmentos deve ser realizada logo após a morte do animal;
    4. Tecidos ou secreções para isolamento viral devem ser mantidos sob refrigeração (4 oC);
    5. Tecidos para imunoistoquímica devem ser fixados em formol 10% (uma parte de formaldeído 37 a 40% e nove partes de água) numa proporção de uma parte de tecido e 10 partes de formol.
  • Transporte:
    1. O material coletado deve ser remetido em caixa térmica de isopor com gelo reciclável, não utilizar cubos de gelo soltos ou em sacos plásticos. Como opção utilizar garrafas plásticas com água congelada no seu interior, fechadas com tampa rosca;
    2. As amostras devem ser colocadas em saco plástico lacrado com fita adesiva, para evitar contato com a água (umidade);
    3. Os espaços vazios dentro da caixa de isopor devem ser preenchidos com papel jornal;
    4. Inclua na caixa de isopor, o histórico do caso com a identificação do Proprietário e do Médico Veterinário com as respectivas informações para contato, em saco plástico lacrado;
    5. A caixa de isopor deve ser vedada com fita adesiva e conter no seu exterior as informações do remetente e do destinatário;
    6. Preferencialmente, envie as amostras nas segundas-feiras, fique atento aos feriados e finais de semana.
  • Outras informações:
    1. Tubos sem anticoagulante para coleta de sangue, após a coleta deixar os tubos levemente inclinados à temperatura ambiente por duas horas para formação do coágulo, após transferir o soro para frascos tipo Eppendorf®. O soro pode ser congelado no freezer e armazenado por meses, evite enviar os tubos com coágulo e nunca congele o sangue com o coágulo, haverá hemólise;
    2. Tubos com anticoagulante para coleta de sangue, o sangue total é utilizado para isolamento viral e imunodiagnóstico, o sangue deve ser mantido sob refrigeração, não deve ser congelado;
    3. A coleta de secreções deve ser realizada através de swabs estéreis e acondicionados em frascos tipo eppendorf® com meio de transporte tamponado, com pH 7,2-7,4, fornecido pelo laboratório, preferencialmente.