Você sabe para quê serve a taxa SELIC?

Por Yasmin Benedetti

 

O SELIC, Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, é responsável por delimitar o índice no qual os juros cobrados se determinam, a chamada “taxa básica da economia”, ou seja, a menor taxa de juros possível de se operar no sistema, geralmente utilizada por quem realiza grandes transações. O Banco Central do Brasil utiliza o índice como instrumento de política monetária para consolidar as metas estabelecidas pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Portanto, a taxa é utilizada para operações de curto prazo entre bancos.

            De acordo com o Banco Central, o SELIC seria “um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais de emissão do tesouro nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações com esses títulos”, sistema de custódia de títulos e liquidação de operações, além de negociações eletrônicas de títulos, e mais.

            É a partir da SELIC que se formam as demais taxas de juros do país, afetando o: cheque especial, crediário, cartões de crédito e até mesmo a poupança. Em geral quanto maior a SELIC, maior os rendimentos na poupança, ou seja em aplicações de renda fixa. Contudo, quando o Banco Central reduz a SELIC a queda pode demorar a ser sentida, pois os bancos podem tirar a diferença também por meio de juros, impostos, como no Imposto sobre Operações de Crédito (IOF). Portanto, quando o banco faz um empréstimo ele é realizado a uma taxa acima da SELIC, visando obter o lucro.

            Segundo a corretora de imóveis, Hellen Borges, a taxa SELIC influência em todos os tipos de negociações, beneficiando todas as áreas, pois quando aumenta, respectivamente sobe a taxa de juros na compra de automóveis, imóveis, etc. Com este acréscimo, as pessoas perdem seu poder de consumo. No caso dos imóveis, com a elevação dos juros do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), as pessoas param de comprar, devido ao aumento da taxa, dificultando a obtenção do crédito para dar entrada no imóvel, além do seu valor ficar mais caro em consequência da inflação, com exceção de imóveis do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida.

“O governo no momento está freando a econômica e desta forma está quebrando o país, estão aumentando os impostos e reduzindo o financiamento”, ressalta a corretora.

Quando o Banco Central aumenta a taxa SELIC, significa diminuir a liquidez, ou seja, diminuir a quantidade de dinheiro que circula no mercado. Se a taxa estiver alta, há grande circulação de dinheiro, se estiver baixa, é porque existe uma falta de dinheiro, e com pouco volume os juros sobem. Quando se consome mais do que se produz, ocorre um aumento da inflação, por exemplo, quando há a falta de algum produto no mercado, há o aumento no preço desta mercadoria, é a chamada lei da oferta e demanda. Para controlar esta inflação, é aumentada a taxa SELIC, assim é feito o controle do consumo de determinado produto.

No site da Receita Federal é possível checar ainda a taxa de juros acumulados e a de juros incidente sobre as quotas do imposto de renda de pessoa física, importante para aqueles que desejam realizar futuros investimentos. Mais informações podem ser checadas no site do Banco Central do Brasil.

Links:

Manual de uso do SELIC, site do Banco Central do Brasil

Tabela das taxas SELIC dos últimos anos, site da Receita Federal

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