Visões antagônicas da política pelotense

Por: Luís Artur Janes Silva

Nas eleições municipais deste ano, dois candidatos representam atitudes opostas em relação à visão de como fazer política. De um lado está José Anselmo Rodrigues, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), o caudilho populista, digno seguidor da cartilha getulista ou brizolista, tão atrelada à imagem do “pai dos pobres”. Do outro lado, vemos o surgimento de uma nova liderança, que enxerga o modo de fazer política tradicional como algo negativo. Jurandir Silva, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) é o representante desta política diferente.

Anselmo Rodrigues, duas vezes prefeito de Pelotas, pretende voltar ao executivo municipal ancorado numa política de cunho social e assistencialista. Líder de uma coligação formada por 8 partidos, Anselmo não tem medo de fazer alianças com o Democratas (DEM) ou Partido Progressista (PP). Para ele, o que interessa é sair vitorioso na campanha e, mais uma vez, fazer valer sua imagem de protetor dos desvalidos da sociedade.

As principais propostas de Anselmo são transformar a Guarda Municipal em órgão de segurança pública, implementar o saneamento básico que aumente o volume de coleta e de tratamento de dejetos, valorizar cada vez mais o empreendedorismo, o cooperativismo e as pequenas empresas. Mas seu carro-chefe é oferecer melhores condições para o bom funcionamento da saúde pelotense e a ênfase na escola de tempo integral.

Enquanto isso, o candidato do PSOL, Jurandir Silva, pretende repetir a dose em 2016 e ser mais uma vez o fenômeno eleitoral que arrebatou corações e mentes quatro anos atrás e alcançou uma surpreendente e histórica votação no pleito municipal. Mais maduro, Jurandir demonstra que está preparado para enfrentar os desafios que o novo prefeito de Pelotas terá assim que assumir o cargo, no dia 1º de janeiro de 2017.

Jurandir tem como eixos centrais de sua campanha o respeito pelas manifestações culturais populares, o fortalecimento econômico da Zona Rural de nosso município, a universalização do conceito de acessibilidade e o apoio incondicional aos movimentos de afirmação social dirigidos para mulheres, negros e comunidades LGBT.

Assim, ao escolher o lado dos pobres na sua luta política, Jurandir parece querer marcar definitivamente o seu nome como uma alternativa aos políticos tradicionais, tornando-se um porta-voz dos anseios mais profundos da população mais simples de nossa cidade.

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