Tunados e rebaixados para elas
A cada dia que passa, o número de mulheres com carros no chão só vem a crescer. Em Pelotas não é diferente.
Desde que o Conselho Nacional de Trânsito (CONATRAN) legalizou a prática de rebaixar os carros, no dia 26 de agosto de 2014, dentro dos limites previstos na resolução nº479, de 20 de março de 2014, foi possível notar com frequência o grande número de carros baixos no trânsito.
Dentre as determinações previstas CONATRAN estão a altura mínima do veículo em relação ao solo – que deve ser de 100mm –, o uso de suspensão fixa ou regulável, além disso, as rodas e pneus não podem sofrer contato com a lataria em nenhum ponto no teste de; E todas as modificações realizadas no automóvel devem constar no documento.
É sabido que carros baixos viraram paixão em todo o país. Para aqueles que pensam que baixar o carro é coisa de homem, estão muito enganados. As mulheres já vêm revolucionando o mercado de tunados e rebaixados pelo Brasil inteiro e na região sul não é diferente. Daniela Bachinski, 27 anos, colocou seu primeiro carro no chão ao 19 anos – este com suspensão a ar – além, é claro, de som e roda. Desde então, todos os outros carros que adquiriu passaram pelo processo.
A jovem conta que sua paixão é movida não só pela estética, mas também pela consciência no trânsito. Daniela acredita que quem possui carros rebaixados têm mais consciência no trânsito, pois, muitas vezes, não querem danificar o veículo e, por conta disso, desviam de buracos e não se permitem correr.
Há sete anos em um Relacionamento com Roger Farias – proprietário da Seco Custom, uma das mais conceituadas oficinas de suspensão da cidade de Pelotas – Daniela tem o suporte necessário para que seu Honda Civic, ano 2008, fique da maneira que ela deseja. Ela garante, ainda, que seu carro está em processo de transformação e que logo estará do jeitinho que ela gosta, rebaixado e tunado.
Já Verônica González herdou o amor por automóveis de seu pai, que trabalha no segmento há 32 anos. Desde os 15 anos, ela ajuda seu pai e seu amor por carros baixos vem desde então. Aos 18 anos, já habilitada, a jovem Verônica dava suas primeiras partidas e, claro, com seu veículo com suspensão. Aos 25 anos, ela já possuiu dois carros da marca Volkswagem, ambos vermelho (sua cor predileta) e baixos. Junto de seu noivo Ricardo, proprietário da empresa Castro Car, ela compartilha o gosto por andar de carro no chão. As visitas a encontros do segmento são frequentes e ela sempre exibe seu Golf, ano 2011, baixo por onde passa.
Tanto Daniela, quanto Verônica são provas de que as mulheres estão entrando de cabeça no universo automotivo.