Sexo, Sangue & Realeza: uma série para mulheres que vivem à frente do seu tempo

A série apresenta uma nova versão sobre a vida de Ana Bolena, a rainha que provocou um divórcio real e tinha ideais reformistas

Amy James-Kelly interpreta Ana Bolena na série. / Foto: Reprodução Netflix

Por Marianna Bertoldi / Em Pauta

Neste mês de março, especificamente no dia 8, comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Relacionando com essa data importante para a luta das mulheres, a série “Sexo, Sangue & Realeza” traz a história de Ana Bolena, uma figura feminina que viveu muito à frente do seu tempo. 

A minissérie Sexo, Sangue & Realeza, lançada em 2022 e disponível na plataforma Netflix, contém uma temporada com apenas três episódios que retratam a vida de Ana Bolena, a segunda esposa do Rei Henrique VIII da Inglaterra, em meados de 1530. A obra é estrelada pelos atores Amy James-Kelly e Max Parker.

Torre de Londres, local onde Ana Bolena foi decapitada. / Foto: Marianna Bertoldi

Ana Bolena sempre foi vista como uma figura polêmica, e nesta série, podemos ter uma visão mais detalhada sobre sua vida e seu romance com o rei até o momento da sua decapitação. Durante os episódios, a série também traz historiadores que atuam como comentaristas de cenas e apontam curiosidades e fatos reais.

Somos envolvidos pelo romance entre Ana e o rei. Ela consegue o convencer de se divorciar da Rainha Catarina para casar-se com ela, algo que a igreja católica não era a favor. Essa é apenas uma de suas atitudes revolucionárias. Esta mulher foi importante justamente por não pensar como a maioria na sua época. Além de ser a favor do movimento do divórcio, ela também defendeu outras ideias reformistas, como a tradução da Bíblia para o inglês.

Após anos de muita espera, ela e Henrique VIII finalmente casaram-se. Bolena é então coroada rainha, engravida e tem sua primeira e única filha, Elizabeth. No último capítulo podemos ver o amor dos dois monarcas esfriando, conforme as tentativas de dar um herdeiro ao rei falhavam e a tensão religiosa aumentava. Em maio de 1536, Bolena é decapitada na Torre de Londres após falsas acusações de adultério e infidelidade. O próprio rei, que tanto batalhou para casar-se com ela, foi quem a condenou. 

Bolena morreu injustamente, mas sua filha, Elizabeth I, respeitou o legado de sua mãe e foi uma das rainhas mais populares da Inglaterra, governando o trono inglês por mais de 40 anos.

A série é realmente dinâmica, uma boa recomendação para aqueles que têm interesse na história da monarquia europeia e mulheres revolucionárias. Fica a dica para quem quiser assistir o filme “Elizabeth”, de 1998, e entender ainda mais sobre a história dessas duas mulheres, mãe e filha, que foram tão revolucionárias na história do mundo. 

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