Resenha do filme “O Protetor”

Por Graça Vignolo de Siqueira

Sinopse:
“Robert McCall (Denzel Washington) é um homem que deixou para trás o seu misterioso passado e agora se dedica a uma vida nova e tranquila. Tem uma rotina diária e em função dela faz amizade com Teri (Chlöe Grace Moretz), jovem prostituta controlada por um grupo de gangsteres russos ultraviolento. Quanto mais conversa com Teri menos indiferente fica a sua situação. Armado com as suas capacidades secretas que lhe permitem vingar qualquer ataque aos desprotegidos, McCall abandona seu retiro e descobre que o desejo de justiça se mantém vivo.”

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Denzel Washington como Robert McCall
Foto: Divulgação

Talvez a nova geração nem saiba quem foi Charles Bronson, mas se pesquisar vai descobrir que McCall repete o que deve ter aprendido com ele. Dirigido por Antoine Fuqua, que esteve por trás de Dia de Treinamento também com Denzel, além de Atirador, Atraídos Pelo Crime e o ótimo Invasão à Casa Branca, esse é um filme fácil da gente gostar.

McCall é um homem pacato, anda sempre sozinho, dorme e acorda sempre a mesma hora. Come sempre no mesmo lugar, escolhe a mesma mesa sempre e no mesmo horário. Pode-se dizer que sofre de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), pois talhares ficam do mesmo jeito, o copo, o chá que leva enrolado ao bar, os livros que lê em sequência. Tem amigos no trabalho e se preocupa com eles, além de ajudar, nas horas vagas, ao colega que pretende conseguir uma vaga de segurança.

Até que encontra Teri e passa a dividir com ela alguns momentos de insônia, num bar. Ele observa, ela resolve desabafar. É apenas uma menina, mas tão desolada e só, que ao descobrir que Teri trabalha para um cafetão da máfia russa, McCall se aproxima mais e mais, até não conseguir ficar apenas assistindo.

E aí começa a ação. Após a primeira meia hora de filme, que é apenas uma apresentação do personagem. Por isso não desista rápido demais. O misterioso homem solitário vai atrás dos russos que ameaçam Teri e mal lhes dá tempo de revidar. Sozinho bate em todos sem sequer sair machucado cronometrando tudo.

A partir daí espere um filme violento, com muito sangue e cenas inesperadas, como um saca-rolha sendo usado como arma mortífera. É o velho Charles Bronson fazendo justiça com as próprias mãos. A plateia torce por Robert, afinal precisamos urgente de justiceiros e homens que protejam aqueles que estão desamparados.

É claro que ele sabe aonde se meteu e até onde deve ir para exterminar todos os que não prestam da história. Mas eles não sabem quem ele é e nem o que os espera. E por essa razão o filme é bom de assistir, pela expectativa que se cria de como Robert pegará o próximo da lista. Vá sem medo e aguarde os bons momentos que virão. Quanto à Chlöe, faz um personagem de importância na trama, mas bem secundário na tela.

O filme está em sua segunda semana no Cineflix do Shopping Pelotas e a gente sai com a impressão de que O Protetor terá continuação. E pelo que consta, os estúdios deram sinal verde para uma sequência do filme. Eu, com certeza estarei lá. Nota 9,5.

Protetor

Foto: Divulgação

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