Políticos da Região Sul se unem contra aumento nas tarifas dos pedágios
Vereadores de Rio Grande e Pelotas participaram de uma manifestação no pedágio do Capão Seco na tarde de quinta-feira (3).
Por Vitor Porto
Na tarde de quinta-feira (3), políticos da Região Sul participaram de um protesto contra o reajuste de 23,5% nas tarifas dos pedágios que integram o Polo Rodoviário de Pelotas. A manifestação ocorreu na Praça de Pedágio do Capão Seco, entre Rio Grande e Pelotas.
Vereadores e vereadoras de todos os partidos políticos estavam presentes, inclusive políticos de Pelotas.
O vereador Luka (MDB), proponente da redução da tarifa, ressaltou que os valores diminuem a competitividade do Porto do Rio Grande, ele lembrou que os pedágios em Santa Catarina, especialmente os localizados na BR-101 que dão acesso ao Porto de Itajaí, custam quatro vezes menos em relação aos pedágios da nossa região.
O deputado Daniel Trecziak, reeleito nas últimas eleições, já entrou com um pedido de suspensão contra o aumento no TCU. Ele chegou a classificar o aumento como “assalto à população”. O deputado ainda afirmou que o aumento não afeta apenas os proprietários de veículos e caminhões que transitam pela rodovia, mas que o valor do pedágio atrasa o desenvolvimento da Região Sul do Estado, afastando novos empreendimentos.
“Ninguém mais aguenta pagar o preço do retrocesso. Nós temos aqui o pedágio mais caro do Rio Grande do Sul. Todos nós pagamos esse preço, o preço da falta de emprego, da falta de oportunidade, o preço na prateleira do supermercado”.
Na terça-feira a Ecosul anunciou o novo reajuste que passou a valer a partir de quinta-feira (3)
Em acordo entre a EcoSul e a Agência Nacional dos Transportes (ANTT) anunciaram um reajuste no valor da tarifa das praças de pedágio na BR-116 e BR-392. Incluindo o pedágio entre Rio Grande e Pelotas e Porto Alegre.
Esta é a terceira tentativa de aumento deste 2020. Nas outras vezes, o Tribunal de Contas da União (TCU) havia barrado o aumento por contestar pontos no contrato de concessão das rodovias.
Porém, a ANTT concedeu o aumento de 23,5% por entender que esses itens contestados poderiam ser isolados do contrato, permitindo o aumento dos atuais R$12,30 para R$15,20.
