No que diferem as seleções de Dunga e Felipão
Por Mateus Bunde
O 7×1 para a Alemanha derrubou o gaúcho de Passo Fundo, Luiz Felipe Scolari, do comando da Seleção Brasileira. Coube a outro gaúcho voltar a assumir o banco de reservas da seleção canarinho. Carlos Caetano Biedorn Verri, o Dunga, que, desde a fatídica derrota para a Holanda, nas quartas-de-finais da Copa do Mundo de 2010, deixou a Seleção para o comando do, também gaúcho, Mano Menezes.
Os gaúchos parecem ser os preferidos da CBF para o comando técnico da seleção pentacampeã do mundo. Felipão assumiu a Seleção em 2012 com o objetivo de conquistar o hexa como país-sede. Não veio. Para seu lugar, Dunga chegou com um retrospecto de respeito no comando da amarelinha. Foram 60 jogos, com 42 vitórias, 12 empates e apenas 6 derrotas na primeira passagem pela CBF. Mas, o que mudou e o que poderá mudar nessa “nova” seleção comandada por Dunga.
Mescla dos jovens e primeiras oportunidades
Rafael Cabral, Fabinho, Danilo, Marquinhos e Coutinho. Novos nomes. Meninos que não figuravam muito nas listas de Scolari – como alguns que nem figuravam – e, agora, parecem proporcionar esperanças à diversos outros meninos brasileiros que jogam no Brasil e no exterior.
Fabinho é o melhor exemplo. Pouco conhecido no Brasil, o lateral-direito do Mônaco-FRA, de apenas 20 anos, rumou cedo para terras espanholas. Revelado no Fluminense, foi vendido para o Real Madrid no início de sua carreira. Sua alta estatura e força física, aliados à velocidade, fizeram com que o lateral fosse lembrado para substituir Maicon (cortando da seleção por indisciplina), ao qual possui características semelhantes.
Uso de um centro-avante de movimentação
Tardelli e Goulart são os típicos jogadores que combinam força física à movimentação, além de um faro de gol apurado. Diferentemente do que Felipão priorizava, a Seleção de Dunga parece ter uma característica utilizada comumente na Europa: um centro-avante que participe ativamente do jogo, saia da área e marque pressão quando o zagueiro estiver com a bola.
Um olho no Brasil
Jefferson, Gil, Elias, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Diego Tardelli. Mais de meio time veio do Campeonato Brasileiro. O olho grande para jogadores do Campeonato Nacional pode refletir numa seleção mais caseira, reproduza a característica do futebol praticado no país, mesclando, é claro, com o futebol praticado pelos jogadores que jogam no estrangeiro.