Entre cartazes e guarda-chuvas: o dia 30 de maio foi de manifesto
Por Nágila Rodrigues
O Largo do Mercado Público de Pelotas recebeu, pontualmente, às 15h, de uma tarde fria e chuvosa, centenas de pessoas unidas, mais uma vez, por um único propósito: manifestar sua insatisfação contra as medidas de corte na educação, estabelecidas recentemente pelo governo Bolsonaro.
A multidão aglomerou-se, entre cartazes e guarda-chuvas, para ouvir aqueles que desejavam expor sua história, sua desaprovação e indignação com as atitudes autoritárias tomadas pelo atual governo. O microfone foi aberto para quem quisesse falar. Foi possível ouvir representantes de sindicatos, alunos de graduação e pós-graduação, secundaristas e, até mesmo pessoas não ligadas à instituições de ensino, somaram forças à luta dos estudantes, propondo unificação das causas, ao chamarem a atenção para o retrocesso que a atual proposta de reforma da previdência provocará.
O desmerecimento da educação e descaso com a saúde fere os direitos humanos, e o governo Bolsonaro está indo por um caminho tortuoso neste aspecto. Promovendo sucateamento de instituições públicas de ensino e defasagem no Sistema Único de Saúde, pautas lembradas durante a tarde de hoje. Outro momento importante do ato desta quinta-feira, foi a cobrança de um posicionamento firme, da prefeita Paula Mascarenhas, e também do governador, Eduardo Leite.
De acordo com os populares, não há mais tempo para neutralidade, ou meias palavras de apoio, o lugar da prefeita é na rua junto com o povo, ao lado dos estudantes, principalmente pelo fato dela pertencer a classe de professores. Para quem não sabe, Paula integra o quadro de professores adjunto da Universidade Federal de Pelotas.
Após expostos todos os questionamentos e reivindicado todos os direitos, o ato continuou em forma de passeata pelas ruas da cidade. A chuva não impediu que o dia 30 de maio, em Pelotas, fosse de luta.
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