Efeitos do “made in china” refletem no bolso do brasileiro
Por Marina Corrêa
Se analisarmos as etiquetas dos produtos que adquirimos, podemos perceber que a maioria deles tem origem chinesa. O aumento da importação e a competição desigual nos preços dessas mercadorias estão fazendo com que indústrias brasileiras fechem, causando o desemprego de milhares de funcionários.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados obtidos em setembro de 2014 revelam uma queda de 2,9% na produção industrial, desde o início do ano, com relação a 2013. Isso demonstra uma considerável diminuição na produção de produtos nacionais e esclarece o porquê do volume de desemprego no setor, que de acordo com o instituto, segue crescendo.
Imagem: Reprodução Aliexpress.
Uma das vantagens para o consumidor, ao adquirir produtos de origem chinesa é o preço baixo. As compras online permitem o contato direto com o vendedor, fazendo com que esse valor seja ainda menor. Em um site da China, por exemplo, uma calça jeans pode ser adquirira por apenas U$12 dólares (cerca de RS33), incluindo o frete. No entanto, o prazo de entrega costuma se de 90 dias. Já num site brasileiro, uma calça semelhante custa em torno de 190 reais. Convertendo o valor da calça importada, com base no dólar atual, essa diferença chega a, aproximadamente R$150.
De acordo com a Força Sindical, “a importação brasileira é a segunda que mais cresce no mundo”, ficando atrás apenas de Hong Kong. O aumento de 7%, com relação ao ano de 2012, deixou o Brasil na colocação de 21º país que mais importa. Além disso, o país é considerado um dos que menos exporta produtos.
Somente neste ano, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil já importou cerca de 194 bilhões de dólares contra 192 bilhões em exportação. A variação indica um saldo negativo na casa dos dois bilhões. Esses fatores fazem com que o país perca dinheiro, ocasionando assim, o chamado déficit na balança comercial.
