Djokovic reencontra as boas atuações e vence o Masters 1000 de Madri

Djokovic comemora a conquista do Masters de Madri. Imagem: Oscar Del Pozo/AFP.

Neste domingo (12), tivemos a final do Masters 1000 de Madri, o quarto torneio desta série na temporada, que marca o início da reta final de preparação ao Aberto de Tênis da França (Roland Garros), que é o principal evento do tênis mundial em quadras de saibro (terra batida). Disputado desde 2002, o Masters madrilenho consagrou Rafael Nadal como seu maior campeão (5 títulos). Mas neste ano, o ídolo local foi desclassificado na fase semifinal e a decisão teve a presença do algoz de Nadal, o grego Stefanos Tsitsipas, que acabou perdendo a final para Novak Djokovic, número um do mundo.

O sérvio, que vinha sendo irregular desde a conquista do Australian Open, voltou a mostrar a sua melhor forma e bateu o grego por dois sets a zero, com parciais de 6-3 e 6-4.

 

DESTAQUES DO MASTERS 1000 DE MADRI

O Masters 1000 de Madri contou com a volta do mito Roger Federer às quadras de saibro. Afastado da terra batida desde 2016 e sem comparecer ao torneio da capital espanhola nas últimas três edições, o suíço, que é dono de três troféus do campeonato (2006, 09, 12), prepara-se para voltar a disputar Roland Garros. Além disso, este Masters marcou a despedida do espanhol David Ferrer do circuito mundial do tênis. Ex-Top 10, Ferrer caiu na segunda rodada, derrotado pelo alemão Alexander Zverev, que defendia o título e massacrou o ídolo local, impondo dois sets a zero com relativa facilidade (6-4 e 6-1).

Este Masters contou com a participação de 56 tenistas, que disputaram seis fases. Quatro dos oito tenistas que entraram direto na segunda fase formaram o seleto grupo dos semifinalistas do torneio. Assim, na primeira fase, tivemos como grande destaque, o duelo entre as duas jovens revelações canadenses do tênis. Félix Auger-Aliassime bateu Denis Shapovalov em sets diretos e passou adiante. Além deste jogo, vale lembrar que o búlgaro Grigor Dimitrov e o belga David Goffin seguem ladeira abaixo, perdendo seus confrontos iniciais para Taylor Fritz (EUA) e Marton Fucsovics (HUN), respectivamente. Enquanto isso, Guido Pella seguiu seu caminho ascendente e bateu o russo Daniil Medvedev de virada, e David Ferrer estreou bem no seu torneio derradeiro e ganhou do compatriota Roberto Bautista Agut.

Na segunda fase, um cabeça de chave cai logo na estreia. O argentino Juan Martin Del Potro, após longo período de inatividade, voltou às quadras, mas acabou perdendo para o sérvio Laslo Djere, dois sets a um, com parciais de 3-6, 6-2 e 7-5. Enquanto isso, os gigantes Novak Djokovic e Roger Federer começam a competição sem sobressaltos. Djokovic bateu Taylor Fritz em sets diretos (6-4 e 6-2) e Federer despachou o francês Richard Gasquet, também em duas parciais (6-2 e 6-3).

Na fase seguinte, tivemos as oitavas de final do torneio, momento em que o funil estreitou-se e fez alguns estragos sensíveis. Uma das despedidas prematuras foi a do italiano Fabio Fognini, vencedor de Monte Carlo, que cruzou no caminho do austríaco Dominic Thiem, campeão de Indian Wells, mas que também é especialista no saibro. Thiem aplicou dois sets a zero (6-4 e 7-5) e seguiu adiante. Já o suíço Stanislas Wawrinka despachou o japonês Kei Nishikori, ganhando dois sets, com parciais de 6-3 e 7-5.

Nas quartas de final, Rafael Nadal, que havia batido Félix Auger-Aliassime na segunda rodada, esmagou Wawrinka, que joga bem no saibro. O espanhol aplicou parciais de 6-1 e 6-2, mandando o suíço para casa. Enquanto isso, Tsitsipas, que havia conquistado o ATP 250 de Estoril (Portugal) na semana anterior, enfrentou e venceu o alemão Alexander Zverev, que confirma não estar em grande momento. O jogo acabou dois sets a um para o grego, com parciais de 7-5, 3-6 e 6-2.

Já Dominic Thiem conseguiu triunfar mais uma vez sobre Roger Federer, assim como tinha acontecido na final de Indian Wells. O austríaco aplicou dois sets a um no suíço, que teve duas oportunidades para fechar a partida, mas acabou desperdiçando. Saldo final da participação de Federer no saibro madrilenho, duas vitórias em três jogos e a certeza de que precisa de um ritmo melhor para ser novamente um tenista competitivo neste piso. Para o futuro campeão, as quartas de final não existiram. Isto aconteceu porque o adversário de Djokovic, o croata Marin Cilic, teve intoxicação alimentar e sequer entrou em quadra.  

Na fase semifinal, Nadal foi derrotado pela terceira vez consecutiva nesta etapa de uma competição, e em quadras de saibro. Depois de ser eliminado em Monte Carlo e Barcelona, o espanhol foi batido pelo grego Stefanos Tsitsipas, mesmo atuando em Madri. Tsitsipas que já havia derrotado o francês Adrian Mannarino e o espanhol Fernando Verdasco, conseguiu vencer Nadal por dois sets a um (6-4, 2-6 e 6-3). No outro lado da chave, Djokovic travou uma batalha épica contra Thiem, craque do saibro e vice-campeão nas duas últimas edições do Masters. O sérvio venceu os dois sets por 7-6 e garantiu a vaga na final.

 

A FINAL

Na final, Djokovic não teve dificuldades para bater Tsitsipas. No set inicial, o sérvio começou quebrando o serviço do grego e abriu três games a zero. Depois disto, apenas confirmou os seus serviços e fechou em 6-3.

Já o segundo set foi um pouco mais equilibrado e permaneceu assim até o nono game, quando Novak Djokovic quebrou o saque de Tsitsipas, mas teve um certo trabalho para fechar o jogo, conseguindo sucesso na quarta tentativa. Com esta vitória, Djokovic conquista o Masters de Madri pela terceira vez. Antes disso, havia ganho em 2011 e 2016. Cabe ressaltar que esta foi o 74º título da carreira do sérvio.

 

MASTERS 1000 DE MADRI PARA OS BRASILEIROS

A participação brasileira em Madri terminou nas quartas de final da competição. Marcelo Demoliner, que na semana passada havia sido vice-campeão em Munique, ao lado do indiano Divij Sharan, teve a companhia de Daniil Medvedev no Masters. Abandonaram a disputa quando enfrentavam os futuros vencedores do torneio, o romeno Horia Tecău e o holandês Jean-Julien Rojer.

Bruno Soares e Jamie Murray perderam para Stefanos Tsitsipas e Wesley Koolhof (HOL) em sets diretos (6-2, 7-6). Já Marcelo Melo e Lukasz Kubot, campeões do Masters em 2017, não resistiram aos bons simplistas Guido Pella (ARG) e João Sousa (POR), que triunfaram por dois sets a zero (6-2, 6-2).

Na final, Tecău e Rojer, especialistas nas duplas, bateram os simplistas Dominic Thiem e Diego Schwartzman, num interessante duelo de múltiplas possibilidades. A vitória dos especialistas foi em sets diretos (6-2 e 6-3).

 

MASTERS 1000 DE MADRI – NAIPE FEMININO

Na chave feminina de simples, a holandesa Kiki Bertens, sétima jogadora do mundo, venceu a romena Simona Halep na final, aplicando 6-4 e 6-4. Bertens teve triunfos importantes antes de chegar na decisão, sobretudo quando bateu a letã Jelena Ostapenko, a estadunidense Sloane Stephens, número 8 do mundo, e a tcheca Petra Kvitova, segunda do ranking.

Nas duplas femininas, Hsieh Su-Wei (Taipé) e Barbora Strýcová (TCH), faturaram o título ao vencer Yi Fan (CHI) e Gabriela Dabrowski (CAN), em sets diretos, com parciais de 6-3 e 6-1

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