Brasil volta a vencer e espera o início do trabalho de Gilmar Dal Pozzo

Marcelo Pitol, o destaque do Brasil

Por Luís Artur Janes Silva

Quinta-feira, dia 21 de junho, véspera do segundo compromisso da seleção brasileira na Copa do Mundo. Enquanto isso, o Brasil de Pelotas entra em campo para mais um jogo válido pelo Campeonato Brasileiro da Série B. O adversário do Xavante foi o Criciúma, do vizinho estado de Santa Catarina, penúltimo lugar da competição e uma posição abaixo do rubro-negro da Baixada. O resultado final, 1×0, terminou com o jejum de quatro jogos do Brasil na Segundona nacional.

A ansiedade pairava na fria noite pelotense, pois o Brasil jogava pela primeira vez sem o comando do técnico Clemer, que treinou o Xavante por quase um ano e fora demitido após a derrota diante do Fortaleza. A direção rubro-negra agiu rápido e contratou Gilmar Dal Pozzo, mas enquanto o ex-goleiro não assume a equipe, coube ao ex-centroavante Gustavo Papa a função de dirigir o Brasil.

O JOGO

O primeiro tempo da partida entre os desesperados Brasil e Criciúma (os dois times estavam na Zona de Rebaixamento) foi muito ruim. Sem criatividade, as equipes abusaram da falta de objetividade e dos balões e justificaram as posições que ocupam na tabela de classificação do campeonato.

Papa mudou a disposição tática do Brasil, abandonando o 4-1-4-1 de Clemer e adotou o 4-2-3-1, retirando Calyson, Toty e Lourency do time e promovendo a entrada de Sousa, que juntou-se a Leandro Leite no sistema de contenção do meio-campo. Além de Sousa, tivemos a volta do contestado Valdemir e a efetivação do promissor Kaio como titular. Mossoró fechou a meia cancha, servindo como o jogador centralizado e responsável pela criação neste setor.

O técnico interino também deixou os laterais xavantes mais fixos na marcação. Com esta medida, Éder Sciola, o jogador mais regular do Brasil, não conseguiu juntar-se aos meio-campistas, tendo uma atuação discreta.

O primeiro tempo foi de uma pobreza franciscana em termos de futebol e o único lance de emoção ocorreu aos 19 minutos, quando Valdemir, que movimentou-se bastante, cobrou uma falta do lado esquerdo de campo, Leandro Camilo desviou de cabeça e abriu o marcador.

Apesar do gol, as maiores emoções da partida ficaram para o segundo tempo, quando Gustavo Papa recuou o time do Brasil, que ficou esperando o Criciúma e passou a apostar na tática do contra-ataque. Mas a ideia de Papa não funcionou porque o Brasil teve apenas duas chances na etapa complementar. Uma delas aos 3 minutos, quando Sciola arriscou subir ao ataque, cruzou e Luiz Eduardo concluiu perto, mas para fora do gol. Mais tarde, aos 18 minutos, Kaio fez grande jogada individual, fazendo fila de jogadores catarinenses e passando para Toty, que fechou para o meio e chutou da entrada da área, mas a bola foi para fora.

Enquanto isso, o Criciúma tinha o domínio territorial da partida, mas pouco ameaçou o Brasil até os 25 minutos da etapa final. Mas este cenário mudou quando o técnico Mazola Júnior promoveu a entrada dos atacantes Nikolas e Lucas Coelho, ex-Grêmio. A partir daí, a equipe da Terra do Carvão encurralou o Brasil, que foi ineficaz na tentativa de barrar as jogadas ofensivas do Tigre catarinense, mesmo jogando com uma linha de cinco defensores, após a entrada de William Machado.

Se a defesa levava sufoco, o ataque do Brasil inexistia, mesmo com as entradas de Toty e Lourency. Já o Criciúma partiu para o tudo ou nada depois dos 30 minutos de jogo. Marlon Freitas, o destaque do Tigre, perdeu dois gols seguidos, aos 32 e 33 minutos do tempo final. No primeiro lance entrou pela direita, chutou a bola, que desviou na zaga xavante e bateu na trave. Esta jogada originou o escanteio que foi parar na cabeça do mesmo Marlon, que concluiu na trave.

Mas o pior estava por vir, pois aos 35 minutos, o onipresente Marlon Freitas entra sozinho na área do Brasil, bate e Pitol faz milagre. Três minutos mais tarde, o atacante João Paulo deslocado pela esquerda, chuta colocado para outra grande defesa de Marcelo Pitol, que garante o resultado favorável para o Brasil.

Depois deste momento positivo do Tigre catarinense, o Brasil adiantou as suas peças, manteve o jogo restrito a intermediária e passou a administrar as tentativas de ataque do adversário. Após o apito final, Toty ressaltou as dificuldades que o Brasil teve nos últimos jogos, mas frisou que o time mostrou uma cara nova diante do Criciúma e que era necessário seguir com os pés no chão no restante do campeonato..

Enquanto isso, o goleiro Marcelo Pitol, o grande jogador do Brasil na partida,  destacou que tudo é difícil para o Xavante e que a torcida deve jogar com o time no decorrer da competição. Depois da vitória contra o Criciúma, o Brasil subiu de forma temporária para o 14º lugar na tabela de classificação com 13 pontos, mas é bom lembrar que ainda faltam seis jogos para o encerramento desta rodada. O Xavante volta a campo na próxima sexta-feira, dia 29 de junho, quando enfrentará o Atlético-GO, em partida que será realizada no estádio Olímpico Pedro Ludovico, na capital goiana. O jogo iniciará às 19:15 horas.

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