Alunos do curso de jornalismo da UFPel e UCPel promovem oficinas de comunicação social em ocupação escolar

Por Rayane Lacerda e Claudine Zingler

(Foto: Rayane Lacerda)

(Foto: Rayane Lacerda)

No dia 18 do mês anterior, alunos do curso de jornalismo das universidades Federal e Católica de Pelotas uniram-se para ministrar oficinas de comunicação social na escola Dom João Braga, ocupada pelos alunos do ensino médio desde a noite da do dia 16 de maio.

            Com a intenção de criar debates acerca do papel da mídia dentro de um contexto social, rodas de conversa foram montadas com a finalidade de desenvolver as ideias e construir o conhecimento mútuo entre os estudantes da escola e das universidades. Considerando o atual cenário político em que o Brasil se encontra, o tema foi interpretado como relevante pelo grupo, o qual se encantou com a maturidade e o senso crítico presentes nos ocupantes. A troca de informações também seguiu para os conceitos de autogestão, militância estudantil, manifestações populares e ideologias políticas, contando com diversos esclarecimentos feitos pela professora presente, Eunice Couto.

            Em sequência, os alunos foram divididos em dois grupos para o desenvolvimento das respectivas oficinas, sendo a primeira de texto jornalístico e mídias sociais, e a segunda de audiovisual.

Alunos da oficina de audiovisual ouvem atentos às regras de filmagem e fotografia (Foto: Rayane Lacerda)

Alunos da oficina de audiovisual ouvem atentos às regras de filmagem e fotografia (Foto: Rayane Lacerda)

Mais uma vez os ocupantes mostraram consciência diante as suas responsabilidades sociais, entre deveres e direitos, revelando um forte compromisso com as suas reivindicações e sua luta. Henrisson Costa, um dos estudantes do Dom João Braga que participou das atividades, afirmou que considera um absurdo o fato de que a verba para a merenda escolar é calculada de forma a somar R$ 0,30 por aluno matriculado. Outro motivo que levou à ocupação foi comentado e requerido: o funcionamento de uma biblioteca. Os ocupantes afirmam que não há um bibliotecário na escola e que por isso não podem retirar livros do local. Além disso, os alunos pedem a melhora da qualidade de ensino, o aumento e o não parcelamento do salários dos professores da rede.

            As oficinas terminaram em um almoço que foi preparado na própria escola por uma comissão de alunos do educandário. Ao final da manhã, uma lição de igualdade e uma certeza: a juventude é forte e capaz de transformar não só o ambiente em que convivem, mas também uma sociedade inteira.

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