Acredito que meu processo de mobilidade acadêmica começou muito antes de todo o planejamento, documentos e planos para realizar esse acontecimento. Sempre estive em contato com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) mesmo sem perceber, admirando e trabalhando em pesquisas com docentes da universidade, em workshops e palestras online.
Em 2020 nos vimos em meio a uma pandemia, onde tudo ficou incerto e assustador, e isso incluiu nossa carreira no turismo, foi onde me vi com certo medo, já que estava me aproximando metade final do processo de graduação. Assim, a mobilidade acadêmica surgiu para mim como uma forma de me impulsionar novamente na área, abrindo minhas perspectivas e tendo uma nova visão do que eu gostaria para minha carreira.
Em 2022, os processos para mobilidade acabavam de retornar nas universidades, e foi nessa oportunidade que me abracei como um motivador dentro do curso de turismo. Em conversa com o coordenador na época na UFPel, fui extremamente incentivada a realizar esse feito (obrigada, professor Fábio), e juntos desenvolvemos um planejamento para que pudesse finalizar a graduação na UFPR, já que estava nos últimos semestres.
Assim, fiz minha mudança para Curitiba em maio de 2022 para começar as aulas no mês seguinte. No início foram um turbilhão de emoções, tanto pela realização de uma vontade antiga, quanto pela ansiedade de conhecer minhas novas oportunidades e até mesmo o estranhamento por viver aulas presenciais novamente com colegas e professores que não conhecia.
Por fim, a experiência foi incrível, conheci pessoas que se tornaram meus grandes amigos, professores maravilhosos e tive a oportunidade de entender o que fazia sentido para minha futura carreira como turismóloga. Além disso, com o apoio da nova coordenadora do curso na UFPel (obrigada, professora Natalia), pude estender o meu tempo de mobilidade para que conseguisse fechar meus projetos na universidade. Nesse processo todo, entendi a área do turismo que me deixava feliz e me encontrei na pesquisa, vendo nascer em mim uma enorme empolgação por seguir estudando turismo.
A Universidade Federal de Pelotas foi muito importante na minha carreira, me mostrando o meu potencial no turismo, me apresentando pessoas e oportunidades, e unida à mobilidade acadêmica na Universidade Federal do Paraná, sinto que esse potencial foi confirmado novamente. Por isso, vejo as duas universidades como essenciais na minha vida, e não somente profissional, mas pessoal também, pois as descobertas pessoais foram infinitas.
Acredito que todo estudante precise passar por essa experiência em algum momento da graduação, seja em uma mobilidade nacional ou internacional, a vivência é extremamente enriquecedora em diversos setores da nossa jornada. A mobilidade nos permite ver além do nosso local de costume, entendendo o turismo por outro olhar, outras práticas, outras culturas e percepções, coisas que para nós, profissionais do turismo, é de grande necessidade, sendo um grande agregador na nossa trajetória.