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Proposta de Formação

PERFIL DO PROFISSIONAL/EGRESSO

A elaboração de um perfil para a formação dos futuros professores de artes visuais tem como intuito adequar-se às exigências previstas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394/96, bem como às Diretrizes Curriculares Nacionais. Dessa forma, o egresso do Curso de Artes Visuais Licenciatura, deverá ter competência específica para o exercício do magistério, como educador da área de artes, assim como na gestão de processos educativos e na organização e gestão de instituições de Educação Básica.

O mundo contemporâneo traz enormes desafios à formação de professores e educadores, questionando e redefinindo estes papéis. Para isso concorrem as novas concepções sobre a Educação, as revisões e atualizações nas teorias de desenvolvimento e aprendizagem, o impacto das tecnologias da informação e das comunicações sobre os processos de ensino e aprendizagem, suas metodologias, técnicas e materiais de apoio.
Com relação ao perfil do aluno do Curso de Artes Visuais Licenciatura, espera-se que, ao final dos quatro anos de curso, o egresso articule os três tipos de pensamento – teoria (teoria), práxis (prática) e poiesis (criação) – em um processo que envolva o revisitar a prática artística, na sua dimensão social e política, e aplicação ao campo da educação. Pensar a formação de futuros professores de Arte significa também o estímulo para a formação continuada, considerando as diferentes manifestações e práticas das Artes Visuais na atualidade, requerendo investigação especialmente no sentido de avaliar sua inserção na cultura como um todo, e enquanto um dispositivo educativo capaz de estimular a autoestima dos educandos.

Diante dessas novas demandas, a formação do professor deve estar em sintonia com os princípios prescritos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/LDBEN, as normas instituídas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil, ensino fundamental e médio, bem como às recomendações constantes dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Básica elaborado pelo Ministério da Educação.

Nesse contexto, é certo que há uma enorme distância entre o perfil de professor que a realidade exige e o perfil que a realidade até agora criou. Essa circunstância implica instaurar e fortalecer processos de mudança na formação do professor. Faz-se necessária uma revisão profunda dos diferentes aspectos que interferem nessa formação, tais como: a organização institucional, a estruturação dos conteúdos para que respondam às necessidades da atuação
do professor, os processos formativos que envolvem aprendizagem e desenvolvimento das competências do professor, a vinculação entre o curso de formação e as escolas de educação básica e os sistemas de ensino.

A formação como preparação profissional deve possibilitar que os professores se apropriem de determinados conhecimentos e que possam experimentar, em seu próprio processo de aprendizagem, o desenvolvimento das competências necessárias para atuar nesse novo cenário, incluindo aí a capacitação para atuar na gestão escolar. A formação de um profissional de educação tem que estimulá-lo a aprender o tempo todo, a pesquisar e investir na sua
própria formação.

Um tema de presença marcante no debate atual, nacional e internacional, é a crise e a reconstrução da identidade de professor e a necessidade de se assumir a dimensão profissional de seu trabalho, em contraposição à visão de sacerdócio. Atuar com profissionalismo exige do professor não só o domínio dos conhecimentos específicos em torno dos quais deverá agir, como também a compreensão das questões envolvidas em seu trabalho, sua identificação e resolução, autonomia para tomar decisões, responsabilidade pelas opções feitas. Requer, ainda, que o professor saiba avaliar criticamente a própria atuação e o contexto em que atua e que saiba, também, interagir cooperativamente
com a comunidade profissional a que pertence e com a sociedade.

O Curso de Artes Visuais Licenciatura pretende, assim, assegurar ao professor uma práticateórica do saber e do fazer artístico conectada a uma concepção de arte e de ensino da arte na perspectiva da construção do conhecimento e a consistentes propostas pedagógicas e, ainda, a formação de um professor agente de seu próprio desenvolvimento, desempenhando um papel ativo na formulação tanto dos propósitos e objetivos de seu ensino como dos meios para
atingi-los.

O perfil do egresso do Curso de Artes Visuais Licenciatura inclui a atuação em espaços para além da sala de aula, podendo atuar como professora e professor de áreas práticas, realizar projetos educativos em arte, programas de mediação artística em espaços culturais e museológicos, elaboração de materiais educativos, dentre outras atividades que envolvem a atuação como criador, propositor, organizador e articulador de projetos e trabalhos artísticos.

 

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

1. Ter competência específica para o exercício do magistério, como educador da área de artes, atuando nos diversos níveis da Educação Básica (na forma do Art. 21 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96);
2. Ser um apreciador de arte, capaz de fruição estética em geral e no que se refere às Artes Visuais em especial, com uma formação cultural e humanística, sensível a todas as formas de manifestação artística;
3. Compreender a arte como forma de conhecimento;
4. Ser capaz de compreender os fenômenos artísticos (eruditos e populares) e tecnológicos ligados à visualidade;
5. Desenvolver a capacidade de analisar criticamente as produções artísticas de sua época e suas aplicações no processo comunicativo;
6. Ser capaz de defender o espaço da arte nas escolas por intermédio da sua atuação competente e transformadora, implementando o processo de democratização do acesso ao conhecimento das manifestações artísticas;
7. Ter consciência da importância do seu papel como educador(a), e estar preparado(a) para permitir que seus alunos desenvolvam o potencial crítico e criativo;
8. Ser capaz de utilizar diferentes recursos didáticos no cumprimento de sua tarefa de educador(a);
9. Ser capaz de propiciar o desenvolvimento das capacidades expressivas, criativas e comunicativas do(a) estudante, diante do contexto social, econômico e cultural;
10. Ser capaz de propor atividades artísticas e suas diferentes formas de aplicação, respeitando o desenvolvimento corporal, psicomotor e afetivo dos seus alunos;
11. Ser capaz de desenvolver atividades integradoras com outras áreas do conhecimento humano, por meio da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade;
12. Ser capaz de lidar com o uso de recursos relacionados aos avanços tecnológicos;
13. Ter competências na gestão de processos educativos e na organização e gestão de instituições de educação básica.